terça-feira, 10 de dezembro de 2013 | By: Vânia Santana

Capitalismo liberta. Indivíduos exploram.

Hoje uma imagem postada  no Facebook, me chamou atenção para o quanto as pessoas são ou podem ser enganadas pela ingenuidade, ou pela desonestidade intectual, principalmente por aqueles que se dizem estudiosos, seguidores ou propagadores da doutrina marxista. Por isso, decidi escrever este artigo, não com a pretensão de convencer ninguém qual doutrina é melhor do que a outra, pois não sou estudiosa de Marx e nem de Economia,  mas para que ao menos com a mínima informação, sejam os interessados capazes de fazer a escolha ou a crítica, conhecendo o que é de fato o Capitalismo.

A foto, que me fez deduzir que nem sempre uma imagem diz tudo, foi esta aqui:



É muito comum, ouvirmos por aí, que o Capitalismo é o mal do mundo. Que pessoas ou países capitalistas, só pensam em consumir, só pensam em si mesmos, são uns egoístas e exploradores dos outros. Que o dinheiro (ligado ao capital)  é o mal da humanidade.

Mas quem criou o dinheiro? E  estamos mesmo falando de capitalismo?

Não, caros leitores. Doutrinaram através da repetição, as pessoas a acreditarem nisso. Desde quando, pessoas exploradoras, egoístas ou consumistas, dependem de um sistema econômico para expor algo, que na realidade reflete condutas individuais?

Uma pessoa que adota o sistema capitalista, não pode ser generosa, comprar e consumir apenas o que precisa, ajudar os necessitados e ser desapegada de bens materiais? Quantos empresários, pequenos ou grandes, ou pessoas ‘capitalistas’, o leitor conhece ou sabe serem assim?
O sistema econômico define realmente o caráter de uma pessoa? Todos comunistas então possuem moral elevada, são desapegados do material e se importam com o sofrimento alheio? Os seres que não aderem a doutrina socialista/comunista são a escória da humanidade?

Em primeiro lugar, as pessoas devem conhecer o significado de capitalismo. Este é um sistema econômico de livre mercado, ou seja,  liberalismo econômico. Isto, simplificando, é um sistema onde existe pouca burocracia para abrir negócios, baixos impostos, pouca intervenção do governo, livre concorrência entre as empresas privadas, poucos gastos públicos. Quanto mais distante um governo está disso, menos capitalista ele é. Na figura abaixo,  vocês poderão ver os índices deste ano de 2013,  de liberdade econômica no mundo. A medida é de 100 (maior liberdade) para 0 (menor liberdade).



Como podem notar, os países onde há menores índices de miséria no mundo, são os países de maior liberdade econômica. Fotos como esta da criança acima, vêm justamente de países não capitalistas, onde seus governos são socialistas, comunistas e ditatoriais, ou seja, onde há maior ou total intervenção do governo.

Os anti-capitalistas deveriam rever seus conceitos, incluindo os de exploração, pois quem explora o povo em Cuba, países da África, Coréia do Norte? O governo ou os empresários ‘capitalistas’? E aproveitem também para pesquisar sobre o desapego material  e generosidade dos líderes comunistas destes países.

Capitalismo não é sinônimo de egoísmo, ou de falta de humanidade. Pessoas são egoístas. Pessoas são materialistas. Pessoas são consumistas. Pessoas são desumanas.

 E serão como são,  independente da doutrina econômica que adotarem  para si.

Vânia Santana


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013 | By: Vânia Santana

Réus que fazem leis

Há 300 ações e 534 inquéritos contra políticos tramitando no Supremo Tribunal Federal (STF), mercê do "foro privilegiado" de que gozam. Nem todos mancham de forma indelével os seus currículos. Mas muitos representantes do povo são acusados de crimes pesados: em 36% do total há indícios fortes de delitos como lavagem de dinheiro, desvio de recursos, falsidade ideológica e até homicídio.

Foto: Kleyton Amorim/UOL

Dois deputados federais são obrigados a cumprir penas por delitos passados em julgado, ou seja, cujos acusados não podem mais impetrar recursos em tribunais. O deputado Natan Donadon, expulso do PMDB depois de condenado por ter desviado recursos da Assembleia Legislativa de seu Estado, Rondônia, cumpre pena no presídio da Papuda, em Brasília. O ex-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) José Genoino chegou a ser preso na Papuda e agora aguarda em prisão domiciliar que seja definido o lugar onde cumprirá pena. E estão para ser presos outros dois réus do mensalão que exercem mandato legislativo federal: Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT). O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) também foi condenado, mas ainda tem um recurso em julgamento.

Apesar de sua repercussão maior, o escândalo do mensalão não é o único a levar políticos importantes ao STF. O ex-presidente do Senado Jader Barbalho (PMDB-PA) é réu num processo que julga a acusação de ter ele desviado dinheiro do Banco do Estado do Pará (Banpará) há 29 anos. Dos 81 senadores que exercem mandato atualmente 28 têm contas a prestar à Justiça - entre eles seu próprio presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), seus dois vices, Jorge Viana (PT-AC) e Romero Jucá (PMDB-RR), e quase toda a Mesa Diretora da Casa.

Antes do mensalão, o STF condenou seis deputados: o citado Natan Donadon e mais Cássio Taniguchi (DEM-PR), Abelardo Camarinha (PSB-SP), José Gerardo (PMDB-CE), José Tatico (PMDB-GO) e Asdrúbal Bentes (PMDB-PA).

Três vezes prefeito de Marília (SP), Camarinha responde a quatro processos por uso indevido de dinheiro público nessas gestões. Sua pena de quatro meses foi substituída por multa de R$ 40 mil. Ainda assim, ele considera um "engodo" o "foro privilegiado". Pois, garantiu, "se meus processos fossem para o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), eu ainda poderia recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ)". Ou seja, segundo ele, o privilégio o teria privado de impetrar mais recursos, o que adiaria sua condenação.

Só que condenação nem sempre leva à prisão. Bentes foi sentenciado a três anos, um mês e dez dias de prisão por trocar cirurgias gratuitas de laqueadura de trompa por votos na campanha para prefeito de Marabá (PA) em 2004, mas a execução dessa pena nunca saiu. Este é também o caso de Tatico, condenado em 2010 por não recolher o pagamento da contribuição previdenciária de funcionários do curtume de propriedade de sua família. A defesa impetrou embargo declaratório, Tatico não é mais deputado, mas continua solto, apesar de Joaquim Barbosa ter pedido este ano sua prisão imediata.

A reportagem do Estado revelou o caso do ex-senador e atual deputado Sebastião Rocha (PDT-AP), denunciado na Operação Pororoca pela PF em 2004 de participação num esquema que teria desviado R$ 103 milhões de recursos federais no Amapá. Tendo aparecido preso e algemado na TV na ocasião, ele, atualmente em gozo de liberdade, acusa: "Agora, no caso do mensalão, o PT reclama da exposição de seus condenados. Mas foi Márcio Thomaz Bastos, na época ministro da Justiça, que mandou a PF me algemar. Foi o PT quem inventou essa história de algemas para expor as pessoas no Brasil".

Com algemas ou sem, a dura realidade é que pesam contra elevado número de deputados federais e senadores brasileiros evidências de delinquência no exercício de seus mandatos. É, para dizer o mínimo, esdrúxulo haver réus debatendo e votando leis. E o pouco que se vê é algum parlamentar punido pelos crimes de que é acusado e não raramente fica comprovado que os praticou.

Com O Estado de SP