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quinta-feira, 29 de maio de 2014 | By: Vânia Santana

Como a Copa do Mundo FIFA 2014 tornou-se a pior proeza da publicidade na História - Forbes

Texto de Anderson Antunes para a Forbes publicado em 27/05,  mostra que o mundo todo, especialmente a imprensa internacional compreende melhor sobre os protestos e o povo brasileiro do que os nossos políticos brasileiros.
Leiam o texto traduzido, no final está o link onde o leitor poderá ver o original em inglês.


Em 2007, quando o Brasil recebeu o direito de sediar a Copa do Mundo da FIFA 2014, a nação sul-americana estava experimentando seu melhor período econômico em décadas. Naquele ano, a economia do Brasil cresceu 4,5%, graças ao capital de investidores estrangeiros que fluiu no país. A inflação estava sob controle e a moeda forte. E a lacuna entre os ricos e os pobres, finalmente parecia estar diminuindo um pouco. O país do futuro estava finalmente aproximando-se do seu vasto potencial.

Avançando rapidamente até maio de 2014: a confiança do consumidor despencou e a economia se contraiu em trimestres consecutivos (do 4º trimestre de 2013 ao primeiro de 2014), pela primeira vez desde a profunda crise financeira global de 2008/09. Cerca de duas semanas antes da recepção do maior espetáculo do evento esportivo na terra, o Brasil está no meio de um grau de caos que em nada se assemelha a imagem do país que foi vendida por seus líderes para o mundo, há sete anos.

Acordando Alices e Marias
Manifestantes durante protesto em Brasília contra a Copa (foto: Gustavo Froner/Reuters)

Então, o que deu errado?

Parte da culpa pode ser atribuída ao ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, cuja megalomania e ambição própria o colocaram  para o que pode se tornar seu pior momento político. Certamente, o político mais popular no Brasil por milha, Lula da Silva, pessoalmente, fez lobby para que a Copa do Mundo fosse realizada no Brasil, por uma questão de mostrar ao mundo o quanto uma superpotência  o Brasil poderia ser. Verdade seja dita, muitos brasileiros comemoraram essa idéia quando foi apresentada pela primeira vez, e só recentemente mudaram seu humor.

Tal ambição não é estranha para os líderes políticos e seus povos. No entanto Lula da Silva se esqueceu de que a melhor maneira de mostrar a capacidade de crescimento de um país, estatura e confiança, é dando a seus cidadãos mais liberdade social, econômica e política (México fez um trabalho muito melhor ao fazer isso e está a caminho de ultrapassar o Brasil como a maior economia da América Latina em 2022). Ele preferiu juntar-se, em nome de seus compatriotas, com uma das organizações supostamente mais corruptas do mundo para criar um evento que no seu orçamento original já custou bilhões, mas acabou consumindo ainda mais do dinheiro dos contribuintes.

As estimativas mais conservadoras colocam em 11,7 bilhões de dólares o total de investimentos por parte do governo para a Copa do Mundo, 4 bilhões de dólares só em 12 novos e renovados estádios, mais de três vezes o custo inicialmente previsto e a Copa do Mundo mais cara da história, em grande parte devido a fraudes e ligações suspeitas entre políticos e empreiteiros.

Até mesmo um membro do comitê organizador da Copa do Mundo do Brasil provocou polêmica na última terça-feira, dizendo a manifestantes irritados com o orçamento do torneio que o dinheiro já tinha sido gasto ou roubado. "Eu quero que a Copa do Mundo saia da melhor forma possível”, Joana Havelange, filha do poderoso ex-chefe da Confederação Brasileira de Futebol (CBF ) Ricardo Teixeira, protestou em seu perfil Instagram. "Eu não vou lutar contra isso, porque o que tinha que ser gasto, roubado, já foi", escreveu ela. "Se fosse para protestar (com o custo em espiral do evento), então as pessoas deveriam ter feito isso antes”, disse Havelange no post, que mais tarde foi excluído.

O que é pior: alguns desses estádios podem nem mesmo estar prontos para o torneio, e muito menos os projetos de infra-estrutura enormes que foram vendidos aos brasileiros como um benefício de sediar a Copa do Mundo e que ainda não saíram do papel - um trem-bala entre Rio e São Paulo prometido em 2009 que estaria pronto para a Copa do Mundo está agora previsto para 2020.

Desde que subiu ao poder em 2002, o Partido dos Trabalhadores do Brasil vem usando propaganda em várias formas para empurrar a idéia de que seu estilo de governo mudou o Brasil para melhor. Mas apesar das melhorias recentes, o Brasil ainda é um dos países mais desiguais do mundo, e os seus cidadãos mais pobres são os que pagam a maior parte de sua renda em impostos e também os que recebem o mínimo de volta em investimentos do governo. Não é de se admirar que alguns deles estejam a tomar as ruas para protestar.

A idéia de sediar a Copa do Mundo foi, de fato, vista pelos líderes do Partido dos Trabalhadores e outros partidos aliados como a ‘peça de resistência’ para ilustrar as mudanças que foram propagadas como milagrosas. A desconexão com a vida real é o que causou a ira de muitos brasileiros, e uma decisão do Ministério Público Federal pediu a um tribunal para suspender a veiculação de anúncios do governo divulgando os benefícios que a Copa do Mundo trará ao Brasil, dizendo que os anúncios são " absurdamente divorciados da realidade."

Pesquisas de opinião pública mostram uma queda constante de entusiasmo para o evento entre os brasileiros. Em 2008, um ano após o Brasil ser anunciado como sede da Copa do Mundo, 79% dos entrevistados em uma pesquisa Datafolha apoiou o evento. Em abril deste ano, o número foi de 48%. A mesma pesquisa deste ano mostrou 55 % dos entrevistados dizendo que o evento vai trazer mais mal do que bem para os brasileiros.

"Eu espero que o Brasil perca na primeira rodada", Maria de Lourdes, 39, uma vendedora de rua que participou de uma recente manifestação anti-Copa do Mundo, disse ao EUA Today. Ela disse que a equipe brasileira caindo cedo faria habitantes perderem a sua boa vontade nacionalista para o evento. "O Brasil, com todos os problemas, o Rio com todos os seus problemas - muitas pessoas ainda morrem de fome, enquanto outros estão gastando dinheiro com esses jogos", disse ela.

O presidente da FIFA, Joseph Blatter, já manifestou suas preocupações sobre a capacidade do Brasil de sediar a Copa do Mundo. "Se isso acontecer de novo, temos de questionar se tomamos a decisão errada  ao atribuir os direitos de hospedagem", disse Blatter à agência de imprensa alemã DPA, quando questionado sobre os protestos sociais que ocorreram no Brasil durante Copa das Confederações no ano passado, um torneio de aquecimento para Copa do Mundo.


A Copa do Mundo será realizada como prevista no Brasil, mas certamente não será sem problemas de segurança. Ela também será marcada não mais como uma oportunidade para o Brasil de conquistar o sexto título mundial, mas como uma oportunidade para os brasileiros se lembrarem de seus líderes que estão no comando das coisas, especialmente considerando que a Copa do Mundo pode causar algum impacto na próxima eleição presidencial de Outubro.

Lula da Silva queria mostrar ao mundo o quanto o Brasil  tem força. Ele nunca imaginou que poderia tomar o calor para ele.


Forbes - How The 2014 FIFA World Cup Became The Worst Publicity Stunt In History


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014 | By: Vânia Santana

Entre investimento e renúncia, governo coloca R$ 750 mi em estádios da Copa

O governo federal coloca nas 12 arenas que recebem jogos da Copa do Mundo -- que começa dia 12 de junho no Brasil --, nos CTs (Centros de Treinamento) das seleções, nos campos de treino oficiais da Fifa nas cidades-sede e em reforma de estádios no geral pelo menos R$ 750 milhões durante a preparação para o Mundial, ao contrário do que afirmou a presidente Dilma Rousseff em Cadeia Nacional de Rádio e Televisão durante as manifestações que aconteceram em todo o país durante a Copa das Confederações, em junho do ano passado. Na ocasião, a presidente disse em discurso oficial que não havia dinheiro federal aplicado na preparação de estádios para a Copa, somente empréstimos feitos pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).

Levantamento feito pela reportagem com ajuda da Associação Contas Abertas e informações do Ministério do Esporte mostram que, apenas de investimento direto nos 83 CTs presentes no catálogo oficial da Fifa oferecidos como bases para as seleções da Copa e em outros estádios e campos de futebol excluídos da lista antes da versão consolidada, o governo federal gasta pelo menos R$ 233 milhões. Destes, R$ 149 milhões em locais que não serão usados na Copa, como mostrou o UOL Esporte na semana passada.

Ao incluirmos nessa conta a renúncia fiscal do Recopa -- programa especial da União que prevê uma série de isenções de impostos às empreiteiras para a construção dos estádios da Copa --, estimada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) em R$ 329 milhões, e os R$ 189 milhões que o BNDES deixará de ganhar com os juros reduzidos cobrados nos empréstimos aos consórcios e governos estaduais para construção dos estádios do Mundial de futebol (também nas estimativas do TCU em 2013), chegamos ao valor de pelo menos R$ 750 milhões investidos em estádios e campos de futebol para a Copa.

Se ainda considerarmos que a Terracap, empresa estatal do Distrito Federal por meio da qual o governo do DF construiu o estádio Mané Garrincha em Brasília, é 49% de propriedade da União, a conta sobe ainda mais, conforme revelou o UOL Esporte em junho do ano passado. Em valores atualizados a arena, a mais cara do Mundial, está em R$ 1,7 bilhão, de acordo com dados do TC-DFT (Tribunal de Contas do Distrito Federal e Territórios) -- R$ 1,4 bilhão já gastos e outros R$ 300 milhões em obras complementares e no entorno que ainda não foram iniciadas.

Todo o valor é pago pela Terracap. Assim quase metade desta quantia, ou cerca de R$ 850 milhões, seria de responsabilidade do governo federal. Somado com os R$ 750 milhões já calculados, chega-se ao valor de R$ 1,6 bilhão de dinheiro do Tesouro Nacional investido em estádios e campos de futebol no ciclo de preparação para o Mundial da Fifa.


Comparação

Em 2013, o Ministério do Esporte separou um orçamento de R$ 183 milhões -- não inteiramente executado e com repasses atrasados, conforme mostrou o UOL Esporte-- para o Programa Bolsa-Atleta, que concede ajuda financeira para que atletas profissionais em modalidades olímpicas possam treinar. Foram 5.691 atletas beneficiados no ano passado, com bolsas que vão até R$ 3.100. Para 2014, o Bolsa-Atleta tem reservados no orçamento federal R$ 181 milhões. Com apenas os R$ 233 milhões que o governo federal gasta diretamente em CTs e campos de futebol Brasil afora, seria possível atender pelo menos mais 7.200 atletas com as bolsas em média, mais que o dobro da quantidade atual.

Daria também para construir 70 Centros de Iniciação ao Esporte iguais aos anunciados pelo ministro Aldo Rebelo em dezembro do ano passado. Os centros, que serão construídos em 263 cidades do Brasil, tem um custo entre R$ 3 milhões e R$ 3,6 milhões por unidade. Os locais possuem ginásios e quadras poliesportivos, além de equipamentos esportivos específicos para 13 modalidades olímpicas: atletismo, basquete, boxe, handebol, judô, lutas, tênis de mesa, taekwondo, vôlei, esgrima, ginástica rítmica, badminton e levantamento de peso.

Seis modalidades paraolímpicas (esgrima de cadeira de rodas, judô , halterofilismo, tênis de mesa, vôlei sentado e goalball) além do futebol de salão também poderão ser praticadas nos centros, de acordo com o Ministério do Esporte. Apenas em 2013, o governo federal gastou ou empenhou no mínimo R$ 99 milhões com os CTs da Fifa -- ou mais da metade do valor orçado para o Programa Bolsa-Atleta. 

'Legado para a população'

O Ministério do Esporte afirma por meio de sua assessoria de imprensa que não é verdadeira a conclusão tirada pela reportagem. "É missão do Ministério do Esporte fomentar a prática esportiva e aprimorar os equipamentos públicos esportivos em todo o território nacional", diz a nota enviada ao UOL Esporte. " Por isso foram destinados recursos aos locais candidatos a Centros de Treinamento de Seleções. São equipamentos públicos, em especial em localidades que não são sedes do Mundial, e que ficarão de legado para a população, dentro do conceito de nacionalização dos benefícios da Copa do Mundo. Não são, portanto, estádios para a Copa".

Sobre a renúncia fiscal do Recopa e os juros favoráveis do BNDES às construtoras dos estádios, o governo afirma que é papel dele oferecer condições favoráveis pois trata-se de um banco de fomento à economia, e "isenções fiscais e financiamento não podem ser considerados gastos, porque alavancam geração de empregos e desenvolvimento econômico e social, com consequente aumento na arrecadação. Inúmeros segmentos produtivos, em todo o país, são beneficiados". De acordo com a Matriz de Responsabilidades do governo, os 12 estádios da Copa estão com um custo total estimado em R$ 8 bilhões. Destes, R$ 3,9 bilhões financiados pelo BNDES.

"O governo federal reafirma que não há recursos do Orçamento da União na construção ou reforma das 12 arenas da Copa do Mundo, como declarou a presidenta da República, Dilma Rousseff, em pronunciamento feito no ano passado", termina o Ministério do Esporte.


sexta-feira, 19 de julho de 2013 | By: Vânia Santana

Após pegar verba da Copa, Eike não entrega hotel e tenta sair do negócio


Hotel Glória, no Rio de Janeiro, está em reforma desde 2010: previsão agora é de entrega em maio de 2015

Após pegar R$ 200 milhões de uma linha de crédito do governo federal com condições especiais para a Copa de 2014 com o intuito de reformar o Hotel Glória, no Rio de Janeiro, o Grupo EBX, do empresário Eike Batista, tenta agora se desfazer do empreendimento sem concluir a obra. Após sucessivos atrasos na previsão de inauguração do hotel, a REX, empresa imobiliária do grupo, afirma que busca uma empresa de hotelaria internacional para assumir a empreitada, e que ajustes no projeto podem atrasar mais uma vez o cronograma de entrega da obra financiada com dinheiro público.

De acordo com o Portal da Transparência do governo federal, a inauguração foi reprogramada para maio de 2015 e apenas 26% da obra estava concluída no início de julho. Do total, ao menos R$ 50 milhões da União já foram liberados para o projeto. Apesar do empréstimo do BNDES ter saído de uma linha de crédito chamada ProCopa Turismo, anunciada em 2010 "com o objetivo de ampliar e modernizar o parque hoteleiro nacional até a Copa do Mundo de 2014", o banco afirma que o atraso da obra não influi no empréstimo já que, apesar do que o próprio banco disse anteriormente e tudo leva a crer, não há neste tipo de financiamento nenhuma obrigação da obra estar pronta para a Copa de 2014.

Em janeiro deste ano, o UOL Esporte mostrou que o Gloria Palace Hotel, como foi rebatizado o hotel, não estaria completamente pronto para a Copa de 2014, mas o Grupo EBX continuava a afirmar que seria inaugurado no primeiro semestre do ano que vem. Agora, com as obras visivelmente paralisadas, a história é diferente. "A REX vem mantendo conversas com uma bandeira hoteleira internacional de alto padrão para gerenciar o Gloria Palace Hotel", diz a empresa em nota enviada à reportagem. "Após finalizada a negociação, a REX informará o operador escolhido e possíveis adaptações no cronograma", diz a nota.

Para quem passa em frente ao hotel, inaugurado em 1922 na Marina na Glória e um dos cartões postais arquitetônicos do Rio de Janeiro, fica claro que os trabalhos ali estão parados. Na semana passada, o CAU-RJ (Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro) enviou ofício à Secretaria Municipal de Urbanismo da cidade e à REX informem qual o prazo da obra, já que ela está visivelmente parada. "Precisamos saber o que acontece ali", diz Sydnei Menezes, presidente do CAU-RJ. "É uma situação que se arrasta e envolve um dos edifícios que são ícones do Rio de Janeiro, é preciso haver mais clareza sobre o rumo daquilo ali", afirma o arquiteto.

O hotel foi comprado pelo Grupo EBX por R$ 80 milhões em 2008, mas o empréstimo do BNDES foi contratado apenas em agosto de 2010, quando começou a reforma. A estimativa inicial era que o hotel estivesse funcionando até o final de 2011. Durante aquele ano, porém, a obra ficou parada por mais de dois meses. A REX, então, passou a anunciar que a obra seria concluída no primeiro semestre de 2013, ainda a tempo de o hotel estar funcionando durante a Copa das Confederações, em junho de 2013.

Meses depois, sem explicar o motivo, a REX passou a dizer que o hotel estaria pronto para a reinauguração no final de 2013. Já no ano passado, uma nova data foi anunciada: o Hotel Glória, rebatizado como Gloria Palace, teria suas obras concluídas "no primeiro semestre de 2014". Agora, a REX não fala em nova data.

Dinheiro barato
O BNDES afirma que não pode informar quanto dos R$ 200 milhões foram efetivamente liberados para a reforma até o momento, mas diz que o repasse é condicionado ao progresso da obra, e que se ela for paralisada o repasse também é. Apesar disso, o banco diz que não foi informado pela REX da paralisação na obra, e sim da "adoção de um ritmo mais lento nas obras em função da possível entrada de um novo investidor, que deverá reavaliar as especificações do projeto para adequá-lo ao padrão de sua bandeira".

O ProCopa Turismo do BNDES financia até 80% de obras de hotéis, seja para reforma ou para construção, não havendo um teto para o empréstimo. A reforma do Glória foi inicialmente orçada em R$ 200 milhões, e o BNDES financiou R$ 146 milhões. Posteriormente, o custo foi revisto, e o financiamento estatal passou a ser de R$ 200 milhões. As condições do financiamento são vantajosas para o tomador do empréstimo.

Os prazos de pagamento do financiamento vão de dez a 18 anos, dependendo do tipo de obra e do perfil do demandante. Os juros variam entre 6,9% e 8,8% (incluindo a taxa de risco), dependendo do porte da empresa e do grau de sustentabilidade e eficiência energética do empreendimento. É preciso apresentar garantias de pagamento no valor de até 130% do valor do financiamento.

De acordo com o BNDES, a carteira de empréstimos do ProCopa Turismo já soma R$ 1,46 bilhão: R$ 832,5 milhões já aprovados para empreendimentos e restante em análise.


Do #UOL



domingo, 23 de junho de 2013 | By: Vânia Santana

A mais cara de todas as Copas




A Copa do Mundo de 2014 no Brasil será a mais cara de todas. O secretário executivo do Ministério dos Esportes, Luís Fernandes, anunciou que em julho seu custo total chegará a R$ 28 bilhões, um aumento de 10% em relação ao total calculado em abril, que era de R$ 25,3 bilhões. E supera em R$ 6 bilhões (mais 27%) o que em 2011 se previa que seria gasto.

Por enquanto, já se sabe que o contribuinte brasileiro arcará com o equivalente ao que gastaram japoneses e coreanos em 2002 (R$ 10,1 bilhões) mais o que pagaram os alemães em 2006 (R$ 10,7 bilhões) e africanos do sul em 2010 (R$ 7,3 bilhões).

O "privilégio" cantado em prosa e verso pelo ex-presidente Luiz Inácio da Silva, que se sentou sobre os louros da escolha em 2007, e entoado por sua sucessora, Dilma Rousseff, em cuja gestão se realizará o torneio promovido pela Fifa, custará quatro vezes os gastos dos anfitriões do último certame e três vezes os gastos dos dois anteriores.

O governo federal não justifica - nem teria como - este disparate. Mas, por incrível que pareça, os responsáveis pela gastança encontram um motivo para comemorar: a conta ainda não chegou ao teto anunciado em 2010, que era de R$ 33 bilhões. É provável, contudo, que esse teto seja alcançado, superando o recorde já batido, pois, se os custos cresceram 10% em dois meses, não surpreenderá ninguém que subam mais 18% em 12 meses.

Esta conta salgada é execrada porque dará um desfalque enorme nos cofres da União, que poderiam estar sendo abertos para a construção de escolas, hospitais, estradas, creches e outros equipamentos dos quais o País é carente. Como, aliás, têm lembrado os manifestantes que contestam a decisão oficial de bancar a qualquer custo a realização da Copa das Confederações, do Mundial de 2014 e da Olimpíada no Rio de Janeiro em 2016. E, além dos valores, saltam aos olhos evidências de que tal custo não trará benefícios de igual monta.

É natural que, no afã de justificar o custo proibitivo, o governo exagere nas promessas de uma melhoria das condições de vida de quem banca a extravagância. Segundo Fernandes, responsável pela parte que cabe ao governo na organização do torneio, "a Copa alavanca investimentos em saúde, educação, meio ambiente e outros setores". E mais: "Ou aproveitamos esse (sic) momento para o desenvolvimento do País ou perdemos essa (sic) oportunidade histórica".

A Nação aguarda, com muita ansiedade, que o governo, do qual participa o secretário executivo do Ministério dos Esportes, venha a público esclarecer quantos hospitais, escolas ou presídios têm sido construídos e que equipamentos têm sido adquiridos para melhorar nossos péssimos serviços públicos com recursos aportados por torneios esportivos que nos custam os olhos da cara.

Não é preciso ir longe para contestar esta falácia da "Copa cidadã": o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) previu um "legado inestimável" que ficaria da realização dos Jogos Pan-americanos de 2007 na mesma cidade onde será disputada a Olimpíada de 2016. O tal "legado" virou entulho: os equipamentos construídos para aquele fim estão sendo demolidos e reconstruídos e, enquanto não ficam prontos, os atletas simplesmente não têm onde se preparar para disputar os Jogos Olímpicos daqui a três anos.

A manutenção do estádio Green Point, na Cidade do Cabo, que custou R$ 600 milhões (menos da metade dos gastos na reforma do Maracanã, no Rio, e do Mané Garrincha, em Brasília) para ser usado na Copa da África do Sul, demanda, por ano, R$ 10,5 milhões em manutenção, o que levou a prefeitura local a cogitar de sua demolição. Por que os estádios de Manaus, Cuiabá e Natal terão destino diferente depois da Copa?

A matemática revela que o maior beneficiário da Copa de 2014 será mesmo a Fifa, e não o cidadão brasileiro, que paga a conta bilionária. Prevê-se que o lucro da entidade será de R$ 4 bilhões, o dobro do que arrecadou na Alemanha e o triplo do que lucrou na África do Sul. O resto é lorota para enganar ingênuos e fazer boi dormir.

Estadão


Não satisfeita com hospitais públicos, Fifa será atendida pela rede particular



Entidade acredita que rede pública não oferece um serviço minimamente decente
Jiri Dvorak, diretor médico da Fifa

A Fifa e os manifestantes que tomaram as ruas brasileiras tem pelo menos um ponto em comum: ambos concordam que os hospitais públicos brasileiros não oferecem um serviço minimamente decente. Ao contrário do que ocorreu na África do Sul, quando a entidade credenciou algumas unidades públicas de saúde para atender seus membros e investiu neles, no Brasil a Fifa será atendida pela rede particular.

Caso um jogador, cartola, repórter estrangeiro ou membro da entidade sofra algum problema de saúde, será levado para um desses hospitais credenciados. Todos, salvo no caso de Porto Alegre, são clínicas privadas.

"Essa é uma definição da Fifa escolher em qual rede quer ter seu atendimento. O governo brasileiro tem se preparado para melhorar toda sua rede, estamos no processo de preparação na rede pública. Estamos investindo pesadamente", comentou Derborah Malta, diretora de promoção da saúde do Ministério da Saúde.

Com o cuidado de medir as palavras, o diretor médico da Fifa, Jiri Dvorak, procurou não fazer críticas diretas ao sistema de saúde público brasileiro e dizer que a decisão tomada levou em conta a orientação das autoridades locais.

"Quando escolhemos os hospitais nós o fazemos junto com o COL (Comitê Organizador Local). É uma avaliação complexa. Não estamos impondo que seja hospitais privados. Temos um grupo independente que avalia (os hospitais)".

Diante de perguntas sobre os protestos que pedem por melhores hospitais públicos, Deborah disse que o governo Dilma tem como prioridade aumentar o orçamento da saúde.

"Atualmente 9% do PIB são investidos na saúde, mas achamos sempre que podemos investir mais. É uma demanda legítima de melhorias na saúde. Estamos trabalhando para melhorar a gestão e o investimento na saúde pública. Somos um país em desenvolvimento e ainda temos muito a construir", ponderou a diretora. 


JAMIL CHADE E LEONARDO MAIA
O Estado de São Paulo


terça-feira, 18 de junho de 2013 | By: Vânia Santana

Vídeo - Não, eu não vou à Copa do Mundo

Uma cineasta brasileira desmontou em seis minutos a vigarice bilionária forjada pelos organizadores da Copa da Ladroagem

Nascida em São Paulo e residente na Califórnia, a cineasta Carla Dauden presenteou o Brasil decente com um vídeo que, em 6:10, reduz a farrapos a fantasia triunfalista costurada nos últimos seis anos. Desde que ficou oficialmente decidido que o País do Futebol seria o anfitrião da Copa do Mundo de 2014, o governo federal, a Fifa e a CBF agem em cumplicidade para vender como empreitada patriótica o que sempre foi uma conjunção de negociatas bilionárias com pilantragens eleitoreiras.

Nesta segunda-feira, enquanto multidões de brasileiros incluíam o oceano de obras superfaturadas entre os alvos dos atos de protesto, Carla postou seu vídeo no YouTube. Passadas 24 horas, o número de acessos vai chegando a 600 mil. A menos de 12 meses do apito inicial, a fraude foi implodida. E o mundo começou a descobrir o que fizeram, fazem e pretendem continuar fazendo os governantes e supercartolas que arquitetaram a Copa da Ladroagem.





 Augusto Nunes



domingo, 16 de junho de 2013 | By: Vânia Santana

Em Vídeo - O lado da Copa que você não viu.



Vejam o que foi feito com o povo brasileiro, nas proximidades dos estádios, para se realizar a Copa no Brasil. Ainda que seja tarde, pois os estádios bilionários já estão prontos, que fiquem as imagens como alerta, para que os brasileiros entendam de uma vez, que o governo e os poderosos, passarão em cima do que for, para atingir  os seus objetivos.





quarta-feira, 13 de março de 2013 | By: Vânia Santana

A Copa do Brasil Carinhoso, sem infraestrutura e superfaturado



O Brasil não tem infraestrutura para a Copa, foi a conclusão que chegaram mil especialistas da Trevisan Gestão do Esporte, uma empresa de ensino e consultoria. Após analisar Transportes, telecomunicações, hospedagem, segurança pública, aeroportos, portos e mão de obra para a Copa, os itens foram reprovados. A análise é feita trimestralmente, e na última avaliação realizada, houve queda na percepção dos especialistas.

A notas são de 1 a 5, e a média anterior, havia sido 2,2. Agora é de 2,1.
A melhor avaliação, ficou para os estádios (3,0) O restante dos itens de infra-estrutura, ficou assim: telecom (2,1), hospedagem (2,4), qualificação de mão de obra (2,4), segurança pública (1,7), transporte (1,6) e aeroportos e portos (1,6). Estes dados foram obtidos em matéria do Estadão.

Vou fazer um adendo, talvez um alerta pessoal, que alguns podem achar pessimista, mas com certeza, outros o acharão pertinente. Esqueceram de analisar o item Saúde Pública. Sim, pois sabemos de todas as tragédias que tem ocorrido no mundo, e aqui no Brasil, também,  com torcidas em estádios de futebol. Supondo que, houvesse algo parecido no Brasil, como houve no Egito, o que aconteceria? Sabemos o resultado pelo recente exemplo da boate em Santa Maria. Podemos imaginar qual a nota receberia a Saúde Pública.

A um ano da Copa, os mais informados saberão, como procedem as autoridades responsáveis pela realização de um evento deste porte. Porque é o mesmo procedimento que vemos delas em anos de eleição. Grandes obras a serem entregues, precisam estar prontas antes do fim dos mandatos. E vejam vocês, por acaso, a Copa 2014 ocorre juntamente com o ano de eleição presidencial.

E como o objetivo deste blog, é levar informação, por que somente ela tem o poder de fazer as pessoas acordarem, ainda que por muito resistam, encerro o texto com esta matéria do jornalista Luiz Carlos Prates, exibida no jornal do SBT, e bastante esclarecedora:





sexta-feira, 11 de janeiro de 2013 | By: Vânia Santana

Entre apagões, racionamentos ou enchentes



Apesar da cara de lobo mau que o Ministro das Minas e Energia, Edison Lobão,  faz ao negar a possibilidade de racionamento de energia, e da irritação que a governanta Dilma apresenta, quando alguém pronuncia a palavra “apagão” - ela, aliás, também já foi Ministra das Minas e Energia -  inclusive tachando como “ridícula” a hipótese de racionamento, esta já não é mais descartada, ao menos por especialistas, mais realistas do que os maquiadores profissionais do governo e simuladores do ‘está tudo bem’.

Obviamente que, assim como ‘privatização’ é diferente de ‘concessão’ para o governo petista, ‘racionamento’ também deverá receber um novo nome, digamos, ‘contenção’ ou algo do gênero.

A consultoria PSR, que assessora o governo, calcula 9% de chances de haver o racionamento de energia elétrica.
"Mesmo com todas as térmicas ligadas (incluindo as que ainda não estão no sistema), há cenários em que os reservatórios chegariam ao fim de abril bastante vazios", diz o presidente da empresa, Mario Veiga.  Nessa situação, acrescenta, a melhor alternativa seria um racionamento. A PSR produziu mais de 2 mil cenários hidrológicos, com as mesmas premissas adotadas pelo governo. "A única diferença é que nosso modelo é mais detalhado."
Nos cálculos da consultoria, para evitar que um racionamento se torne realidade, as represas das hidrelétricas terão de superar a marca de 38% de armazenamento. Abaixo disso, não há solução milagrosa. Hoje, na média de todos os sistemas, o nível dos reservatórios está em 30%, afirma Veiga. Ou seja, até o fim do período chuvoso, terá de subir 8 pontos porcentuais. (Informa o jornal O Estado de São Paulo de hoje).

Na ata da 122ª reunião de 13 de dezembro de 2012, no MME, tive informações mais detalhadas, transcrevo uma parte aqui pra vocês:

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO ELETROENERGÉTICAS DO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL - SIN 
O ONS apresentou a avaliação das condições eletroenergéticas de atendimento ao SIN para o mês de dezembro/2012, relatando que um sistema de alta pressão não permitiu a permanência das frentes frias por muito tempo no continente, impedindo a ocorrência de precipitação significativa na maioria das bacias do SIN. Entretanto, segundo os modelos de previsão meteorológica, são esperadas chuvas mais intensas
no decorrer do mês, mais concentradas na região Sudeste / Centro-Oeste.
Para o cenário de afluências previsto, a  estimativa  é atingir, no final  do mês de dezembro/2012, um armazenamento (%EARmáx) de  33,4% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, 34,5% no Nordeste, 40,2% no Sul e 47,2% no Norte.Ressaltou ainda que, segundo a Revisão 1 do Programa Mensal de Operação – PMO de dezembro/2012, são previstos 9.289 ̅MW de geração térmica por ordem de mérito e 4.497MW̅̅̅̅ por  garantia de segurança energética, que incluem as usinas do grupo GT1B (usinas a óleo combustível e óleo diesel).Quanto à carga, a média mensal prevista para  dezembro/2012 no SIN é de 61.717MW, o que representará uma elevação de  4,5% em relação ao mês de dezembro/2011.Relatou a necessidade de manter geração térmica nas usinas Candiota III, Presidente Médici, Jorge Lacerda e TermoNorte II, de modo a prover segurança elétrica às áreas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Acre-Rondônia. Ressaltou, entretanto, que o despacho necessário para as usinas Candiota III, Presidente Médici e Jorge Lacerda são cobertos por suas inflexibilidades.Com relação às políticas de operação, a região Sudeste/Centro-Oeste está sendo explorada para atendimento à região Sul e  o intercâmbio da região Nordeste  está sendo dimensionado para complementar as disponibilidades energéticas da região Sudeste/Centro-Oeste. Quanto à região Norte,  com o aumento das afluências, o reservatório da UHE Tucucuí  está sendo replecionado, tendo retornado à operação
quatro unidades geradoras da etapa II, e os excedentes energéticos utilizados, prioritariamente, para o atendimento à região Sudeste/Centro-Oeste. Na região Sul, está ocorrendo o replecionamento coordenado dos reservatórios das bacias dos rios Jacuí e Passo Fundo, para prover geração local ao Rio Grande do Sul, e preservados os estoques  nas  usinas da bacia do rio Uruguai para atendimento adequado às cargas no verão 2012/2013. Informou ainda que no dia 5 de dezembro de 2012 foi acionado o Esquema de Controle de Emergência  - ECE da SE Gravataí, de modo permitir maiores suprimentos à região Sul, e implementada, no dia 9 de dezembro de 2012, a interligação dos barramentos da SEs Garabi I e II, para que na contingência
da LT 500 kV Itá – Santo Ângelo não haja corte de carga no Rio Grande do Sul.O ONS apresentou também uma análise prospectiva do atendimento eletroenergético do SIN  para o período de janeiro/2013 a abril/2013, tendo concluído que será necessário despacho de geração térmica para atendimento aos requisitos de energia, bem como para demanda, ao longo do ano de 2013,  até que os níveis dos reservatórios atinjam valores que possam garantir o atendimento à demanda de  energia em 2013 e 2014, tendo-se como referência a ordem de grandeza dos níveis meta ao final de 2013.Os membros do Comitê ressaltaram que dado que o SIN é um sistema hidrotérmico, com cada vez menos capacidade de regularização dos reservatórios e maior participação de térmicas como recurso estrutural, passa a ser natural a utilização de geração térmica no SIN.
Foi relatado também que algumas usinas térmicas que estão sendo chamadas a gerar não estão despachando por problemas de  logística no fornecimento de combustível. O Senhor Ministro informou que estaria agendando para a próxima semana uma reunião com a Petrobras, para tratar do assunto. (grifo meu) 
Nesta ata vocês podem verificar, não só que já está em uso emergencial as termelétricas, o que com certeza garantirá aos amados consumidores e povo brasileiro o repasse nas contas e tarifas, como também há problemas de funcionamento de algumas por.... logística no fornecimento de combustível da Petrobrás!

Nos resta, mesmo no século XXI, pedir ensinamento aos índios para aprendermos a dança da chuva, e rezar, muito, para que elas caiam nos reservatórios e não nas cidades que já estão ou costumam ser castigadas pelas enchentes nos períodos de chuva.



terça-feira, 8 de janeiro de 2013 | By: Vânia Santana

O Brasil em boas mãos (como nunca dantes)


Diz o dito: o país que não conhece sua história, tende a repeti-la. Então, relembre (e guarde) alguns fatos, que já pode ter esquecido, embora a história seja recente:

Pequena compilação e breve currículum de companheiros:

Erenice Guerra = Então Ministra da Casa Civil, setembro de 2010, em meio as eleições presidenciais, denunciada por ser conivente com tráfico de influência que seu filho Israel Guerra exercia, favorecendo sua própria empresa de aviação. Israel exercia lobby intermediando contato entre empresários e órgãos públicos cobrando ‘taxa de sucesso’ de 6%. Erenice era braço direito de Dilma quando Ministra. O escândalo culminou com a queda de Erenice.
No dia 20/07/2012, já no governo Dilma, o processo foi arquivado ‘por não encontrar nada que desse embasamento a uma denúncia criminal’ pelo juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª vara federal do DF.
De acordo com denúncia feita pelo jornal O Estado de São Paulo, Erenice está de volta atuando nos bastidores do TCU (Tribunal de Contas da União).

Antonio Palocci = Petista de primeira linha, tem inúmeras acusações e blindagem de qualidade, já que nenhuma até hoje resultou em condenação.
Em 2005 foi envolvido no Mensalão, acusado de receber propina em sua gestão quando prefeito de Ribeirão Preto. Foi também acusado de fraudar licitações para compra de cestas básicas (caso arquivado pelo STF). Em 2006, como Ministro da Fazenda (Lula) foi demitido quando da CPI dos Bingos. Foi denunciado por Francenildo Santos Costa, seu caseiro, de ter uma ‘casa de lobby’, uma mansão alugada que servia de sede para reuniões de lobistas e encontros com prostitutas, a “República de Ribeirão Preto”. A PGR denunciou Palocci por quebra de sigilo de Francenildo, e em 2009 foi inocentado.
No governo Dilma, como Ministro da Casa Civil, Palocci é acusado novamente por enriquecimento ilícito (patrimônio aumentado 20 vezes) e após 6 meses no cargo, pediu demissão.

Fernando Pimentel = Ministro do Desenvolvimento, Ind. E Com. Exterior no governo Dilma. Mais um candidato a canonização da seita dos ‘iluminados’. Acusado de consultorias não comprovadas em 2009/10 no valor de R$ 2 milhões, e fretamento de jatinho para viagem na Europa. A comissão de ética da Presidência arquivou o processo contra ele em tempo recorde.

Aloizio Mercadante = Ministro de Ciências e Tecnologia (2011) e atual Ministro da Educação, em substituição a Fernando Haddad. Em junho de 2011, foi revelado pelo petista Expedito Veloso que Mercadante e Quércia foram os mentores e arrecadadores do dinheiro que financiou o dossiê dos Aloprados.

Agnelo Queiroz = atual governador do DF. Filiado ao PT desde 2008, também foi diretor da ANVISA e Ministro de Esportes. Praticamente governa de Paris e seu governo tem péssima avaliação. Está nesta lista apesar de não ser Ministro, por ser seu governo um dos mais envolvidos em escândalos e por receber sempre a mais alta blindagem. Já foi acusado de receber propina de ONG – também acusada de desvios -  em sua gestão como Ministro de Esportes. Usou a estrutura do Ministério para organizar sua festa de aniversário de 45 anos. Também foi envolvido por prevaricação no mensalão do DEM. Foi acusado de ceder benefícios a um casal quando diretor da ANVISA, em troca da compra de uma casa abaixo do valor de mercado. Foi acusado de invasão de área pública e de recebimento de propina na Operação Shaolin (denunciado pelo policial João Dias) e ligações e relações com Carlinhos Cachoeira.
Em Dezembro/2012 o PSB rompe com Agnelo. E Dilma, em mais uma operação de blindagem, manda ao GDF dois assessores de sua confiança.

Guido Mantega = guru, vidente tão bom quanto economista, e Ministro da Fazenda do governo petista. Responsável pela previsão do fim do mundo em 2012 ... (desculpem, não resisti) voltando... responsável pela Casa da Moeda, foi alertado por Luis Felipe Denucci sobre pagamento de propina de U$ 25 milhões (isso mesmo, dólares) à fornecedores e Mantega prevaricou. Ainda na Casa da moeda, desapareceu misteriosamente R$ 5 mil. Tiveram também que fazer o recall de 40 mil passaportes enviados a representações diplomáticas do Brasil no exterior. Recentemente, divulgada manufatura de moedas de 50 centavos com verso de 5 centavos, que devem ser trocadas pelo Banco Central.
Acaba de sair do forno sua manobra fiscal para injetar R$ 19,4 Bilhões de recursos nos cofres do governo para maquiar o cumprimento de meta de superávit primário.

Nunca dantes neste país, a queda em dominó de seis ministros por corrupção. O menor PIB da América Latina. O menor crescimento econômico entre os Brics. O país encerrou o ano com mais de 3.000 MP’s sem votação. O país entrou o ano sem ter seu orçamento para 2013 votado. E mais uma inconstitucionalidade aplicada: lançou MP do crédito extraordinário no valor de R$ 42,5 Bilhões.

No meio de falhas administrativas, escândalos, inoperância, apagões, falta de planejamento, inconstitucionalidades, os petistas ainda culpam o PIG (aqui entenda imprensa golpista) por tentativa de golpe e esbravejam contra o Judiciário, enquanto Dilma reina absoluta na Terra Brasilis de cegos com 77% de aprovação.


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013 | By: Vânia Santana

"Em terra de cego, quem tem um olho é rei"


Brasil - 13 milhões de analfabetos, 13,5 milhões de bolsa-família, 1,4 milhões de crianças fora da escola, 50 mil homicídios/ano, 50 mil mortes no trânsito. Nordeste passando sede e fome. Consumo e tráfico de drogas nas ruas, a céu aberto.
Hospitais sem médicos, sem medicamentos. Desvios na saúde já comprovados pela AGU e em centenas de denúncias nos veículos de comunicação.

Somente em 2012, até 31 de Outubro, a Procuradoria abriu 5.113 inquéritos policiais para investigar pessoas no setor público envolvidas em corrupção, peculato, tráfico de influência e nepotismo. E mais 5.537 inquéritos foram abertos para apurar casos de improbidade administrativa.

Bilhões e bilhões de dinheiro público sendo desviados pela corrupção.

A Usina Abreu e Lima, em Pernambuco,  com investimento inicial previsto de U$ 2,3 Bilhões já foi paralisada algumas vezes pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por suspeitas de irregularidade, e já está com o custo de U$ 17,1 Bilhões, um surreal aumento de 643%. A Petrobrás ainda estima que os valores podem superar os U$ 20 Bilhões.
Nenhuma refinaria de petróleo na história do mundo custou tanto.

Os gastos para a Copa de 2014, subiram de R$ 25 Bilhões para R$ 27,4 bilhões (valores de junho/12) segundo o TCU. E segundo Romário, hoje Deputado Federal, deve a copa no Brasil chegar a um custo de R$ 100 bilhões.
Qualquer que seja, todo este dinheiro tem sido muito mais aplicado em estádios do que em infra-estrutura, o que ao menos garantiria um legado de benefícios para o povo durante e após a Copa.

O país ficou em penúltimo lugar na educação mundial, teve o PIB mais ínfimo da América Latina e perdeu o posto da 6ª Economia para a Inglaterra.

Enquanto isso, deputados federais tomaram posse e continuam seus mandatos na Câmara, apesar de condenados pelo STF: José Genoíno (PT-SP), João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT), Valdemar Costa Neto (PR_SP) e Natan Donadon (PMDB-RO).

Enquanto Haddad é eleito em São Paulo, e toma posse, apesar de ter as contas rejeitadas pelo TSE.

Enquanto Lula, novamente envolvido em escândalos por denúncias na operação Porto Seguro e por Marcos Valério,  some de cenário.

Enquanto Cachoeira, condenado a 40 anos de prisão, se protege por recursos e habeas corpus ad infinitum, e passeia livremente em lua de mel na Bahia.

Tudo é legal. Mas nem sempre é moral.

Enquanto isso o Brasil caminha a passos largos para o retrocesso, e não se transforma sua população numa sociedade organizada (aquilo que faz um país deixar de ser território apenas, para surgir o patriotismo que faz avançar uma Nação). 
Continua alheia e pagando o preço, caro, e muito, da ignorância dos que não concebem a realidade, e da inércia dos que sabem e podem, mas nada fazem.

Lula, disse, em entrevista dia 07/10/12: “ O povo não está preocupado com o mensalão, o povo está preocupado se o Palmeiras vai cair”

Os que estão no poder, estão porque conhecem seu eleitorado. Eles sabem que ‘em terra de cego, quem tem um olho é rei’.