Embora com um crescimento econômico que levou o país, e
principalmente os governistas a comemorem entusiasmados o avanço na posição
mundial sobre a Inglaterra, ficando em 6º lugar na economia mundial, os ânimos
já não estão mais acirrados em Pindorama. O Brasil teve um humilde crescimento
no PIB (0,4%) em 2012, e apesar de Dilma ir à Europa para ensinar o primeiro
mundo como se pode obter uma economia bem sucedida, a Inglaterra voltou a 6ª
posição no ranking, com 0,5%, uma diferença de cerca de US$ 198 bilhões mesmo com a crise
européia e mundial.
Mesmo em 7º lugar na economia do mundo, o país não tem muito
a comemorar. Ocupa a 84ª posição no ranking mundial do IDH 2011 (Índice de
Desenvolvimento Humano) entre 187 países. O índice é usado como referência da
qualidade de vida e desenvolvimento sem se prender apenas em índices econômicos.
O país com índice mais alto no IDH é a Noruega. Na América Latina, o Brasil
ocupa a 20ª posição.
Já o relatório da ONU-Habitat, indica que o Brasil é o
quarto país com mais desigualdades na América Latina. O relatório traz dados
sobre distribuição e renda.
O Brasil também perde para a maioria dos países na América
Latina, na questão da pobreza. Apesar de nas últimas duas décadas, ter reduzido
o indice pela metade, 22% da população ainda vive em situação de pobreza ou
indigência, percentual maior do que no Uruguai, na Argentina, no Chile e no
Peru. Costa Rica e Panamá também ficam a frente do Brasil, com menores
percentuais na Taxa de Pobreza Urbana. O Chile foi o grande campeão no combate
à pobreza, com redução de 70% - no mesmo período, entre 1990 e 2009.
O estudo da ONU-Habitat mostra que o Brasil é apenas a 19ª
nação da América Latina em atendimento de saneamento básico.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
divulgou, através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, novos números
do saneamento básico no Brasil. De 2009 a 2011, a expansão da coleta de esgoto cresceu
apenas 3%. Ainda de acordo com a pesquisa, cerca de 40% das residências
brasileiras não estão conectadas à rede coletora de esgoto (quase metade da
população brasileira) e apenas 38% desse
esgoto recebe algum tipo de tratamento. Isso significa que são jogados,
diariamente, 15 bilhões de litros de esgoto na natureza.
A questão de saneamento básico, não se aplica somente a
redes de esgotos sanitários. Envolve distribuição de água, racionamento.
Envolve manejo dos resíduos sólidos e inundações.
O investimento em saneamento básico é fundamental para que a
saúde e a qualidade de vida da população melhorem significativamente. Fica
claro pra qualquer leigo, e parece que menos para os governantes, que dinheiro
investido em saneamento, reduz dinheiro investido em saúde pública.
O IBGE também divulgou, que 11.425.644 de pessoas, ou seja
6% da população brasileira, vive em favelas. O equivalente a população de Portugal, e
3 vezes do Uruguai. O último levantamento, há cerca de 20 anos, mostra que o número
de pessoas moradoras em favelas, dobrou. Em 1991, 4,48 milhões de pessoas (3,1%
da população) viviam em assentamentos irregulares, número que aumentou para
6,53 milhões (3,9%) no Censo de 2000. O IBGE designa locais como favelas,
invasões e comunidades com, no mínimo, 51 domicílios. Ou seja, este número
tende a ser bem maior, já que estas aglomerações fora deste padrão não foram
analisadas.
O Rio de Janeiro é a cidade com mais moradores de favelas no
país. Possui 763 delas. De cada 100 mil moradores, 22.160 estão nas favelas. A maior
delas, a Rocinha, com 69.161 pessoas.
Quando a comparação é proporcional ao número de habitantes do Estado, porém, perde
para o Pará (77% da população vive em favelas) Belém (54,4%) e Salvador (33,07%).
Outro dado que o IBGE revelou, é de que 74% dos moradores das favelas cariocas,
vivem com um salário mínimo.
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