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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014 | By: Vânia Santana

Dilma em Cuba


Foto: Adalberto Roque/ AFP

Sem entrar no mérito das negociações diplomáticas e comerciais do governo brasileiro com o de Cuba, que resultam no momento em decisiva contribuição dos cofres públicos nacionais para a implantação da Zona de Desenvolvimento Especial do Porto de Mariel na ilha dos irmãos Castro, este mais recente afago à ditadura cubana reitera o carinho de Dilma Rousseff pelo dogmatismo ideológico que o lulopetismo compartilha com os Castros e só não logrou ainda consagrar plenamente entre nós por duas razões. Primeiro, porque, pragmaticamente, sua prioridade passou a ser manter-se no poder a qualquer custo; depois, pela razão histórica de que a superação de dois regimes discricionários no século passado, o getulista e o militar, teve o dom de fortalecer nossas instituições democráticas e dificultar a escalada de aventuras autoritárias, especialmente a partir da promulgação da Carta Magna de 1988 - a cujo texto, aliás, o PT fez ferrenha oposição.

A conquista do poder e seu exercício por onze anos converteram o lulopetismo, nunca é demais repetir, em um pragmatismo que hoje o identifica com as piores práticas políticas que são, desde sempre, a principal característica do patrimonialismo. Mas, principalmente para efeito externo - mas também para satisfazer a militância que ainda imagina pertencer ao velho PT -, o discurso "libertário" do "socialismo do século 21" mantém-se inalterado e foi para exercitá-lo que Dilma Rousseff decidiu encerrar na ilha dos Castros seu último périplo internacional. Pois precisava de algum modo exorcizar eventuais fluidos negativos remanescentes de sua passagem por Davos, o covil do capitalismo, onde foi praticamente implorar por investimentos estrangeiros no Brasil.

Ao lado de Raúl Castro e no indispensável beija-mão de Fidel, Dilma esteve perfeitamente à vontade. Não se poupou de reafirmar que tem "muito orgulho" da boa relação que mantém com a dupla que há mais de meio século domina a ilha com mão de ferro e nenhum apreço pelas liberdades democráticas. Derreteu-se em agradecimentos ao favor que Cuba presta ao Brasil ao fornecer, para o programa Mais Médicos, a um custo altíssimo só parcialmente repassado aos profissionais, os doutores que aqui desembarcam para suprir a deficiência de atendimento básico nos grotões que a incompetente política nacional de saúde não tem conseguido alcançar. Para conferir maior brilho a esse tópico de sua agenda em Havana, Dilma levou a tiracolo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que brevemente será o candidato do PT ao governo de São Paulo.

Mas foi no Porto de Mariel, no qual o nosso Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já havia investido mais de US$ 800 milhões e agora vai colocar outros US$ 290 milhões - menos mal que com a condição de serem gastos com fornecedores brasileiros de bens e serviços -, que Dilma escancarou sua admiração pela mítica ilha dos sonhos da esquerda inconsequente. Chegou mesmo a enaltecer o fato de que "Cuba gera um dos três maiores volumes de comércio do Caribe", algo assim tão relevante e extraordinário para a economia globalizada quanto, para o futebol mundial, saber que o Confiança Futebol Clube, de Aracaju, é uma das três maiores forças do ludopédio sergipano.

A presidente foi a Havana também para bater ponto na 2.ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos (Celac), preciosa oportunidade para mais uma manifestação de simpatia pela ideologia "libertária" que irmana o lulopetismo aos Castros e a outros aventureiros bolivarianos do continente.

Ao procurar sua turma, Dilma Rousseff deixa no ar uma questão fundamental para o futuro da democracia brasileira, que a tão duras penas tenta se consolidar: o que o PT planeja para o Brasil é o mesmo que, para ficar apenas no continente, os amigos de fé de Lula e Dilma oferecem a cubanos, nicaraguenses, venezuelanos, bolivianos, equatorianos e argentinos? Sonho por sonho, melhor acreditar que tudo é apenas jogo de cena.

Com O Estado de SP

terça-feira, 19 de novembro de 2013 | By: Vânia Santana

Sassou Nguesso, o presidente rico do País Pobre Altamente Endividado, abusa da generosidade do Brasil.

Por mais de uma vez, escrevi artigos neste blog, fazendo denúncias sobre ditadores corruptos que presidem países africanos, os quais usufruem de vida de reis, desviando dinheiro público em prejuízo dos habitantes de seus países que vivem na miséria extrema. Os governantes do meu país discursam aqui e pelo mundo afora, sua luta para combater a pobreza da população, mas estão sempre e de alguma forma ligados a estes ditadores corruptos, hora em negociações, ora em perdão de dívidas, sempre pelo bem do povo de ambos os países, claro. Não poderia deixar de me solidarizar com o povo congolês, também em seu combate a este tão deles e tão do mundo conhecidamente presidente corrupto. Creio que, somente Lula e Dilma, aqueles que nunca sabem de nada, não saibam também que Sassou Nguesso seja corrupto. Ou, será que sabem, e não passam de cúmplices ou predadores como Sassou? Deixo para o leitor, esta análise, que tenho certeza, saberá a resposta após ler este texto, já traduzido, que recebi por e-mail, de quem luta de verdade pelo seu povo e pela liberdade e democracia no Congo e ainda se preocupa com os brasileiros:




"O empréstimo de 200 milhões de dólares, deveria ser mantido em segredo. Ele teria sido negociado quando o presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, foi para uma visita oficial de 72 horas ao seu homólogo congolês Denis Sassou Nguesso no dia 06 de junho de 2013.

O financiador, foi o rico congolês ditador da República do Congo.

Alguns dias antes, em Adis Abeba no dia 25 de Maio de 2013, Dilma Rousseff, Presidente do Brasil, sobre uma dívida de 352,6 milhões de dólares fazia uma doação de 280 milhões ao mesmo ditador congolês. A República do Congo é um país rico em petróleo, recursos minerais e muitas florestas primárias. Toda a sua riqueza é explorada na obscuridade total graças as suas companhias de petróleo, TOTAL, ENI e MURPHY que não comunicam nenhum número relativo à produção congolesa. Assim, a parte que regressa ao Congo pode ser facilmente desviada pelo filho Denis Christel Sassou Nguesso. A Cada mês, este último gera de 700 milhões a 1 bilhão de dólares em rendimentos petrolíferos, sem prestar contas a ninguém.

Em se tratando do Brasil, se Sassou Nguesso não fosse um chefe de Estado, protegido por sua imunidade e eleições presidenciais fraudulentas, mas um simples ator privado,  pessoa física ou moral, ele teria sido processado por extorsão e a Sra. Dilma Rousseff por cumplicidade.

Em 2010, o FMI permitiu que a República do Congo se juntasse ao PPAE (Países Pobres Altamente Endividados) e que se beneficiasse de um livramento de dívida de quase 5 bilhões de dólares. No entanto, o FMI e o Banco Central tinham sido informados de falsificação grotesca e fraude no processo de obtenção deste programa. Segundo alguns observadores, Sassou Nguesso teria corrompido, em níveis muito elevados, especialistas internacionais e funcionários que haviam permitido esta decisão.

Nas mesmas condições obscuras, a Costa do Marfim obteve o livramento de suas dívidas em julho de 2012 graças ao mesmo programa. Em maio de 2012, Alassane Ouatarra, presidente do país e ex-diretor geral adjunto do FMI, multiplicava por três, a 600 milhões de dólares, seus fundos de soberania aos quais poderiam ter acesso sua esposa e seu irmão. 600.000.000 de dólares que podem ser gastos a cada ano, sem prestar contas a ninguém. A França, sob a presidência de Nicolas Sarkozy tinha dado seu acordo por três bilhões de euros. Em 24 de julho de 2012, o presidente François Hollande finalmente concedeu o livramento total de 3,750 bilhões de euros. No dia 07 de janeiro de 2013 em Abidjan, Costa do Marfim, Christine Lagarde, diretora geral do FMI anunciava um empréstimo de 600 milhões de dólares para o mesmo país.

E vale ressaltar que os países mais avançados (Noruega, Suíça, Finlândia, Cingapura, etc...) em que a corrupção é inexistente ou quase inexistente, nunca emprestam dinheiro a estes Estados.
A suspeita de "retrô-caridade", como suspeitam os mesmos observadores próximos a estas informações é muito grande! ... Congo e Costa do Marfim são buracos sem fundos. A miséria cresçe cada vez mais, os dirigentes são cada vez mais ricos! O dinheiro que todos se apressam para despejar provavelmente não está perdido para todo mundo...

Isso ocorre porque Sassou Nguesso e Alassane Ouatarra têm acesso a enormes quantidades em "dinheiro" das quais eles podem dispor como bem entendem...

Sassou Nguesso usou para obter do Brasil, de Dilma Rousseff e / ou de seus conhecidos próximos um livramento de 280.000.000 dólares que ele não merecia de modo algum? Sassou Nguesso tem uma reputação perfeitamente  merecida, de um grande corrupto!

O autocrático-cleptocrático Sassou Nguesso alguns dias depois emprestando secretamente  200 milhões de dólares, que a Costa do Marfim não lhe pagará jamais,  obteve ele em contrapartida uma comissão ("retrô- comissão" ou "retrô-caridade") por parte de Ouattara o emprestador? E de quanto: 20%, 30%, 50%?

Pouco importa para um ou para outro, nesse caso aí, é o contribuinte brasileiro que pagará!"

Rigobert Ossebi

Publicação em francês no site: congo-liberty.com
 

sábado, 7 de setembro de 2013 | By: Vânia Santana

Brasil deu milhões ao Congo. E Sassou Nguesso dá dinheiro para as pessoas durante suas férias na Espanha.

Enquanto nós brasileiros, somos privados de serviços públicos de qualidade que devíamos ter com o dinheiro de impostos altíssimos que pagamos, vemos nosso governo populista fazer ‘cortesia com chapéu alheio’ como sempre dizia meu pai, investindo e perdoando dívidas com nosso dinheiro em países de governos ditatoriais e corruptos.

Não é novidade remessas de nosso erário, feitas por Lula para países como Cuba e Congo. Dilma recentemente também fez mais uma doação, através do perdão da dívida com o Congo entre outros países africanos.
Já foi denunciado neste blog, o desmando em que o presidente do Congo, Sassou Nguesso, como sua esposa gasta milhões de euros em festas, compra de imóveis, obras de arte e automóveis de luxo, enquanto o povo congolês vive miseravelmente.

Cada um tem o direito de fazer o que quer com o seu dinheiro, ganho com seu trabalho digno. Mas sabemos que esta gente faz tudo, menos usar o ‘seu’ dinheiro, para favorecer outrem que não seja a si próprio. Não sabem (sic) a diferença entre o público e o privado.

foto reprodução
E novamente recebo a informação de mais uma das ‘farras’ que o presidente congolês anda fazendo pelo mundo afora. Podem me perguntar: o que tenho a ver com isso? Eu respondo: Tudo, pelo dinheiro nosso que foi usado para perdoar dívida de um país que se propaga pobre, sem condições de pagar dívidas, tirando de nós,  e pelo povo congolês, com o qual me solidarizo, pois esta ‘generosidade’ de Sassou Nguesso não foi e nunca será usada para com eles, os verdadeiros necessitados.

'Carratraca, um município da província de Málaga, na Espanha, obteve um dom incomum de um de seus convidados. O Presidente da República do Congo ficou  tão feliz por sua visita à cidade  que doou  EUR 10.000 (R$ 30.400) que foi dividido entre cada morador da aldeia'. E que rendeu doze euros para cada habitante.

Faz sentido isso, quando os habitantes do país que governa vivem na miséria extrema?

Uriel Sinai/ Getty Images
Se alguém não é capaz de compreender minha indignação ainda, vou explicar: De acordo com a IGH (índice global de fome) a República Democrática do Congo, tem 75% da população sub-alimentada. É o pior índice no mundo. Onde seus cidadãos vivem com menos de 2 dólares.




Veja o vídeo e confirmem: são estas pessoas  de fato as necessitadas dessa ‘generosidade’ de Sassou Nguesso? E você leitor, aceitaria ficar em uma fila para pegar 12 euros vindos de um político conhecidamente ditador e corrupto, enquanto o mundo inteiro não desconhece o padecimento do povo congolês?



atualizado às 15:50h
domingo, 4 de agosto de 2013 | By: Vânia Santana

Filho de ditador gasta em compras o dobro da dívida com o Brasil




Teodorín Obiang é herdeiro de Teodoro Obiang Nguema, há 34 anos no poder na Guiné Equatorial



Teodorín Obiang, o filho do ditador Teodoro Nguema Obiang da Guiné Equatorial
 Agência O Globo
RIO - Quando Ali Bongo assumiu a presidência do Gabão, quatro anos atrás, a Embaixada dos EUA em Libreville reportou a Washington um roubo de R$ 84 milhões (€ 28 milhões) no Banco Central regional, que atende a oito países da África Central.


Os diplomatas americanos registraram em documento - disponível nos arquivos do WikiLeaks - a versão corrente na época: o ditador gabonês Omar e seu herdeiro Ali foram os beneficiários, e usaram parte dos recursos para financiar partidos políticos franceses, apoiando inclusive o então presidente da França, Nicolas Sarkozy.
A quantia roubada era equivalente a 5% do capital do banco. E dez vezes maior que o valor do perdão da dívida do Gabão com o Brasil proposto pela presidente Dilma Rousseff ao Senado.
O caso enfureceu governantes sócios dos Bongos no Banco dos Estados da África Central. Todos se sentiram roubados. A família Obiang, que governa a Guiné Equatorial, exigiu mudanças na direção e na forma de operação do banco.
Ontem, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo comemorou 34 anos no poder. Aos 71 anos de idade, ele é o mais antigo ditador africano em atividade.
Obiang comanda um país cuja riqueza subterrânea, em petróleo, contrasta com a plena miséria da superfície: sete de cada dez habitantes (600 mil) sobrevivem com renda inferior a US$ 2 por dia, segundo o Banco Mundial.
Apenas 44% da população da Guiné Equatorial têm acesso à água potável e a desnutrição impera entre 39% das crianças com menos de 5 anos. O presidente, no entanto, se destaca entre os oito governantes mais ricos do planeta, segundo a revista “Forbes”.
A Guiné Equatorial tem uma dívida de R$ 27 milhões (US$ 12 milhões) pendente há duas décadas com o Brasil. O governo Lula chegou a anunciar sua liquidação, com anistia, mas não concretizou. A presidente Dilma Rousseff decidiu renegociá-la com anistia.
No centro do interesse brasileiro estão petróleo e contratos de obras que fizeram o fluxo de comércio entre o Brasil e a Guiné Equatorial se multiplicar, saltando de US$ 3 milhões em 2003 para cerca de US$ 700 milhões no ano passado. Nesse período, o ditador Obiang tornou-se um “caro amigo” para o ex-presidente Lula. E personagem relevante aos olhos da presidente Dilma, para quem “o engajamento com a África tem um sentido estratégico”.

Auxílio a acusado de genocídio

Para o clã Obiang, a anistia financeira do Brasil não tem qualquer significado, além de uma espécie de aval político a uma ditadura contestada na ONU e sob investigação em tribunais da Europa e dos Estados Unidos.
Para os Obiang, uma quantia de R$ 27 milhões (valor da dívida com o Brasil) é dinheiro de bolso. Teodorín, filho mais velho e virtual sucessor do ditador, gastou o dobro disso numa única noitada de compras na Christie’s, em Paris. Foi durante o leilão da extraordinária coleção de arte de Yves Saint Laurent e Pierre Bergé, em 2009 - informou o Departamento Antilavagem do Ministério das Finanças da França em relatório aos juízes parisienses Roger Le Loire e René Grouman.
Parte dos lotes que Teodorín arrematou incluía obras de Rodin, Degas e Monet. Elas foram apreendidas pela Justiça no final do ano passado. A polícia levou, também, peças de mobiliário avaliadas em R$ 117 milhões (US$ 52 milhões) e uma coleção de carros (sete Ferrari mais alguns Bentley, Bugatti Veyron, Porsche Carrera, Maybach Mercedes, Aston Martin, Maserati e Rolls-Royce).
O “tesouro”, como ficou registrado no boletim de ocorrência, estava em uma das residências do herdeiro Obiang em Paris - a mansão número 42 da avenida Foch (distrito 16), com 101 ambientes distribuídos em seis andares. Alguns dos veículos foram leiloados no mês passado.
No final do ano passado, a Justiça francesa mandou prender Teodorín por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele recorreu, mas a decisão foi mantida. No último carnaval esteve em Salvador, mas não foi preso: a polícia alegou que não sabia de sua presença na capital baiana e nem mesmo do pedido de prisão na França.
Com movimentos limitados também está Omar al-Bashir, 69 anos de idade, dos quais 24 no governo do Sudão. Ele foi condenado pelo Tribunal Penal Internacional, das Nações Unidas, por genocídio. Recorreu, mas a sentença foi confirmada no ano passado.
Bashir suprimiu os partidos políticos, censurou a imprensa e dissolveu o Parlamento. Autonomeou-se líder do Conselho Revolucionário para a Salvação Nacional, e também chefe de Estado, primeiro-ministro e chefe das Forças Armadas. É o ditador de um país cuja superfície é pobre, mas cujo subsolo tem promissoras reservas de petróleo.
O Sudão tem uma dívida de R$ 98 milhões (US$ 43,5 milhões) com o Brasil. O governo informou ao Senado que pretende perdoar 90% do total - ou seja, uma anistia de R$ 88,2 milhões (US$ 39,2 milhões).
Para Bashir, isso equivale a uma dádiva financeira e política. Ele é o primeiro presidente da República no exercício da função a se tornar o alvo de um mandado internacional de prisão por genocídio. O apoio do governo Dilma Rousseff foi, até agora, um dos raros gestos de solidariedade que recebeu neste ano.

O Globo

XIX Foro de SP. Telesur e a lavagem cerebral do socialismo bolivariano

A Telesur, mídia oficial do governo da Venezuela, (como quase todas, pra não dizer todas por lá)  publicou hoje em sua página no site sobre o XIX Foro de São Paulo, o encontro dos partidos comunistas  da América Latina, que está acontecendo aqui em S.Paulo, com pouca divulgação pela mídia brasileira. São criadores do Foro de São Paulo, o faraó de Garanhuns Luiz Inácio Lula da Silva, junto com o rei do império vermelho na América Latina, o anti capitalista, e também milionário, Fidel Castro. São sócios do Foro os partidos brasileiros PT, PCdoB, PSB, PCB e PDT.

Eis a publicação, traduzida. Para ver a página, basta clicar sobre o "Telesur/KP" que será direcionado, no final deste texto:

"Um grupo de brasileiros da direita brasileira se manifestou em frente ao prédio onde se realiza a  XIX conferência do Foro de São Paulo, onde líderes esquerdistas discutem  as mudanças sociais e os desafios para consolidar os processos revolucionários.

No Brasil, um grupo de choque direitista manifestaram-se em frente à sede, na realização do Foro de São Paulo, onde líderes esquerdistas discutem as transformações sociais, forças políticas que a direita se recusa a reconhecer.

O correspondente da Telesur no Brasil, Rolando Segura, disse que um grupo de choque da direita brasileira estava no exterior do edifício, onde se reúnem milhares de líderes de esquerda do mundo.

Os direitistas gritaram, acompanhados por cartazes "Fora os comunistas", mas um residente do Brasil, Luciano Garcia, disse que essas pessoas "defendem  500 anos de vida indigna e miséria para os trabalhadores", ao contrário do que impulsiona a esquerda.

Frente aos ataques da direita, o encontro  de São Paulo seguiu as discussões sobre o legado do líder bolivariano Hugo Chávez como um líder  épico revolucionário, com políticas inclusivas ante o sistema de domínio que executa o capitalismo.

O irmão do Comandante Chávez, que é um membro da liderança do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Adan Chávez, disse após a reunião que agora existem outros desafios ", desenvolver um plano estratégico conjunto para consolidar conquistas econômicas e políticas e aprofundar a revolução cultural. "





Telesur / KP


segunda-feira, 8 de julho de 2013 | By: Vânia Santana

Filho de ditador africano é suspeito de crime no Brasil


O filho mais velho do ditador da Guiné Equatorial e segundo vice-presidente do país africano, Teodorin Nguema Obiang Mangue, 41, é suspeito de lavar dinheiro no Brasil com compra de imóvel.

A suspeita aparece em um documento da Justiça americana, ao qual a Folha teve acesso. Segundo o Departamento de Justiça, Nguema --como ele é conhecido-- gastou, em 2008, mais de US$ 65 milhões em bens e serviços, valor 650 vezes superior ao seu salário público anual.

Foto: 25.jun.2013 - Jerome Leroy/AFP

Como funcionário público, Nguema recebe oficialmente, segundo os EUA, US$ 6.799 por mês, ou menos de US$ 100 mil (R$ 225 mil) por ano.

Seu maior gasto individual em 2008 foi a compra de um apartamento tríplex, por US$ 15 milhões, em São Paulo, no bairro nobre dos Jardins. Ele adquiriu também seis quadros de Edgar Degas, Pierre Auguste Renoir, Paul Gauguin e Henri Matisse, num total de US$ 35 milhões, além de carros, joias e antiguidades.

De acordo com os documentos obtidos pela Folha, o ano de 2008 foi aquele em que Nguema mais gastou dinheiro com aquisições. Em 2009, foram US$ 9 milhões; em 2010, US$ 37 milhões e, em 2011, US$ 7,6 milhões.

Responsável pelas políticas de segurança nacional da Guiné Equatorial, Nguema é filho do ditador Teodoro Obiang, no poder desde 1979.

O país que seu pai governa, uma ex-colônia espanhola, situa-se parte em uma ilha na África ocidental, parte no continente. Rica em petróleo, tem índices extremos de pobreza.

Em fevereiro deste ano, Nguema chegou a ser monitorado pela Polícia Federal. Um relatório foi produzido para a Interpol. Agentes da PF também fizeram uma missão até a casa comprada por Nguema em São Paulo.

"O alvo declara à Receita Federal que reside no imóvel localizado no endereço. Diligências preliminares confirmaram junto a moradores e funcionários do edifício que o alvo é o proprietário do apartamento tríplex", afirma o documento. Naquele momento, a França emitiu pedido para que fosse confiscado um avião comprado por Nguema, mas ele não veio ao Brasil com o jato particular.

Como a lei brasileira de lavagem de dinheiro exige que seja apurado o crime antecedente, ou seja, o que originou o dinheiro usado para a suposta lavagem, especialistas acreditam ser difícil processá-lo aqui por esse delito.

"Isso não é corrupção africana, é corrupção global. Esses tipos de desvios não existiriam sem uma junção de empresários dúbios, banqueiros, empreiteiros e outros profissionais que pagam propinas ou ajudam a lavar dinheiro", diz o advogado Kenneth Hurwitz, da ONG Open Society.

NEGÓCIOS

A relação entre a Guiné Equatorial e o Brasil se estreitou nos últimos anos, com a presença cada vez maior de empreiteiras brasileiras nas construções do país.

De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, o ramo de construção civil é justamente a fonte da riqueza de Nguema, sendo a área do governo em que "a corrupção é mais proeminente".

Em 2009, o diplomata Anton Smith preparou documento informando que o setor de construção era particularmente vulnerável à corrupção na Guiné Equatorial. Segundo ele, é nessa área em que "os gastos perdem visibilidade e em que persistem as maiores oportunidades para a corrupção".

Um relatório da embaixada em 2011 descreve as diversas formas de corrupção no país --"transações obscuras, ofertas de propina, tráfico de influência em contratos de construção e taxas de sucesso por contratos firmados".

A Folha procurou o governo da Guiné Equatorial para que explicasse a fortuna do filho do presidente, mas não obteve resposta. O embaixador no Brasil, Benigno Pedro Matute Tang, disse não poder tratar do tema por não ter sido oficializado no cargo.

Nos documentos da Justiça americana, Nguema atribui seu enriquecimento a contratos de infraestrutura assinados por sua empresa particular de construção.

FERNANDO MELLO
FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA


Nota: Este blog já havia feito denúncia anterior de países da África beneficiados pelo perdão da dívida com o Brasil, cujos presidentes estão envolvidos em corrupção. Leia sobre o assunto clicando aqui: Dilma perdoa dívida... 


quinta-feira, 18 de abril de 2013 | By: Vânia Santana

Que os bolivarianos do continente entendam





O relógio da História gira em velocidades desconcertantes. O tempo histórico pode dar a impressão de parar, e, de repente, acelerar em velocidade vertiginosa. A Venezuela parecia estagnada, sob o peso de um regime nacional-populista, assentado na autocracia fundada pelo coronel autointitulado “bolivariano” Hugo Chávez . E muita coisa mudou em poucas semanas.

Em 14 anos de poder, Chávez se beneficiou de centenas de bilhões de dólares — nos últimos dez anos, US$ 1 trilhão, segundo o “Financial Times” — amealhados nas exportações de petróleo tirado de uma das maiores reservas do mundo. E soube manejar este dinheiro, até quando pôde, para se manter no controle da Venezuela.

Ainda ganhou uma última eleição presidencial, em outubro, já em fase terminal do câncer, com 1,5 milhão de votos à frente do oposicionista Henrique Capriles. Morto o caudilho em 5 de março, o poderoso regime chavista põe-se em marcha para eleger o vice do coronel, o sindicalista Nicolás Maduro, ungido pelo próprio Chávez como sucessor.

O relógio da História, no entanto, girou e a vitória de Maduro, por apenas pouco mais de 200 mil votos, representa uma derrota para o chavismo. Apesar de toda a máquina, toda a pressão e manipulação — por vezes ridícula — da figura de Hugo Chávez morto, houve a migração para o mesmo Henrique Capriles de quase um milhão de votos.

Os seguidores do bolivarianismo chavista no continente, brasileiros incluídos, precisam entender o que se passa na Venezuela. Nada diferente do destino de qualquer regime autocrata, sempre abalado na morte do líder, carismático por definição. Esses militantes poderiam aprender algo.

Os conflitos de rua ocorridos terça-feira, com a morte de sete pessoas, derivam das tensões geradas num sistema em que o adversário é visto como o inimigo a ser eliminado.

Henrique Capriles, com novo e elevado status na política venezuelana, fez bem em recuar na ideia de uma marcha convocada para protestar contra alegadas fraudes na eleição e pressionar pela recontagem dos votos. Maduro subiu o tom, proibiu a manifestação e ameaçou “radicalizar a revolução” (a do “Socialismo do Século XXI”).

— Não caiam nas provocações do governo e tenham claro que nossa luta é democrática — alertou um sensato Capriles. Agora, é acompanhar como Maduro e a estrutura de poder chavista enfrentarão a tempestade econômica: inflação rumo aos 30%, desabastecimento e nenhuma perspectiva de o petróleo voltar a cotações que financiem os delírios do regime.

Resta provado que os sonhos dos governantes só podem ser realizados e perdurar se houver bases reais na economia para sustentá-los, e um regime com instituições e princípios que absorvam as tensões normais em qualquer jogo político. Um desses amortecedores é uma efetiva rotatividade no poder por meio do voto livre, com base em regras predefinidas e estáveis. Tudo o que não é o chavismo bolivariano.


O Globo
sexta-feira, 12 de abril de 2013 | By: Vânia Santana

Venezuela, hay un camino. Y su nombre es Henrique Capriles



Caros leitores, como oposicionista e anti-ditadores e vermelhos socialistas, não poderia deixar de me pronunciar, mesmo sendo leiga em política internacional, sobre as eleições da Venezuela, que ocorrerão no próximo domingo, dia 14 de Abril de 2013. Mas não creio também que precisa ser expert em ciências políticas, pra dar meu pitaco na situação da Venezuela, uma vez que aqui no Brasil, nossa “Democracia” não está muito diferente da democracia venezuelana. Nem com pesquisas indicando a imensa popularidade de ambos presidentes, todos sabem o quanto os dois países estão divididos, e se lá o chavismo impera, sabemos aqui na pele os efeitos do lulo-petismo. Outro motivo de eu falar aqui sobre isso, e em especial sobre Capriles, é porque notei que a imprensa brasileira, em sua maioria, não falou ou pouco falou sobre o comício espetacular de Capriles, já que ele é o adversário de Nicolas Maduro,  pupilo do PT.
A este, Lula gravou até um vídeo de apoio. Para este tipo de jornalismo e jornalistas, só tenho a dizer: Quem alimenta cobras, um dia pode ser mordido por elas. Mas.. sigamos.

Tive a oportunidade de assistir ao vivo, via internet, a transmissão do comício do candidato da oposição da Venezuela, Henrique Capriles, pela Globovision. (assista aqui)

Emocionante!!

Primeiramente, porque nas ruas estava uma multidão de fazer inveja aos brasileiros, e indo além disso, diria que me causou vergonha. Tanto dos brasileiros, quanto da oposição de nosso país. Em toda a minha vida, só vi algo parecido no Brasil, quando das 'Diretas Já' na Praça da Sé, e para pedir impeachment de um presidente na Av. Paulista em SP (que hoje, apesar disso, é Senador). Mesmo assim, nunca em eleições presidenciais.

E segundo, porque há muito tempo não ouvia um candidato de nenhum país, com tamanho carisma, com um discurso tão visivelmente confiante. Um líder.



Embora não seja a mesma história, lá e cá, ela não muda muito, normalmente mudam os personagens. Se aqui elegeram um ex-metalúrgico, a Venezuela tem agora como candidato um ex-motorista de ônibus, Nicolas Maduro, que vê presidente morto em forma de ‘pajarito’. Nem João Santana faria melhor... Opss! Não é que João Santana, marketeiro e criador de Lula e Dilma, é também, não por acaso, o marketeiro de Maduro? Foi de Chávez também. Vejam que cena fantástica, do fascismo que fascina os ignorantes, na foto abaixo, do Jornal El Nuevo Herald:



Não é sempre que a oportunidade bate duas vezes à porta. Capriles foi derrotado na eleição passada, com 11 pontos de diferença. Apesar disso, teve o melhor resultado do que qualquer candidato da oposição na era ‘chavista’. As últimas pesquisas apontam empate técnico entre os dois candidatos. 
Se a ‘fraude’ não vencer as eleições, tudo indica que a Venezuela dará um grande passo na real Democracia, elegendo Capriles. Se houver alguém vendo passarinhos por lá, que seja o da Liberdade.

Arriba Venezuela!! Hay um caminho, y su nombre es Henrique Capriles.



segunda-feira, 11 de março de 2013 | By: Vânia Santana

A morte do caudilho - por Marcos Vargas Llosa



O comandante Hugo Chávez Frías pertencia à robusta tradição dos caudilhos que, embora mais presentes na América Latina que em outras partes, não deixaram de se assomar a toda parte, até em democracias avançadas, como a França. Ela revela aquele medo da liberdade que é uma herança do mundo primitivo, anterior à democracia e ao indivíduo, quando o homem ainda era massa e preferia que um semideus, ao qual cedia sua capacidade de iniciativa e seu livre-arbítrio, tomasse todas as decisões importantes de sua vida.

Cruzamento de super-homem e bufão, o caudilho faz e desfaz a seu bel prazer, inspirado por Deus ou por uma ideologia na qual, quase sempre, se confundem o socialismo e o fascismo ─ duas formas de estatismo e coletivismo ─ e se comunica diretamente com seu povo mediante a demagogia, a retórica, a espetáculos multitudinários e passionais de cunho mágico-religioso.

Sua popularidade costuma ser enorme, irracional, mas também efêmera, e o balanço de sua gestão, infalivelmente catastrófico. Não devemos nos impressionar em demasia pelas multidões chorosas que velam os restos de Hugo Chávez. São as mesmas que estremeciam de dor e desamparo pela morte de Perón, de Franco, de Stalin, de Trujillo e as que, amanhã, acompanharão Fidel Castro ao sepulcro.

Os caudilhos não deixam herdeiros e o que ocorrerá a partir de agora na Venezuela é totalmente incerto. Ninguém, entre as pessoas de seu entorno, e certamente em nenhum caso Nicolás Maduro, o discreto apparatchik a quem designou seu sucessor, está em condições de aglutinar e manter unida essa coalizão de facções, de indivíduos e de interesses constituídos que representa o chavismo, nem de manter o entusiasmo e a fé que o defunto comandante despertava com sua torrencial energia nas massas da Venezuela.

Uma coisa é certa: esse híbrido ideológico que Hugo Chávez urdiu chamado revolução bolivariana ou socialismo do século 21, já começou a se decompor e desaparecerá, mais cedo ou mais tarde, derrotado pela realidade concreta: a de uma Venezuela, o país potencialmente mais rico do mundo, ao qual as políticas do caudilho deixaram empobrecido, dividido e conflagrado, com a inflação, a criminalidade e a corrupção mais altas do continente, um déficit fiscal que beira a 18% do PIB e as instituições ─ as empresas públicas, a Justiça, a imprensa, o poder eleitoral, as Forças Armadas ─ semidestruídas pelo autoritarismo, a intimidação e a submissão.

Além disso, a morte de Chávez coloca um ponto de interrogação na política de intervencionismo no restante do continente latino-americano que, num sonho megalomaníaco característico dos caudilhos, o comandante defunto se propunha a tornar socialista e bolivariano a golpes de talão de cheques. Persistirá esse fantástico dispêndio dos petrodólares venezuelanos que fizeram Cuba sobreviver com os 100 mil barris diários que Chávez praticamente presenteava a seu mentor e ídolo Fidel Castro? E os subsídios e as compras de dívida de 19 países, aí incluídos seus vassalos ideológicos como o boliviano Evo Morales, o nicaraguense Daniel Ortega, as Farc colombianas e os inúmeros partidos, grupos e grupelhos que por toda a América Latina lutam para impor a revolução marxista?

O povo venezuelano parecia aceitar esse fantástico desperdício contagiado pelo otimismo de seu caudilho, mas duvido que o mais fanático dos chavistas acredite agora que Maduro possa vir a ser o próximo Simon Bolívar. Esse sonho e seus subprodutos, como a Aliança Bolivariana para as América (Alba), integrada por Bolívia, Cuba, Equador, Dominica, Nicarágua, San Vicente e Granadinas, Antígua e Barbuda, sob a direção da Venezuela, já são cadáveres insepultos.

Nos 14 anos que Chávez governou a Venezuela, o preço do barril de petróleo ficou sete vezes mais caro, o que fez desse país, potencialmente, um dos mais prósperos do planeta. No entanto, a redução da pobreza nesse período foi menor que a verificada, por exemplo, no Chile e no Peru no mesmo período. Enquanto isso, a expropriação e a nacionalização de mais de um milhar de empresas privadas, entre elas 3,5 milhões de hectares de fazendas agrícolas e pecuárias, não fez desaparecer os odiados ricos, mas criou, mediante o privilégio e o tráfico, uma verdadeira legião de novos ricos improdutivos que, em vez de fazer progredir o país, contribuiu para afundá-lo no mercantilismo, no rentismo e em todas as demais formas degradadas do capitalismo de Estado.

Chávez não estatizou toda a economia, como Cuba, e nunca fechou inteiramente todos os espaços para a dissidência e a crítica, embora sua política repressiva contra a imprensa independente e os opositores os reduziu a sua expressão mínima. Seu prontuário no que respeita aos atropelos contra os direitos humanos é enorme, como recordou, por ocasião de seu falecimento, uma organização tão objetiva e respeitável como a Human Rights Watch.

É verdade que ele realizou várias consultas eleitorais e, ao menos em algumas delas, como a última, venceu limpamente, se a lisura de uma eleição se mede apenas pelo respeito aos votos depositados e não se leva em conta o contexto político e social no qual ela se realiza, e na qual a desproporção de meios à disposição do governo e da oposição era tal que ela já entrava na disputa com uma desvantagem descomunal.

No entanto, em última instância, o fato de haver na Venezuela uma oposição ao chavismo que na eleição do ano passado obteve quase 6,5 milhões de votos é algo que se deve, mais do que à tolerância de Chávez, à galhardia e à convicção de tantos venezuelanos que nunca se deixaram intimidar pela coerção e as pressões do regime e, nesses 14 anos, mantiveram viva a lucidez e a vocação democrática, sem se deixar arrebatar pela paixão gregária e pela abdicação do espírito crítico que o caudilhismo fomenta.

Não sem tropeços, essa oposição, na qual estão representadas todas as variantes ideológicas da Venezuela está unida. E tem agora uma oportunidade extraordinária para convencer o povo venezuelano de que a verdadeira saída para os enormes problemas que ele enfrenta não é perseverar no erro populista e revolucionário que Chávez encarnava, mas a opção democrática, isto é, o único sistema capaz de conciliar a liberdade, a legalidade e o progresso, criando oportunidades para todos em um regime de coexistência e de paz.

Nem Chávez nem caudilho algum são possíveis sem um clima de ceticismo e de desgosto com a democracia como o que chegou a viver a Venezuela quando, em 4 de fevereiro de 1992, o comandante Chávez tentou o golpe de Estado contra o governo de Carlos Andrés Pérez. O golpe foi derrotado por um Exército constitucionalista que enviou Chávez ao cárcere do qual, dois anos depois, num gesto irresponsável que custaria caríssimo a seu povo, o presidente Rafael Caldera o tirou anistiando-o.

Essa democracia imperfeita, perdulária e bastante corrompida, havia frustrado profundamente os venezuelanos que, por isso, abriram seu coração aos cantos de sereia do militar golpista, algo que ocorreu, por desgraça, muitas vezes na América Latina.

Quando o impacto emocional de sua morte se atenuar, a grande tarefa da aliança opositora presidida por Henrique Capriles será persuadir esse povo de que a democracia futura da Venezuela terá se livrado dessas taras que a arruinaram e terá aproveitado a lição para depurar-se dos tráficos mercantilistas, do rentismo, dos privilégios e desperdícios que a debilitaram e tornaram tão impopular.

A democracia do futuro acabará com os abusos de poder, restabelecendo a legalidade, restaurando a independência do Judiciário que o chavismo aniquilou, acabando com essa burocracia política mastodôntica que levou à ruína as empresas públicas. Com isso, se produzirá um clima estimulante para a criação de riqueza no qual empresários possam trabalhar e investidores, investir, de modo que regressem à Venezuela os capitais que fugiram e a liberdade volte a ser a senha e contrassenha da vida política, social e cultural do país do qual há dois séculos saíram tantos milhares de homens para derramar seu sangue pela independência da América Latina.


MARIO VARGAS LLOSA - Estadão
TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK
sábado, 9 de março de 2013 | By: Vânia Santana

Hugo Chávez, já houve embalsamamento ou tanatopraxia?



Apesar do anúncio feito pelo presidente interino da Venezuela, Nicolas Maduro, sobre embalsamar o corpo de Hugo Chávez, dificilmente é possível que seu corpo já não tenha passado pelo  processo de embalsamamento ou tanatopraxia.

Depois de 24 horas, o sangue coagula, o que torna muito difícil injetar o líquido usado para este processo (formol), pois o mesmo precisa passar pelas artérias. Após 36 horas, o corpo entra em estado de decomposição. O embalsamamento deve ocorrer até no máximo 12 horas após a morte de uma pessoa, e leva de 6 a 12 horas o processo.
A morte de Chávez foi anunciada como ocorrida às 16:25h de Caracas (17:55h no fuso do Brasil), na terça feira, 05 de março. Chávez passou por um tratamento de câncer terminal, quimioterapia, por cirurgia, soro, infecção pulmonar, e seu “corpo” seguiu em cortejo em caixão, exposto sob o calor, em Caracas. Sob estas condições, e passado este tempo, se houver possibilidade de embalsamamento, o processo em Chávez levaria semanas para ser concluído.
Tenho pra mim, que o caixão exposto no cortejo não tinha o corpo de Chavez, que poderia estar sendo preparado para o velório (embalsamamento). Isto levando em consideração, que sua morte já não houvesse ocorrido em Cuba. Tive a informação de um venezuelano, que Chávez nunca esteve no Hospital de Base, e que sua família também não estava em Caracas. Enfim, talvez a verdade fique ainda oculta, mas sabemos que a mentira não dura para sempre.

Existem determinações legais que obrigam o embalsamamento ou tanatopraxia para traslados de corpos, além dos velórios prolongados.
Personagens como a princesa Diana, o presidente dos EUA, Abraham Lincoln, Evita Perón, Papas (Papa João Paulo II passou pelo processo de Tanatopraxia), foram embalsamados. Aqui no Brasil, Celso Daniel,  Ruth Cardoso, Paulo Autran, Nair Bello, José de Alencar, Antonio Carlos Magalhães e Oscar Niemeyer também passaram pelo embalsamamento, antes de serem enterrados ou cremados.
No caso de líderes comunistas embalsamados e expostos em urnas de vidro pela eternidade, a “embalagem à vácuo” das urnas impede a proliferação de fungos e bactérias, que deteriorariam os corpos.
Também é necessário o tratamento nas almofadas das urnas mortuárias.

Conheça a diferença entre embalsamamento e tanatopraxia:
Embalsamar é a arte de preservar um corpo por um longo período para velórios com mais de 24 horas de duração. Embalsamamento é o nome dado ao tratamento de um corpo morto para esterilizá-lo ou protegê-lo da decomposição. Sua técnica, originada dos egípcios, utiliza a retirada de órgãos e a inserção de fluídos embalsamadores. Atualmente, a retirada dos órgãos não é mais permitida, devido a processos judiciais sobre a morte. Neste caso, os órgãos são colocados em formol, e depois reinseridos ao local. O embalsamamento é obrigatório para viagens aéreas nacionais e internacionais. Para realizar o traslado, é necessário apresentar o termo de embalsamamento. Para o Consulado Holandês e Italiano, é também obrigatório a apresentação de atestado de doença não infecto-contagiosa.

A Tanatopraxia, nada mais é do que a denominação empregada para a técnica de preparação de corpos humanos, vitimados das mais variadas formas de óbito. Corresponde à aplicação de produtos químicos em corpos falecidos, visando a sua desinfecção e o retardamento do processo biológico de decomposição, permitindo a apresentação dos mesmos em melhores condições para o velório. Diferente do embalsamamento, essa técnica não utiliza formol ou realiza a retirada de qualquer órgão.
Seu princípio está na aplicação de um líquido conservante e desinfetante, que devolve a aparência natural do corpo, evitando extravasamento de líquidos, inchaço e garantindo um aspecto semelhante ao que apresentava em vida. Tem por objetivo, ainda, evitar a propagação de moléstias contagiosas e doenças para a comunidade, visto que com essa preparação o corpo recebe um tratamento especial com substâncias germicidas.

As diferenças fundamentais existentes entre Embalsamamento e Tanatopraxia são de: (1) ausência de evisceração (as vísceras são mantidas nas próprias cavidades), (2) metodologia (utilização de equipamentos modernos apropriados para injeção e aspiração) e (3) diferentes produtos químicos (testados cientificamente) empregados neste último processo.

Através da tanatopraxia, é possível realizar a restauração facial e do corpo em caso de acidente; permitir que a família possa permanecer mais tempo no velório; ou mesmo para que o corpo possa ser transportado a grandes distâncias para o enterro, bem como para cumprir com as determinações legais para o traslado.
O importante benefício social com a aplicação desta metodologia pode ser observado entre os tempos onde não se praticava a tanatopraxia e os dias de hoje. Na grande maioria das vezes, pode-se atender às necessidades dos familiares, como a preservação por um tempo mais prolongado de velório, em condições ambientais normais, sem a necessidade de um sistema de refrigeração.

O tempo mínimo para a preparação de um corpo com “causas mortis” natural varia de 60 a 90 minutos, dependendo de fatores intrínsecos e extrínsecos que acometeram o corpo, ou seja: aonde, como e quando aconteceu o óbito. Estas e outras variáveis existentes determinam o tempo de preparação, que pode se estender a aproximadamente 4 (quatro) horas para o completo processo de preservação corporal.

Níveis de Tanatopraxia:

Nível 1: recomendada para corpos que serão velados por até 12 horas;
Nível 2: recomendada para corpos que serão velados por até 24 horas e traslados intermunicipais;
Nível 3: recomendada para corpos necropsiados (IML) e para traslados interestaduais.
sexta-feira, 8 de março de 2013 | By: Vânia Santana

Foro de São Paulo - A aliança anti-democracia



Como já observou Sertillanges, “a vida moral é uma arquitetura cujos materiais são os acontecimentos cotidianos. Com os mesmos materiais, pode-se construir uma choça, uma taverna ou um templo”.
Li de Diógenes, um filosofo grego, a seguinte sentença: “Em todas as coisas, considera o fim”.

Quando aplicamos isto na política, pode-se observar que é o passado e a soma das atitudes ao longo de uma carreira construída,  que nos dá a base para o julgamento dos resultados, a qual finalidade se encaminhou. Temos vários exemplos na história, de líderes políticos, carismáticos ou não, que tomaram várias atitudes durante toda sua vida, visando chegar ao seu objetivo. Alguns progrediram até uma altura incomensurável, outros regrediram até uma baixeza inominável.

Mas por que comecei este texto, falando sobre isso? Porque hoje quero apresentar para vocês, uma compilação (é longa, mas esclarecedora) que fiz em pesquisa para entender os objetivos dos chamados governos populistas e socialistas de esquerda. Claro que os personagens deste texto serão Chávez, Fidel, Lula e Dilma, principais e atuais precursores e adeptos defensores do socialismo na América Latina.

É importante, primeiramente, que saibam: existe um encontro de representantes de partidos políticos e de organizações não governamentais de esquerda da América Latina e Caribe. Este encontro chama-se Foro de São Paulo. O Forum foi criado em 1990 pelo Partido dos Trabalhadores, em São Paulo, onde a reunião se realizou pela primeira vez. Desde então, o FSP tem acontecido a cada um ou dois anos, em diferentes cidades dos países participantes. São eles: Argentina, Barbados, Belize, Bolívia, Brasil, Cuba, Dominica, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Nicarágua, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. Em vermelho na imagem abaixo:



A ideia do Foro de São Paulo surgiu em julho de 1990, durante uma visita feita por Fidel Castro a Lula, ex-presidente do Brasil em São Bernardo do Campo. Foi formalizada quando 48 organizações, partidos e frentes de esquerda da América Latina e do Caribe, atendendo a convite do Partido dos Trabalhadores, reuniram-se na cidade de São Paulo visando debater a nova conjuntura internacional pós-queda do Muro de Berlim (1989). Com objetivo também de elaborar estratégias para fazer face ao embargo dos Estados Unidos a Cuba e unir as forças de esquerda latino-americanas no debate das consequências da adoção de políticas supostamente neoliberais pela maioria dos governos latino-americanos da época.
Fazem parte do Foro de São Paulo, além de organizações, como as FARC, os Partidos Comunistas e Socialistas de todos os países citados, e no Brasil, o PT, o PCdoB, o PDT, o PSB, e o PCB.

A imprensa brasileira, se cala sobre a existência do Foro. Mas enquanto não censuram a internet de vez, veja o vídeo:



E para os críticos da revista Veja, que dirão que o vídeo acima é montagem da revista golpista, podem ver este:





Uma vez, Boris Casoy, em entrevista a Lula, perguntou a ele: “Fala-se sobre uma aliança, um eixo, sobre Chávez, Fidel e Lula. É verdade isso?” Lula negou, (claro, e falou que era piada) e o ‘aconselhou’ a não repetir isso no vídeo. Boris Casoy foi demitido da Record, logo em seguida. Veja isso, e mais:





Agora, o mais assustador, e que talvez o mais esclarecedor, de tudo que encontrei, (no blog Nota Latina) foi esta ‘suposta’ carta, de Fidel a Chávez, que a transcrevo abaixo com tradução de G.Salgueiro, e que foi lida em um programa de rádio de Caracas, ouça clicando aqui: RCTV.

Na carta, Fidel ensina a Chávez como conduzir o processo revolucionário, em 3 etapas:

Primeira Etapa
“Os pobres são maioria e têm pouca memória. Injeta-lhes esperança e acusa o passado, à Democracia de todos os seus males. Mantém-te em linha permanente com teu povo. Identifica-te com eles. Teu verbo tem de ser simples; isso lhes chega muito bem, pois tens o tempero que faz falta. Emociona-os, leva-os em consideração. Aprende a manipular a ignorância. O verbo deve ser inflamado, de autoridade e poder; não te preocupes com os ricos e a classe média, [pois] não são mais que 80% de pobres o que tu necessitas. Os ricos saem correndo se lhes fazes "Buu!!!"
Os católicos adoram menções da Bíblia ou de Cristo. Os católicos, em que pese ser a grande maioria na Venezuela, não fazem nada. Rezar, sem ações, não vão chegar a parte alguma; são uns bobalhões. Enquanto a igreja está adormecida, aproveita. Quando decidirem mover-se, já estarás instalado. Lembra que a igreja é “escorregadia”. Segue fustigando. Os católicos sem liderança não são ninguém. Nenhum padreco vai reagir. Há dois ou três que querem rebelar-se, porém seus superiores os encurralam. Se vês um sacerdote católico alvoroçado, compra-o, chama-o, ganha-o para ti; se o povo cristão se te rebela, esse será teu último dia... porém, dificilmente esse dia virá. Os judeus na Venezuela não contam, os Evangélicos são uns pobres coitados e as demais religiões para que nomeá-las? Cita o Cristo, sempre, fala em seu nome, lembra que isto a mim me deu excelentes resultados.
Inclui bandeiras e Simón Bolívar quando possas. Gera um novo nacionalismo. Desperta o ódio, divide os venezuelanos. Esta etapa te dará bons dividendos... Se eliminarão uns aos outros, a violência te ajudará também a instalar-te mais tarde à força. Entretanto, fale-lhes de Democracia. Tens dinheiro, compra a fidelidade enquanto cumpres os teus objetivos. Quando consegues o que queres se se opõem ou te aconselham, despreza-os. Envia-os a embaixadas, dá-lhes dinheiro para que se calem ou tira-os do país para que a imprensa não os utilize. Os que se oponham “planta-lhes” delitos; isso desqualifica para sempre. Por todos os meios mantém maioria na Assembléia. Mantém a teu lado no mínimo a Procuradoria e o Tribunal. Compre todos os militares com comando de tropa e equipamentos. Põe-os onde há bastante dinheiro. Compra banqueiros. Grandes comerciantes e construtores. Dá-lhes contratos, trabalhos e facilidades para esta primeira etapa.
Segunda Etapa
Para a segunda etapa tens que haver formado Comitês de Defesa sa Revolução que os podes chamar de “Bolivarianos”. Faz trabalho comunitário com eles para que te defendam agradecidos. Paga-lhes para que sigam teus alinhamentos (marchas, concentrações). Dos comitês seleciona os mais agressivos para uma força de choque armada que podem necessitar se a coisa se põe difícil. Controla a Polícia, destrói-a. Ponha-na à tua disposição. Na segunda etapa tens que aprofundar a visão da Revolução. Deve-se mencionar muito a palavra revolução. Isto emociona os pobres.
Aqui tens que fraturar as uniões de trabalhadores e de empresários que podem fazer oposição. Aqui temos que conseguir com que os trabalhadores estejam filiados a uma central paralela. Com dinheiro se consegue. Do mesmo modo, tens que armar uma central de empresários paralela. Ataca os empresários. Acusa-os de famintos, fascistas e particularmente acusa-os de golpistas; faz-te de fraco.
A mente dos homens se situa no mais fraco e na injustiça. Se não o podes comprá-los, fecha os meios de comunicação radial, impressos e televisoras. Tua empresa de petróleo é quem te produz o dinheiro do projeto. Põe uma Junta Diretora Revolucionária. Demite os técnicos e acaba com essa chamada meritocracia.
Terceira Etapa
Se tens tudo nesta etapa podes seguir para a terceira. Na terceira etapa podes violar a Constituição porque ninguém vai te impedir. Ordena invasões. Distribui armas, drogas e dinheiro. Acusa-os de espiões e corruptos. Desprestigia-os. Prende muitos jornalistas, empresários, líderes trabalhistas. Os demais escaparão do país ou serão punidos.
Reestrutura o Gabinete. Aqui podes desfazer-te de teus colaboradores. A alguns podes premiá-los e outros desprezá-los pois já não há oposição. Tens que pôr camaradas. Estabelece o chamado constitucionalmente. Estado de Exceção; Suspende garantias. Lança o toque de recolher. Apura-te, olha se o povo te está achando excelente. Fecha todos os meios de comunicação. Destrói Prefeitos e Governadores da oposição.
Anuncia a reestruturação de todas as áreas do Estado e a elaboração de uma nova Constituição. Forma um Conselho de Governo com 500 membros. No Conselho Assessor do Governo estarei eu. Há que fuzilar os opositores que não aprendem. Isso é a única coisa que os silencia e é mais econômico.
Nunca deixes que se organizem, nem deixes que conheçam tuas intenções. Seremos respeitados novamente com o Marxismo-Leninismo. Brasil, Equador, Venezuela e Cuba a passos indestrutíveis. Se vejo que não tens colhões, recolho todo o meu pessoal; podem me matar os militares, quando se te ergam, se não me fazes caso. Que estás esperando, Hugo?”


Percebem alguma semelhança?


Neste vídeo você pode ver os discursos de Lula e Dilma, no Foro de São Paulo. E como ele diz tudo, termino o texto por aqui, e que os leitores tirem suas conclusões.