‘Não adianta reclamar’. Pensa a pessoa que está a 30 minutos
na fila do banco. À sua frente, ainda tem pelo menos umas 20 pessoas. Que
também não reclamam.
‘Não adianta reclamar’. Pensa o idoso que está em pé no
ônibus lotado, enquanto um jovem ocupando seu lugar reservado por direito,
ignora o idoso.
As pessoas não reclamam se percebem um preço diferente na
nota do que estava na prateleira do supermercado. Se percebe um produto
vencido. Se percebe que mesmo não estando vencido, um litro de leite na caixa
comprada estava azedo."Vou gastar muito mais tempo/dinheiro/gasolina indo lá reclamar do que engolindo o prejuízo"
A primeira vez que fui assaltada, foi em frente a uma
lanchonete na Av. Paulista, por um menor. Na verdade, uma menor. Embora a menor
não estivesse armada e na lanchonete várias pessoas viram a cena, continuaram
tomando o seu café. Assistiram minha luta quando tentou tirar uma pulseira e o
relógio. A pulseira chegou a cair no chão. Ela pegou e saiu andando. Sequer uma
pessoa interferiu pra ajudar ou veio ver se eu estava bem. Assistiram passivos como se estivessem vendo
a cena na TV. De mais uma vítima de um trombadinha drogado. (ah, se apenas um tivesse feito isso, em volta de mim surgiria uma rodinha de indignados, certamente)
Confesso que chego a me sentir alienígena, quando saio para
passear com minha dog. Sempre levo um saquinho pra recolher seu “cocô”. E me
desvio no caminho de uma dúzia deles. E quando vejo diversos saquinhos com as
fezes recolhidas nas árvores do bairro, quando levo o meu pra casa e jogo no
lixo. Sei que estas pessoas, que não recolhem, ou que embora o façam depositam
os mesmos nas árvores, pensam assim: “se o outro não faz, por que eu vou fazer?”. Aos poucos se perde a noção de cidadania e respeito com a 'coisa' pública. O patrimônio de todos nós.
Em todos estes exemplos acima, você pode perceber que as
pessoas sempre ficam esperando que alguém faça alguma coisa. Sempre se espera
que a decisão venha de fora.
Isso ocorre quando um cidadão age de acordo com aquilo que
os outros pensam, e não por aquilo que ele acha correto fazer. O ‘não adianta
reclamar’, ‘isso não vai dar em nada’ e o ‘ninguém faz isso’ leva-se a inércia
da difusão da responsabilidade. Ninguém diz nada e conseqüentemente nada é
feito.
O fato é que os brasileiros são ignorantes pluralíticos. A ‘ignorância
pluralítica’ é um termo da psicologia, que explica: As pessoas podem até ter uma opinião
diferente da maioria, mas concordam e agem como se tivessem a mesma do grupo.
A corrupção dos políticos, o aumento de impostos, o descaso
nos hospitais, as filas imensas nos bancos e a violência diária raramente levam
pessoas a reagir, a protestar, e menos ainda fazer isto indo às ruas. É uma apatia e uma cultura ao silêncio, inacreditável.
Brasileiro não reclama. Não a quem devia. Não protesta,
mesmo sendo lesado. Enquanto continuar omisso e fazendo piadinhas com coisas
que deveriam levar muito a sério, continuará o Brasil como na época da Colônia,
e continuarão os brasileiros sendo indefinidamente explorados.
segunda-feira, 15 de abril de 2013
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12:44:00 PM
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Vânia Santana
— Comandante, ainda bem que você veio. Ontem me disseram que você não queria mais dar a entrevista.
— É, mas pensei melhor. Se eu prometi, está prometido. Alguém tem que manter a palavra neste país. Mas isso não impede, sem querer ofender ninguém, que eu ache esta entrevista uma palhaçada.
— Não entendi.
— Não vai sair nada do que eu disser, a imprensa está toda no bolso do governo, devendo à Previdência e à Receita e mamando as verbas de publicidade. A imprensa está aí para ajudar no fingimento de que há liberdade, vontade popular, opinião pública e essas besteiras feitas para declamação. Isto mesmo que eu acabo de dizer quero ver sair, não sai. Está gravando?
— Estou.
— Você está perdendo seu tempo, não vai sair nada. Grave aí que eu acho que essa democracia é para as negas deles, o que eles fazem é entrolhar todo mundo e fazer tudo da veneta deles. Você viu a do ensino? Agora é obrigatório botar o filho na escola aos quatro anos! A quem que eles perguntaram? Eles não conseguem dar conta nem de metade dos que já têm direito e inventam mais? Estamos cheios de grandes escolas públicas para todos, todo mundo na escola de barriga cheia desde os quatro anos, que beleza! Eu não sou otário, eu não sou otário! Eu queria que eles compreendessem que eu não sou otário!
— Eu pretendia chegar a assuntos como esse, sei que você tem opiniões muito firmes. Mas minha primeira pergunta ia ser outra, mais pessoal.
— Ah, desculpe, eu às vezes me exalto um pouco. Pode perguntar o que você quiser. Se eu contar coisas pessoais, também não sai, eu não sou pervertido, a imprensa só se interessa quando é a vida pessoal dos pervertidos. Não vai sair nada, mas eu respondo a qualquer pergunta.
— Bem, a pergunta é uma curiosidade minha. Frequentamos este mesmo boteco há não sei quantos anos e nunca vi você chegar dando risada sozinho, como vi hoje, na hora em que você estava descendo da sua famosa bicicleta elétrica. Dá para dizer qual foi a razão?
— Dá, eu não escondo nada. Não era riso de satisfação, nem de felicidade. Era uma risada mórbida que deu para me atacar de uns tempos para cá, uma espécie de humor negro. Eu estava me lembrando de um comercial. Não sei do que era, só me lembro da cena. Era um casal fazendo um piquenique romântico na Lagoa à noite, sentadinho com um pano de mesa estendido, luz de velas, cestinha de comida, parecia uma aquarela campestre. Aí eu fiquei pensando e me deu uma crise desse riso mórbido. E, na hora de minha chegada, não sei por quê, me lembrei de novo. Sempre que eu lembro, rio novamente, é incoercível. Piquenique na Lagoa é demais, não é, não?
— Demais como?
— Você não entendeu? Piquenique na Lagoa, piquenique na Lagoa! Só pode ser Walt Disney, e dos anos cinquenta! Quando o casal tivesse acabado de estender a toalha, já não ia ter mais cestinha, nem garrafinha, nem vela, nem piquenique nenhum! Seja sincero e realista e me responda quantos segundos você daria para um casal começar um piquenique à noite na Lagoa e o piquenique ser todo comido e possivelmente o casal também. Dou noventa segundos, mas ganha quem der um minuto. Aí eu fico pensando no que poderia acontecer a esse casal e o piquenique deles e tenho essas crises de riso, é tudo humor negro mesmo. Uns dois dimenores liquidavam tudo numa boa.
— Você tem uma birra com os menores, não tem?
— Eu não, eu só sou contra o que eu vou lhe figurar. Eu sou João Narigolé, traficante que de vez em quando precisa de outros serviços, notadamente os que envolvem dar cabo de alguém. Aí, quem é que eu chamo para fazer o serviço? Vou ao banco de dados de menores pistoleiros… Deve haver vários bancos de dados desse tipo, é capaz até de já ter no Facebook. Vou lá, escolho um, ofereço uma graninha e ele faz a execução. Se for preso, não pega nada e recebe a grana pelo serviço. Se me dedurar, sabe que eu posso mandar outro dimenor para rechear de azeitonas a cabeça dele e assim por diante, é um esquema perfeito. O dimenor é um grande patrimônio da criminalidade nacional.
— Então você é a favor da diminuição da maioridade penal.
— Eu não! Não distorça minhas palavras! A favor da diminuição geral, não, cada caso é um caso! Eu só tenho propostas sérias e eficazes, esse negócio de fixar idades com base em invencionices psicológicas não resolve nada. Eu sou a favor de uma coisa muito simples: teve idade para apontar a arma e dar o tiro, tem idade para ir em cana. Não é simples? É a coisa mais óbvia para qualquer um e somente os intelectuais é que não concordam, porque as soluções simples dão desemprego para eles, tudo aqui é em função do emprego.
— Você não acha que a responsabilidade penal do menor…
— Ninguém mais é responsável por nada! Isso era antigamente, agora todo mundo é vítima e qualquer sacanagem que apronte recebe um nome artístico, dado pelos psiquiatras! Um nome artístico e uma bolinha e está tudo resolvido, a culpa não é de ninguém, é da síndrome! A culpa não é dele, é das condições socioeconômicas! A culpa não é dela, é dos traumas de infância! Ninguém tem mais culpa de nada, ninguém fica preso, ninguém paga do próprio bolso as multas às empresas, ninguém é responsável por nenhum desastre, todo mundo rouba e mata, há muito tempo que isto é uma esculhambação! O que nós precisamos é de Robespierre! Nada de faxina! Para quem propina, rapina e assassina, o correto é guilhotina! Quero ver isso sair no jornal!
João Ubaldo Ribeiro é escritor O Globo
sexta-feira, 12 de abril de 2013
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5:25:00 PM
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By:
Vânia Santana
Caros leitores, como oposicionista e anti-ditadores e vermelhos socialistas, não poderia deixar de me pronunciar, mesmo sendo leiga em política internacional, sobre as eleições da Venezuela, que ocorrerão no próximo domingo, dia 14 de Abril de 2013. Mas não creio também que precisa ser expert em ciências políticas, pra dar meu pitaco na situação da Venezuela, uma vez que aqui no Brasil, nossa “Democracia” não está muito diferente da democracia venezuelana. Nem com pesquisas indicando a imensa popularidade de ambos presidentes, todos sabem o quanto os dois países estão divididos, e se lá o chavismo impera, sabemos aqui na pele os efeitos do lulo-petismo. Outro motivo de eu falar aqui sobre isso, e em especial sobre Capriles, é porque notei que a imprensa brasileira, em sua maioria, não falou ou pouco falou sobre o comício espetacular de Capriles, já que ele é o adversário de Nicolas Maduro, pupilo do PT.
A este, Lula gravou até um vídeo de apoio. Para este tipo de jornalismo e jornalistas, só tenho a dizer: Quem alimenta cobras, um dia pode ser mordido por elas. Mas.. sigamos.
Tive a oportunidade de assistir ao vivo, via internet, a transmissão do comício do candidato da oposição da Venezuela, Henrique Capriles, pela Globovision. (assista aqui)
Emocionante!!
Primeiramente, porque nas ruas estava uma multidão de fazer inveja aos brasileiros, e indo além disso, diria que me causou vergonha. Tanto dos brasileiros, quanto da oposição de nosso país. Em toda a minha vida, só vi algo parecido no Brasil, quando das 'Diretas Já' na Praça da Sé, e para pedir impeachment de um presidente na Av. Paulista em SP (que hoje, apesar disso, é Senador). Mesmo assim, nunca em eleições presidenciais.
E segundo, porque há muito tempo não ouvia um candidato de nenhum país, com tamanho carisma, com um discurso tão visivelmente confiante. Um líder.
Embora não seja a mesma história, lá e cá, ela não muda muito, normalmente mudam os personagens. Se aqui elegeram um ex-metalúrgico, a Venezuela tem agora como candidato um ex-motorista de ônibus, Nicolas Maduro, que vê presidente morto em forma de ‘pajarito’. Nem João Santana faria melhor... Opss! Não é que João Santana, marketeiro e criador de Lula e Dilma, é também, não por acaso, o marketeiro de Maduro? Foi de Chávez também. Vejam que cena fantástica, do fascismo que fascina os ignorantes, na foto abaixo, do Jornal El Nuevo Herald:
Não é sempre que a oportunidade bate duas vezes à porta. Capriles foi derrotado na eleição passada, com 11 pontos de diferença. Apesar disso, teve o melhor resultado do que qualquer candidato da oposição na era ‘chavista’. As últimas pesquisas apontam empate técnico entre os dois candidatos.
Se a ‘fraude’ não vencer as eleições, tudo indica que a Venezuela dará um grande passo na real Democracia, elegendo Capriles. Se houver alguém vendo passarinhos por lá, que seja o da Liberdade.
Arriba Venezuela!! Hay um caminho, y su nombre es Henrique Capriles.
sexta-feira, 8 de março de 2013
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3:56:00 PM
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By:
Vânia Santana
Como já observou Sertillanges, “a vida moral é uma
arquitetura cujos materiais são os acontecimentos cotidianos. Com os mesmos
materiais, pode-se construir uma choça, uma taverna ou um templo”.
Li de Diógenes, um filosofo grego, a seguinte sentença: “Em
todas as coisas, considera o fim”.
Quando aplicamos isto na política, pode-se observar que é o
passado e a soma das atitudes ao longo de uma carreira construída, que nos dá a base para o julgamento dos
resultados, a qual finalidade se encaminhou. Temos vários exemplos na
história, de líderes políticos, carismáticos ou não, que tomaram várias
atitudes durante toda sua vida, visando chegar ao seu objetivo. Alguns
progrediram até uma altura incomensurável, outros regrediram até uma baixeza
inominável.
Mas por que comecei este texto, falando sobre isso? Porque
hoje quero apresentar para vocês, uma compilação (é longa, mas esclarecedora) que
fiz em pesquisa para entender os objetivos dos chamados governos populistas e
socialistas de esquerda. Claro que os personagens deste texto serão Chávez,
Fidel, Lula e Dilma, principais e atuais precursores e adeptos defensores do
socialismo na América Latina.
É importante, primeiramente, que saibam: existe um encontro
de representantes de partidos políticos e de organizações não
governamentais de esquerda da América
Latina e Caribe. Este encontro chama-se Foro de São Paulo. O Forum foi criado em 1990 pelo
Partido dos Trabalhadores, em São Paulo, onde a reunião se realizou pela
primeira vez. Desde então, o FSP tem acontecido a cada um ou dois anos, em
diferentes cidades dos países participantes. São eles: Argentina, Barbados,
Belize, Bolívia, Brasil, Cuba, Dominica, Equador, El Salvador, Guatemala,
Haiti, Nicarágua, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. Em
vermelho na imagem abaixo:
A ideia do Foro de São Paulo surgiu em julho de 1990,
durante uma visita feita por Fidel Castro a Lula, ex-presidente
do Brasil em São Bernardo do Campo. Foi formalizada quando 48
organizações, partidos e frentes de esquerda da América Latina e do Caribe,
atendendo a convite do Partido dos Trabalhadores, reuniram-se na cidade de
São Paulo visando debater a nova conjuntura internacional pós-queda do
Muro de Berlim (1989). Com objetivo também de elaborar estratégias para fazer face
ao embargo dos Estados Unidos a Cuba e unir as forças de esquerda
latino-americanas no debate das consequências da adoção de políticas
supostamente neoliberais pela maioria dos governos latino-americanos da época.
Fazem parte do Foro de São Paulo, além de organizações, como
as FARC, os Partidos Comunistas e Socialistas de todos os países citados, e no
Brasil, o PT, o PCdoB, o PDT, o PSB, e o PCB.
A imprensa brasileira, se cala sobre a existência do Foro.
Mas enquanto não censuram a internet de vez, veja o vídeo:
E para os críticos da revista Veja, que dirão que o vídeo acima é montagem
da revista golpista, podem ver este:
Uma vez, Boris Casoy, em entrevista a Lula, perguntou a ele:
“Fala-se sobre uma aliança, um eixo, sobre Chávez, Fidel e Lula. É verdade
isso?” Lula negou, (claro, e falou que era piada) e o ‘aconselhou’ a não
repetir isso no vídeo. Boris Casoy foi demitido da Record, logo em seguida. Veja isso,
e mais:
Agora, o mais assustador, e que talvez o mais
esclarecedor, de tudo que encontrei, (no blog Nota Latina)foi esta
‘suposta’ carta, de Fidel a Chávez, que a transcrevo abaixo com tradução de G.Salgueiro, e que foi lida em um
programa de rádio de Caracas, ouça clicando aqui: RCTV.
Na carta, Fidel ensina a Chávez como conduzir o processo
revolucionário, em 3 etapas:
Primeira Etapa
“Os pobres são maioria e têm pouca memória. Injeta-lhes
esperança e acusa o passado, à Democracia de todos os seus males. Mantém-te em
linha permanente com teu povo. Identifica-te com eles. Teu verbo tem de ser
simples; isso lhes chega muito bem, pois tens o tempero que faz falta.
Emociona-os, leva-os em consideração. Aprende a manipular a ignorância. O
verbo deve ser inflamado, de autoridade e poder; não te preocupes com os ricos
e a classe média, [pois] não são mais que 80% de pobres o que tu necessitas. Os
ricos saem correndo se lhes fazes "Buu!!!"
Os católicos adoram menções da Bíblia ou de Cristo. Os
católicos, em que pese ser a grande maioria na Venezuela, não fazem nada.
Rezar, sem ações, não vão chegar a parte alguma; são uns bobalhões. Enquanto a
igreja está adormecida, aproveita. Quando decidirem mover-se, já estarás
instalado. Lembra que a igreja é “escorregadia”. Segue fustigando. Os católicos
sem liderança não são ninguém. Nenhum padreco vai reagir. Há dois ou três que
querem rebelar-se, porém seus superiores os encurralam. Se vês um sacerdote
católico alvoroçado, compra-o, chama-o, ganha-o para ti; se o povo cristão se
te rebela, esse será teu último dia... porém, dificilmente esse dia virá. Os
judeus na Venezuela não contam, os Evangélicos são uns pobres coitados e as
demais religiões para que nomeá-las? Cita o Cristo, sempre, fala em seu nome,
lembra que isto a mim me deu excelentes resultados.
Inclui bandeiras e Simón Bolívar quando possas. Gera um novo
nacionalismo. Desperta o ódio, divide os venezuelanos. Esta etapa te dará bons
dividendos... Se eliminarão uns aos outros, a violência te ajudará também a
instalar-te mais tarde à força. Entretanto, fale-lhes de Democracia. Tens
dinheiro, compra a fidelidade enquanto cumpres os teus objetivos. Quando
consegues o que queres se se opõem ou te aconselham, despreza-os. Envia-os a
embaixadas, dá-lhes dinheiro para que se calem ou tira-os do país para que a
imprensa não os utilize. Os que se oponham “planta-lhes” delitos; isso
desqualifica para sempre. Por todos os meios mantém maioria na Assembléia.
Mantém a teu lado no mínimo a Procuradoria e o Tribunal. Compre todos os
militares com comando de tropa e equipamentos. Põe-os onde há bastante
dinheiro. Compra banqueiros. Grandes comerciantes e construtores. Dá-lhes
contratos, trabalhos e facilidades para esta primeira etapa.
Segunda Etapa
Para a segunda etapa tens que haver formado Comitês de
Defesa sa Revolução que os podes chamar de “Bolivarianos”. Faz trabalho
comunitário com eles para que te defendam agradecidos. Paga-lhes para que sigam
teus alinhamentos (marchas, concentrações). Dos comitês seleciona os mais
agressivos para uma força de choque armada que podem necessitar se a coisa se
põe difícil. Controla a Polícia, destrói-a. Ponha-na à tua disposição. Na
segunda etapa tens que aprofundar a visão da Revolução. Deve-se mencionar muito
a palavra revolução. Isto emociona os pobres.
Aqui tens que fraturar as uniões de trabalhadores e de
empresários que podem fazer oposição. Aqui temos que conseguir com que os
trabalhadores estejam filiados a uma central paralela. Com dinheiro se
consegue. Do mesmo modo, tens que armar uma central de empresários paralela.
Ataca os empresários. Acusa-os de famintos, fascistas e particularmente
acusa-os de golpistas; faz-te de fraco.
A mente dos homens se situa no mais fraco e na injustiça. Se
não o podes comprá-los, fecha os meios de comunicação radial, impressos e
televisoras. Tua empresa de petróleo é quem te produz o dinheiro do projeto.
Põe uma Junta Diretora Revolucionária. Demite os técnicos e acaba com essa
chamada meritocracia.
Terceira Etapa
Se tens tudo nesta etapa podes seguir para a terceira. Na
terceira etapa podes violar a Constituição porque ninguém vai te impedir.
Ordena invasões. Distribui armas, drogas e dinheiro. Acusa-os de espiões e
corruptos. Desprestigia-os. Prende muitos jornalistas, empresários, líderes
trabalhistas. Os demais escaparão do país ou serão punidos.
Reestrutura o Gabinete. Aqui podes desfazer-te de teus
colaboradores. A alguns podes premiá-los e outros desprezá-los pois já não há
oposição. Tens que pôr camaradas. Estabelece o chamado constitucionalmente.
Estado de Exceção; Suspende garantias. Lança o toque de recolher. Apura-te,
olha se o povo te está achando excelente. Fecha todos os meios de comunicação.
Destrói Prefeitos e Governadores da oposição.
Anuncia a reestruturação de todas as áreas do Estado e a
elaboração de uma nova Constituição. Forma um Conselho de Governo com 500
membros. No Conselho Assessor do Governo estarei eu. Há que fuzilar os
opositores que não aprendem. Isso é a única coisa que os silencia e é mais
econômico.
Nunca deixes que se organizem, nem deixes que conheçam tuas
intenções. Seremos respeitados novamente com o Marxismo-Leninismo. Brasil,
Equador, Venezuela e Cuba a passos indestrutíveis. Se vejo que não tens
colhões, recolho todo o meu pessoal; podem me matar os militares, quando se te
ergam, se não me fazes caso. Que estás esperando, Hugo?”
Percebem alguma semelhança?
Neste vídeo você pode ver os discursos de Lula e Dilma, no Foro de São Paulo. E como ele diz tudo, termino o texto por aqui, e que os leitores tirem suas conclusões.
Cidadã em busca de um país e um mundo melhor. Oposicionista, Anti comunismo e anti corrupção. A favor da Paz, Democracia, Ordem e Progresso. Voto Distrital Misto e Facultativo, Parlamentarismo e Sustentabilidade. Tudo o que nunca teremos no Brasil com o PT. "Se numa situação de injustiça, você fica neutro, então você escolheu o lado do opressor."