terça-feira, 21 de abril de 2015 | By: Vânia Santana

Fundo Partidário triplicado. Você quer pagar mais esta conta? - por Humberto Dantas



No campo do óbvio o governo diz que foi levado a sancionar no orçamento o valor triplicado do Fundo PARTIDÁRIO (dinheiro público aos partidos), que vai se aproximar de UM BILHÃO. Seria uma forma de acalmar os famigerados partidos representados na Câmara dos Deputados. OK, pode até ser.

www.acordandoalicesemarias.blogspot.comMas NUNCA deixe de lembrar questões essenciais. O anúncio ocorre na segunda-feira. Na última sexta-feira o PT nomeou seu novo tesoureiro, congelou doações de empresas e afirmou que tentará sobreviver sob a tese das doações de pessoas físicas - só a campanha de Dilma superou R$ 300 milhões! Para além disso, óbvio, o partido, ASSIM COMO QUALQUER OUTRO, conta com o dinheiro público do FUNDO. O PMDB é o culpado? A base famigerada é a culpada? Historicamente, e isso é uma bandeira legítima a ser respeitada e debatida, o PT fala em financiamento público de campanha. Então assuma: o governo não agiu pressionado apenas pelo que existe de "famigerado" na política. Agiu também pelo desejo do partido, só não ASSUME.

De 60 milhões anuais o PT deve saltar para quase 120 milhões anuais. O FUNDO triplicou e o dinheiro do partido apenas dobrou porque a partir desse ano o recurso que lhe é destinado passa a ser contabilizado com base no pleito de 2014, e não mais no de 2010 - quando a votação para a Câmara dos Deputados era menos pulverizada e o partido tinha um quinhão maior de votos. Ainda assim: prosperou...

O volume maior é justificado pelos parlamentares pelas dificuldades de arrecadação no ano passado. E quem paga a conta? Sempre os mesmos. É a típica causa que merecia bandeira absolutamente OBJETIVA para ida às ruas por parte de qualquer movimento. Para completar, estuda-se a razoável e discutível cláusula de barreira. De acordo com cálculos, a depender da fórmula adotada, ela restringiria o total de partidos representados para algo entre 5 e 10. Parte expressiva de UM BILHÃO dividido por 5 ou 10 é diferente de dividido por 28 e 32. Pense em tudo isso.


Humberto Dantas
cientista político e professor na Insper 



sexta-feira, 24 de outubro de 2014 | By: Vânia Santana

Ilusão coletiva - por Heleny Galati



São aqueles que acreditam nas 'facilidades', aqueles que preferem nivelar o mundo por baixo, aqueles que acreditam em conspirações, aqueles que guardam do passado frustrações de todos os tipos, aqueles que acreditam em 'tomar' ao invés de merecer, aqueles que justificam seus erros através de outros, aqueles que se iludem com promessas de vida mais fácil, aqueles que não enxergam que a igualdade é apenas para quem está embaixo, enquanto os que governam nunca serão iguais.
Enfim, a cegueira comandada pelo ódio ao que tem mais - mesmo que seja por esforço pessoal, o hábito de que os direitos é o que importa, a triste verdade de termos nos tornado dependentes de esmolas que nos controla, foi, é e sempre será tudo isso que nos levará a lugar nenhum, rodando em torno do rabo e pensando que igualdade é ter o mesmo carro, ir ao mesmo restaurante, ter a mesma marca de roupa ao invés de ter a mesma educação de qualidade, a mesma saúde eficiente e gratuita e a segurança de andar nas ruas sem medo.

Determinados locais nesse globo - são mais que um, muitos mais - vivem de um tipo de ilusão coletiva, fomentada pela estatística, tão manipulada e verdadeira quanto o curriculum de alguns poderosos que os governam. Existe muito mais que números, que urnas, que mídia. Exite a capacidade individual de pensar, de observar e concluir. O governo de um país não pode ser um caso de paixão, mas um caso de racionalidade e escolha adequada.

Pergunto a um homem, se ele permitiria a um qualquer, sem qualificações que não fosse a fala decorada que agrada ao ouvido, tomar conta de seu negócio. "Não", é a resposta, como 'não' é a resposta para um professor, engenheiro, médico, mas nunca é 'não' para alguém que vai representar os desejos de centenas de milhões de pessoas, por quê?

Identificação? Ódio por quem é capaz de falar melhor, que estudou mais? Qual é a real moral que qualquer um tem - do passado ou do presente - para representar pessoas que trabalham, empenham-se em ser melhores e cumprem a lei? Não há.

Estamos num vácuo, de lideranças, de inteligência, de moralidade - no que se refere ao bem público, comum. Estamos num momento em que, em todo mundo, os que nunca conseguiram dar o próximo passo, querem agora arrastar a todos que, aparentemente, são os responsáveis para o mesmo poço escuro.

A história anda ensinou, talvez porque muitos nunca a estudaram sem a paixão do torcedor. Talvez por que muitos nunca saíram de seus casulos e viram a realidade que cada experimentação trouxe.

Não é possível acreditar nas pessoas apaixonadas que mentem, especialmente para elas mesmas. Não é possível compactuar com a cegueira, com a covardia e, acima de tudo, com a manipulação da verdade com objetivos nobres. A nobreza desses mesmos objetivos fica comprometida. Não é aceitável manipular a fraqueza de muitos, para compactuar com a ganancia de alguns.

Não se vê saída. Não se vê liderança. Tudo se resume em gritos, mentiras, covardes manipulações. Seria o fim? Seria o começo da escravidão definitiva? O que seria?


Heleny Galati

*Heleny Galati é paulista, empresária e escritora. Pós graduada em Administração de Empresas e Ciência de Computação. Autora dos romances "Asif - Perdão" "Asif - Superação" e Luzes da Turquia.
site: www.helenygalati.net 

twitter @helenig

quinta-feira, 18 de setembro de 2014 | By: Vânia Santana

Os fariseus da modernidade


Acho que há muito não é mais questão de 'acordar' as pessoas.

As pessoas fazem suas escolhas de acordo com seu caráter. Você pode até ter ao seu lado por alguma razão e por um tempo pessoas de mau caráter, estas podem enganá-lo, mas você não se contamina. Você se torna cúmplice quando apoia suas ações, inclusive quando se cala ou se omite, permitindo que o que não é correto prospere.

Há um limite entre ser vítima e entre ser cúmplice, não é?

Ninguém precisa pensar igual, ter a mesma opinião. Mas tenho certeza que distinguir o certo do errado, a maioria sabe, mas nem sempre é conveniente. O interesse fala sempre mais alto, num mundo onde o egoísmo e a ganância imperam, mesmo sob a fachada de pregadores de democracia, tolerância, igualdade, liberdade, amor-próprio, amor e respeito ao outro.

Pregam democracia, e querem impor sua ditadura pessoal. Pregam tolerância, mas não aceitam ser contrariados. Pregam igualdade, mas querem ser e ter mais (em direito, em dinheiro, em cargo, em bens materiais) que o outro. Pregam liberdade, mas vivem na dependência de algo ou alguém. Pregam amor-próprio onde na verdade só existe orgulho ferido. Pregam amor e respeito ao próximo, mas ignoram, não se misturam ou desprezam qualquer um que não compartilhe da sua 'turma', aqui incluso credo, lazer, trabalho, cor, raça, opção sexual, ideologia.

Opinião, idéia, você pode (acho que até deve mudar). Mas caráter, ou se tem ou não se tem. Ele não muda de acordo com as conveniências. Ele é sempre uma constante na vida de cada um.

Assim, pessoas de índole boa as vezes podem cometer um mal, mas não é de sua índole fazer sempre o mal. Bem como pessoas más, também podem fazer algum bem. Mas não é a sua prática constante.

As pessoas de bom caráter agem e normalmente falam de acordo com suas atitudes. As pessoas de mau caráter, falam uma coisa e agem de modo oposto. São os hipócritas, os falsos moralistas, os demagogos, os fariseus da modernidade. Estes estão sempre a  apontar o erro dos outros, nunca vêem os próprios. Ou fingem não ver. Ou então, culpam os outros por seus erros e seus fracassos. Por isso, nunca se corrigem. Vêem inimigos em toda parte, quando seu maior inimigo está entre suas duas orelhas.

Todos conhecemos pessoas de bom e de mau caráter. No trabalho, nos relacionamentos, na política, nos governos,  na vida, cabe a cada um escolher com quem compactuará e conviverá. Esta escolha diz muito sobre quem você é.

Vânia Santana



quinta-feira, 29 de maio de 2014 | By: Vânia Santana

O bom senso está morto

Senhoras e senhores,

O bom senso está morto, é oficial.

Será enterrado em caixão lacrado e sem solenidades. No máximo teremos seu primo senso comum carregando o caixão com um sorrisinho amarelo, e TALVEZ Sócrates ou René Descartes falando algumas palavras singelas sobre o falecido no baixar do caixão, mas provavelmente eles vão recusar o convite, pois têm receio de serem interrompidos por alguém que leu alguma citação falsa ao lado da foto deles no instagram... Causa mortis do bom senso? Uma doença, um mal.

Grande parte das pessoas hoje são portadoras desse mal, uma moléstia grave. Não foi AIDS, EBOLA, H1N1... mas algo muito mais fácil de se pegar e virar um portador. Esse mal é conhecido como VERDADE ABSOLUTA. Quem o pega vira um pobre PORTADOR DA VERDADE ABSOLUTA.

Os portadores da verdade absoluta são pobres diabos que não se enxergam, pois essa moléstia afeta principalmente a capacidade de raciocínio. Uma vez portador da verdade absoluta, a pessoa esquece que a verdade é completamente dependente de TEMPO e ESPAÇO, e pior ainda, ficam alheios ao fato que a verdade não é ABSOLUTA!

Esses coitados esquecem que ao longo dos 150 mil anos de humanidade nós já tivemos tantas verdades finais, absolutas, imutáveis, certas e indiscutíveis que chega a ser engraçado alguém ainda acreditar nisso... Mas não fala nada não, é doença tadinhos!

Acredito que a doença deve afetar os olhos também, pois essas pessoas passam a ver o mundo em preto-e-branco, sem qualquer grau de cinza entre eles. Isto é: ou algo é RUIM ou BOM, CERTO ou ERRADO, SIM ou NÃO. Não há espaço para contextualização - pouco importa se temporal, cultural, pessoal, geográfica, política ou histórica. São como macacos pelados megalomaníacos que acham absurdo alguém andar em duas pernas e fritar bananas para comer, porque esse não é o jeito certo de se fazer as coisas!

Outra característica marcante dos doentes portadores da verdade absoluta é a credulidade obstinada. Nunca checam fontes, ou se informam mais sobre assuntos que não têm intimidade antes de proferir sua sabedoria... Caem como patos na primeira notícia ou post de facebook que chega até eles, e a defendem com uma certeza e obstinação de quem conhece profundamente, viu, viveu e tem experiência naquele assunto, seja ele qual for. São capazes às vezes de defender teses que uma simples observação atenta (um exercício básico de lógica, um documento a disposição de todos, um mapa escolar, ou mesmo uma busca rápida no google) mostra como aquilo é algo impossível com facilidade.

Expressões frequentes dos acometidos por esse mal: Isso sempre é certo (ou errado); essa religião é errada; esse costume é inaceitável; as pessoas são preconceituosas; as minorias devem ser sempre defendidas; protestar sempre é certo; todo mundo sabe disso; sabedoria popular não falha; mas eu vi na internet; é culpa das grandes potências mundiais; aquela religião é de fanáticos; todo político é ladrão; ele não é ruim, é uma vítima da sociedade; vitamina C cura a gripe; isso não faz mal porque é natural; e principalmente : estou certo, porque não tem outra explicação (essa última, a máxima demonstração da pessoa acreditar em sua onisciência).

A morte do bom senso só deixa uma lição: Jamais subestime ignorantes quando reunidos em grandes bandos.

por Amira Laila

Como a Copa do Mundo FIFA 2014 tornou-se a pior proeza da publicidade na História - Forbes

Texto de Anderson Antunes para a Forbes publicado em 27/05,  mostra que o mundo todo, especialmente a imprensa internacional compreende melhor sobre os protestos e o povo brasileiro do que os nossos políticos brasileiros.
Leiam o texto traduzido, no final está o link onde o leitor poderá ver o original em inglês.


Em 2007, quando o Brasil recebeu o direito de sediar a Copa do Mundo da FIFA 2014, a nação sul-americana estava experimentando seu melhor período econômico em décadas. Naquele ano, a economia do Brasil cresceu 4,5%, graças ao capital de investidores estrangeiros que fluiu no país. A inflação estava sob controle e a moeda forte. E a lacuna entre os ricos e os pobres, finalmente parecia estar diminuindo um pouco. O país do futuro estava finalmente aproximando-se do seu vasto potencial.

Avançando rapidamente até maio de 2014: a confiança do consumidor despencou e a economia se contraiu em trimestres consecutivos (do 4º trimestre de 2013 ao primeiro de 2014), pela primeira vez desde a profunda crise financeira global de 2008/09. Cerca de duas semanas antes da recepção do maior espetáculo do evento esportivo na terra, o Brasil está no meio de um grau de caos que em nada se assemelha a imagem do país que foi vendida por seus líderes para o mundo, há sete anos.

Acordando Alices e Marias
Manifestantes durante protesto em Brasília contra a Copa (foto: Gustavo Froner/Reuters)

Então, o que deu errado?

Parte da culpa pode ser atribuída ao ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, cuja megalomania e ambição própria o colocaram  para o que pode se tornar seu pior momento político. Certamente, o político mais popular no Brasil por milha, Lula da Silva, pessoalmente, fez lobby para que a Copa do Mundo fosse realizada no Brasil, por uma questão de mostrar ao mundo o quanto uma superpotência  o Brasil poderia ser. Verdade seja dita, muitos brasileiros comemoraram essa idéia quando foi apresentada pela primeira vez, e só recentemente mudaram seu humor.

Tal ambição não é estranha para os líderes políticos e seus povos. No entanto Lula da Silva se esqueceu de que a melhor maneira de mostrar a capacidade de crescimento de um país, estatura e confiança, é dando a seus cidadãos mais liberdade social, econômica e política (México fez um trabalho muito melhor ao fazer isso e está a caminho de ultrapassar o Brasil como a maior economia da América Latina em 2022). Ele preferiu juntar-se, em nome de seus compatriotas, com uma das organizações supostamente mais corruptas do mundo para criar um evento que no seu orçamento original já custou bilhões, mas acabou consumindo ainda mais do dinheiro dos contribuintes.

As estimativas mais conservadoras colocam em 11,7 bilhões de dólares o total de investimentos por parte do governo para a Copa do Mundo, 4 bilhões de dólares só em 12 novos e renovados estádios, mais de três vezes o custo inicialmente previsto e a Copa do Mundo mais cara da história, em grande parte devido a fraudes e ligações suspeitas entre políticos e empreiteiros.

Até mesmo um membro do comitê organizador da Copa do Mundo do Brasil provocou polêmica na última terça-feira, dizendo a manifestantes irritados com o orçamento do torneio que o dinheiro já tinha sido gasto ou roubado. "Eu quero que a Copa do Mundo saia da melhor forma possível”, Joana Havelange, filha do poderoso ex-chefe da Confederação Brasileira de Futebol (CBF ) Ricardo Teixeira, protestou em seu perfil Instagram. "Eu não vou lutar contra isso, porque o que tinha que ser gasto, roubado, já foi", escreveu ela. "Se fosse para protestar (com o custo em espiral do evento), então as pessoas deveriam ter feito isso antes”, disse Havelange no post, que mais tarde foi excluído.

O que é pior: alguns desses estádios podem nem mesmo estar prontos para o torneio, e muito menos os projetos de infra-estrutura enormes que foram vendidos aos brasileiros como um benefício de sediar a Copa do Mundo e que ainda não saíram do papel - um trem-bala entre Rio e São Paulo prometido em 2009 que estaria pronto para a Copa do Mundo está agora previsto para 2020.

Desde que subiu ao poder em 2002, o Partido dos Trabalhadores do Brasil vem usando propaganda em várias formas para empurrar a idéia de que seu estilo de governo mudou o Brasil para melhor. Mas apesar das melhorias recentes, o Brasil ainda é um dos países mais desiguais do mundo, e os seus cidadãos mais pobres são os que pagam a maior parte de sua renda em impostos e também os que recebem o mínimo de volta em investimentos do governo. Não é de se admirar que alguns deles estejam a tomar as ruas para protestar.

A idéia de sediar a Copa do Mundo foi, de fato, vista pelos líderes do Partido dos Trabalhadores e outros partidos aliados como a ‘peça de resistência’ para ilustrar as mudanças que foram propagadas como milagrosas. A desconexão com a vida real é o que causou a ira de muitos brasileiros, e uma decisão do Ministério Público Federal pediu a um tribunal para suspender a veiculação de anúncios do governo divulgando os benefícios que a Copa do Mundo trará ao Brasil, dizendo que os anúncios são " absurdamente divorciados da realidade."

Pesquisas de opinião pública mostram uma queda constante de entusiasmo para o evento entre os brasileiros. Em 2008, um ano após o Brasil ser anunciado como sede da Copa do Mundo, 79% dos entrevistados em uma pesquisa Datafolha apoiou o evento. Em abril deste ano, o número foi de 48%. A mesma pesquisa deste ano mostrou 55 % dos entrevistados dizendo que o evento vai trazer mais mal do que bem para os brasileiros.

"Eu espero que o Brasil perca na primeira rodada", Maria de Lourdes, 39, uma vendedora de rua que participou de uma recente manifestação anti-Copa do Mundo, disse ao EUA Today. Ela disse que a equipe brasileira caindo cedo faria habitantes perderem a sua boa vontade nacionalista para o evento. "O Brasil, com todos os problemas, o Rio com todos os seus problemas - muitas pessoas ainda morrem de fome, enquanto outros estão gastando dinheiro com esses jogos", disse ela.

O presidente da FIFA, Joseph Blatter, já manifestou suas preocupações sobre a capacidade do Brasil de sediar a Copa do Mundo. "Se isso acontecer de novo, temos de questionar se tomamos a decisão errada  ao atribuir os direitos de hospedagem", disse Blatter à agência de imprensa alemã DPA, quando questionado sobre os protestos sociais que ocorreram no Brasil durante Copa das Confederações no ano passado, um torneio de aquecimento para Copa do Mundo.


A Copa do Mundo será realizada como prevista no Brasil, mas certamente não será sem problemas de segurança. Ela também será marcada não mais como uma oportunidade para o Brasil de conquistar o sexto título mundial, mas como uma oportunidade para os brasileiros se lembrarem de seus líderes que estão no comando das coisas, especialmente considerando que a Copa do Mundo pode causar algum impacto na próxima eleição presidencial de Outubro.

Lula da Silva queria mostrar ao mundo o quanto o Brasil  tem força. Ele nunca imaginou que poderia tomar o calor para ele.


Forbes - How The 2014 FIFA World Cup Became The Worst Publicity Stunt In History