Senhoras e senhores,
O bom senso está morto, é oficial.
Será enterrado em caixão lacrado e sem solenidades. No máximo teremos seu primo senso comum carregando o caixão com um sorrisinho amarelo, e TALVEZ Sócrates ou René Descartes falando algumas palavras singelas sobre o falecido no baixar do caixão, mas provavelmente eles vão recusar o convite, pois têm receio de serem interrompidos por alguém que leu alguma citação falsa ao lado da foto deles no instagram... Causa mortis do bom senso? Uma doença, um mal.
Grande parte das pessoas hoje são portadoras desse mal, uma moléstia grave. Não foi AIDS, EBOLA, H1N1... mas algo muito mais fácil de se pegar e virar um portador. Esse mal é conhecido como VERDADE ABSOLUTA. Quem o pega vira um pobre PORTADOR DA VERDADE ABSOLUTA.
Os portadores da verdade absoluta são pobres diabos que não se enxergam, pois essa moléstia afeta principalmente a capacidade de raciocínio. Uma vez portador da verdade absoluta, a pessoa esquece que a verdade é completamente dependente de TEMPO e ESPAÇO, e pior ainda, ficam alheios ao fato que a verdade não é ABSOLUTA!
Esses coitados esquecem que ao longo dos 150 mil anos de humanidade nós já tivemos tantas verdades finais, absolutas, imutáveis, certas e indiscutíveis que chega a ser engraçado alguém ainda acreditar nisso... Mas não fala nada não, é doença tadinhos!
Acredito que a doença deve afetar os olhos também, pois essas pessoas passam a ver o mundo em preto-e-branco, sem qualquer grau de cinza entre eles. Isto é: ou algo é RUIM ou BOM, CERTO ou ERRADO, SIM ou NÃO. Não há espaço para contextualização - pouco importa se temporal, cultural, pessoal, geográfica, política ou histórica. São como macacos pelados megalomaníacos que acham absurdo alguém andar em duas pernas e fritar bananas para comer, porque esse não é o jeito certo de se fazer as coisas!
Outra característica marcante dos doentes portadores da verdade absoluta é a credulidade obstinada. Nunca checam fontes, ou se informam mais sobre assuntos que não têm intimidade antes de proferir sua sabedoria... Caem como patos na primeira notícia ou post de facebook que chega até eles, e a defendem com uma certeza e obstinação de quem conhece profundamente, viu, viveu e tem experiência naquele assunto, seja ele qual for. São capazes às vezes de defender teses que uma simples observação atenta (um exercício básico de lógica, um documento a disposição de todos, um mapa escolar, ou mesmo uma busca rápida no google) mostra como aquilo é algo impossível com facilidade.
Expressões frequentes dos acometidos por esse mal: Isso sempre é certo (ou errado); essa religião é errada; esse costume é inaceitável; as pessoas são preconceituosas; as minorias devem ser sempre defendidas; protestar sempre é certo; todo mundo sabe disso; sabedoria popular não falha; mas eu vi na internet; é culpa das grandes potências mundiais; aquela religião é de fanáticos; todo político é ladrão; ele não é ruim, é uma vítima da sociedade; vitamina C cura a gripe; isso não faz mal porque é natural; e principalmente : estou certo, porque não tem outra explicação (essa última, a máxima demonstração da pessoa acreditar em sua onisciência).
A morte do bom senso só deixa uma lição: Jamais subestime ignorantes quando reunidos em grandes bandos.
por Amira Laila
Política brasileira. Em fatos e opiniões.
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Brasil registra uma violação grave contra liberdade de expressão a cada oito dias, segundo ONG
Relatório da organização Artigo 19 apontou 45 casos de violência contra comunicadores e defensores de direitos humanos em 2013
Relatório anual da organização não-governamental Artigo 19 registrou a ocorrência de 45 violações graves contra comunicadores e defensores de direitos humanos em 2013, quase uma por semana. De acordo com o documento, que será lançado na noite desta quarta-feira durante debate sobre liberdade de expressão, em São Paulo, o Sudeste concentra a maior parte das violações contra jornalistas e; a região Norte, a maioria dos atos contra defensores de direitos humanos.
- É um número extremamente preocupante e incompatível com o Estado Democrático no qual hoje vivemos no país - afirma a diretora-executiva da Artigo 19 para a América do Sul, Paula Martins, para quem o governo brasileiro deve se responsabilizar pela situação e tomar medidas para que não se registre índices semelhantes em 2014.
No relatório, a organização reconhece que o número pode ser ainda maior. Isso porque há "uma dificuldade em realizar uma coleta de dados precisa", em função da "extensão do país e a falta de pesquisas panorâmicas que busquem um olhar amplo e exaustivo sobre o tema". Outro elemento lembrado pelos pesquisadores é o fato de vítimas não relatarem fatos violentos como violações à liberdade de expressão.
"Comunicadores e defensores dos direitos humanos acreditam que as situações que enfrentam representam riscos inerentes de sua profissão ou atuação e terminam por não reportar os seus casos. Outro entendimento possível é que essas vítimas não confiam nas instituições públicas como a polícia e o Ministério Público e preferem não expor às autoridades os acontecimentos", diz o relatório.
Em 2013, mais comunicadores (29) foram vítimas de crimes contra a liberdade de expressão do que defensores dos direitos humanos (16), segundo o texto. No entanto, morreram 8 defensores de direitos humanos, ante 4 comunicadores. A maioria das mortes de defensores (6) tiveram como motivação denúncias sobre irregularidades envolvendo disputas territoriais.
As ameaças de morte foi a violação mais frequente contra comunicadores (15), seguida pela tentativa de assassinato (8). No caso dos defensores de direitos humanos, foram 7 ameaças de morte e uma tentativa de assassinato.
Assassinatos
O relatório relata a morte, em 22 de fevereiro do ano passado, do jornalista Mafaldo Bezerra Goes, âncora da Rádio FM Rio Jaguaribe. Ele foi assassinado com cinco tiros em Jaguaribe, no Ceará, após ser emboscado por dois indivíduos. Ele estava recebendo ameaças de morte por denunciar crimes na região.
Também são relatadas a morte de dois jornalistas na região do Vale do Aço, em Minas Gerais. O repórter de Polícia do jornal “Vale do Aço”, Rodrigo Neto de Faria, também âncora do “Plantão Policial” da Rádio Vanguarda, foi morto com dois tiros em 8 de março, em Ipatinga. Ele vinha recebendo ameaças por denúncias de corrupção policial e crimes. Duas pessoas, entre elas um policial, foram indiciadas pelo crime.
Em 14 de abril, o fotógrafo Walgney Carvalho, que trabalhava no “Vale do Aço”, foi assassinado com vários tiros por um motoqueiro enquanto jantava em um restaurante de Coronel Feliciano. O acusado foi um dos assassinos de seu colega Rodrigo, com o qual havia feito reportagens e compartilhado informações.
O último crime relatado no relatório diz respeito ao caso de Samuel Eggers, do Rio Grande do Sul, que mantinha um blog pessoal com textos questionando a corporação policial por truculência e falta de preparo na relação com a sociedade.
O texto traz dez recomendações ao Estado brasileiro sobre como atuar para reduzir o número de violações, entre elas o desenvolvimento de estudos para identificar causas das violações e a ampliação do número de autoridades que podem solicitar a federalização das investigações de crimes contra os direitos humanos.
Jornal O Globo
o 'Pensador Coletivo'
Você sabe o que é MAV? Inventada no 4º Congresso do PT, em 2011, a sigla significa Militância em Ambientes Virtuais. São núcleos de militantes treinados para operar na internet, em publicações e redes sociais, segundo orientações partidárias. A ordem é fabricar correntes volumosas de opinião articuladas em torno dos assuntos do momento. Um centro político define pautas, escolhe alvos e escreve uma coleção de frases básicas. Os militantes as difundem, com variações pequenas, multiplicando suas vozes pela produção em massa de pseudônimos. No fim do arco-íris, um Pensador Coletivo fala a mesma coisa em todos os lugares, fazendo-se passar por multidões de indivíduos anônimos. Você pode não saber o que é MAV, mas ele conversa com você todos os dias.
O Pensador Coletivo se preocupa imensamente com a crítica ao governo. Os sistemas políticos pluralistas estão sustentados pelo elogio da dissonância: a crítica é benéfica para o governo porque descortina problemas que não seriam enxergados num regime monolítico. O Pensador Coletivo não concorda com esse princípio democrático: seu imperativo é rebater a crítica imediatamente, evitando que o vírus da dúvida se espalhe pelo tecido social. Uma tática preferencial é acusar o crítico de estar a serviço de interesses de malévolos terceiros: um partido adversário, "a mídia", "a burguesia", os EUA ou tudo isso junto. É que, por sua própria natureza, o Pensador Coletivo não crê na hipótese de existência da opinião individual.
O Pensador Coletivo abomina argumentos específicos. Seu centro político não tem tempo para refletir sobre textos críticos e formular réplicas substanciais. Os militantes difusores não têm a sofisticação intelectual indispensável para refrasear sentenças complexas. Você está diante do Pensador Coletivo quando se depara com fórmulas genéricas exibidas como refutações de argumentos específicos. O uso dos termos "elitista", "preconceituoso" e "privatizante", assim como suas variantes, é um forte indício de que seu interlocutor não é um indivíduo, mas o Pensador Coletivo.
O Pensador Coletivo interpreta o debate público como uma guerra. "A guerra de guerrilha na internet é a informação e a contrainformação", explica o deputado André Vargas, um chefe do MAV. No seu mundo ideal, os dissidentes seriam enxotados da praça pública. Como, no mundo real, eles circulam por aí, a alternativa é pregar-lhes o rótulo de "inimigos do povo". Você provavelmente conversa com o Pensador Coletivo quando, no lugar de uma resposta argumentada, encontra qualificativos desairosos dirigidos contra o autor de uma crítica cujo conteúdo é ignorado. "Direitista", "reacionário" e "racista" são as ofensas do manual, mas existem outras. Um expediente comum é adicionar ao impropério a acusação de que o crítico "dissemina o ódio".
O Pensador Coletivo é uma máquina política regida pela lógica da eficiência, não pela ética do intercâmbio de ideias. Por isso, ele nunca se deixa intimidar pela exigência de consistência argumentativa. Suzana Singer seguiu a cartilha do Pensador Coletivo ao rotular o colunista Reinaldo Azevedo como um "rottweiler feroz" para, na sequência, solicitar candidamente um "bom nível de conversa". Nesse passo, trocou a função de ombudsman da Folha pela de Censora de Opinião. Contudo, ela não pertence ao MAV. Os procedimentos do Pensador Coletivo estão disponíveis nas latas de lixo de nossa vida pública: mimetizá-los é, apenas, uma questão de gosto.
Existem similares ao MAV em outros partidos? O conceito do Pensador Coletivo ajusta-se melhor às correntes políticas que se acreditam possuidoras da chave da porta do Futuro. Mas, na era da internet, e na hora de uma campanha eleitoral, o invento será copiado. Pense nisso pelo lado bom: identificar robôs de opinião é um joguinho que tem a sua graça.
Demétrio Magnoli
Edição impressa da Folha de SP
O Pensador Coletivo se preocupa imensamente com a crítica ao governo. Os sistemas políticos pluralistas estão sustentados pelo elogio da dissonância: a crítica é benéfica para o governo porque descortina problemas que não seriam enxergados num regime monolítico. O Pensador Coletivo não concorda com esse princípio democrático: seu imperativo é rebater a crítica imediatamente, evitando que o vírus da dúvida se espalhe pelo tecido social. Uma tática preferencial é acusar o crítico de estar a serviço de interesses de malévolos terceiros: um partido adversário, "a mídia", "a burguesia", os EUA ou tudo isso junto. É que, por sua própria natureza, o Pensador Coletivo não crê na hipótese de existência da opinião individual.
O Pensador Coletivo abomina argumentos específicos. Seu centro político não tem tempo para refletir sobre textos críticos e formular réplicas substanciais. Os militantes difusores não têm a sofisticação intelectual indispensável para refrasear sentenças complexas. Você está diante do Pensador Coletivo quando se depara com fórmulas genéricas exibidas como refutações de argumentos específicos. O uso dos termos "elitista", "preconceituoso" e "privatizante", assim como suas variantes, é um forte indício de que seu interlocutor não é um indivíduo, mas o Pensador Coletivo.
O Pensador Coletivo interpreta o debate público como uma guerra. "A guerra de guerrilha na internet é a informação e a contrainformação", explica o deputado André Vargas, um chefe do MAV. No seu mundo ideal, os dissidentes seriam enxotados da praça pública. Como, no mundo real, eles circulam por aí, a alternativa é pregar-lhes o rótulo de "inimigos do povo". Você provavelmente conversa com o Pensador Coletivo quando, no lugar de uma resposta argumentada, encontra qualificativos desairosos dirigidos contra o autor de uma crítica cujo conteúdo é ignorado. "Direitista", "reacionário" e "racista" são as ofensas do manual, mas existem outras. Um expediente comum é adicionar ao impropério a acusação de que o crítico "dissemina o ódio".
O Pensador Coletivo é uma máquina política regida pela lógica da eficiência, não pela ética do intercâmbio de ideias. Por isso, ele nunca se deixa intimidar pela exigência de consistência argumentativa. Suzana Singer seguiu a cartilha do Pensador Coletivo ao rotular o colunista Reinaldo Azevedo como um "rottweiler feroz" para, na sequência, solicitar candidamente um "bom nível de conversa". Nesse passo, trocou a função de ombudsman da Folha pela de Censora de Opinião. Contudo, ela não pertence ao MAV. Os procedimentos do Pensador Coletivo estão disponíveis nas latas de lixo de nossa vida pública: mimetizá-los é, apenas, uma questão de gosto.
Existem similares ao MAV em outros partidos? O conceito do Pensador Coletivo ajusta-se melhor às correntes políticas que se acreditam possuidoras da chave da porta do Futuro. Mas, na era da internet, e na hora de uma campanha eleitoral, o invento será copiado. Pense nisso pelo lado bom: identificar robôs de opinião é um joguinho que tem a sua graça.
Demétrio Magnoli
Edição impressa da Folha de SP
Brasil, não o leve a sério
"Atenção: Este é um blog de zuação! Não leve a sério, embora os textos sejam verossímeis".
Talvez esta frase de advertência de um blog que está sendo ameaçado de censura, tenha passado despercebida pela maioria do público que compartilhou nas redes sociais um de seus textos.
A nota estava no fim do texto, como é comum, pois depois de assistir inteiros, vemos também em filmes e novelas exibidos na TV, o aviso de “qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência”.
Tratava-se o texto, de uma sátira ao comportamento da Secretária Nacional de Direitos Humanos, Maria do Rosário, diante de um assalto verídico, ocorrido em São Paulo. A secretária pediu ontem a Polícia Federal, que investigue e tire do ar o blog, de acordo com notícia veiculada na Folha de São Paulo, e em nota da SNDH, afinal tem que se punir os responsáveis, embora Maria do Rosário afirme que é favorável a liberdade de expressão.
Deve ser mesmo.
Quando da ‘notícia falsa’ que circulou pela internet sobre o suposto fim do programa Bolsa Família, Maria do Rosário foi a primeira a ter a liberdade de expressar que isto era ‘coisa da oposição’, antes mesmo de pedir investigação da Polícia Federal. Nem preciso dizer que não houve punição aos responsáveis, uma vez que foi apurado que a notícia partiu de fontes desconhecidas (sic).
No domingo, dia 13, também foi postada e depois bastante compartilhada uma receita médica assinada por um médico argentino, do programa ‘Mais Médicos’, onde o Ministério da Saúde se prontificou imediatamente a negar a veracidade da informação, que continha uma superdosagem do medicamento Azitromicina na receita.
Impossível mesmo é distinguir quando a notícia é uma sátira e quando é realidade.
As redes do linchamento moral
Se a militância e simpatizantes de partidos políticos não enchem as ruas, o oposto se dá nas redes sociais. Tanto o Twitter quanto o Facebook, como o You Tube e blogs, se tornaram instrumentos efetivos de ação política. Uma mobilização conjunta e por vezes individual, onde atrás da telinha, que aceita e mostra indistintamente tanto perfis verdadeiros como nomes e/ou fotos falsas, parece-se ter uma falsa segurança de proteção para uma luta com agressões insanas, onde ‘fazer o diabo para vencer’ é a regra de ouro neste vale-tudo.
O que antes víamos apenas em ano de campanhas eleitorais tornou-se uma rotina. Teve alguém que previu por aí em 2012, que o ‘bicho ia pegar’ em 2013. E com o calendário eleitoral explicitamente antecipado, as campanhas já estão em pleno vapor.
Menos que críticas e pensamentos inteligentes, assistimos insultos e indignações pra lá de seletivas. E sem entrar no mérito, exemplificamos onde a vemos. Ela se dá com visita de blogueira cubana, mas não se dirige a médicos vindos de Cuba para trabalho no país. Dá-se contra deputados pastores evangélicos, mas nada contra quando este dá apoio e pede votos a determinado partido. Bradam impeachment pra presidente de Senado, não por seu passado infestado de denúncias de crimes, pois isto nunca contou como negativo durante o apoio recíproco, mas porque beneficiaria seu sucessor. Ministros do Supremo passam de mocinhos a bandidos, de feliz indicação a traidor, de acordo com a conveniência do momento. A Criação de novos partidos e candidatos, somente é adorável se é condizente para satisfazer a gula do poder. Ignoram e rotulam a diversidade, com insultos e impropérios que jamais seriam ditos ao dirigidos fora da telinha de um computador. E nem por vergonha, pois não a tem. Por coragem, que lhes falta. Estes não respeitam nem a si mesmos. Enxovalhar o alvo da vez, sejam políticos ou não, é tudo o que importa, menos as conseqüências.
Tudo é extremamente imoral e inaceitável, desde que venha do outro.
A democracia é a palavra mais pronunciada nas redes. E a menos exercida. Liberdade de expressão é aquilo que se aceita como inteligente, porque o pensamento é concordante. Basta contrariar que o ‘unfollow’ e o ‘delete’ é garantido. Opine ou fale algo contra a opinião do ‘seguidor’ e ‘amigo’ democrático e garanta seu ‘block’. Em blogs opiniões são moderadas e publicadas convenientemente. Respeito e tolerância zero a diversidade, muitos sequer interagem com alguém que não compactue de sua opinião.
Opinião. Aquilo que se forma através da análise de determinado assunto. Coisa para seres pensantes, um animal em perigo de extinção. E se estes estão ficando escassos também nas redes, o oposto está crescendo em proporção imediata.
Paixões existem, é claro, e há momentos de empolgação e stress. Nem sempre exercemos ou possuímos ainda a maturidade política ou crítica. O problema é quando lidamos com militância cega e uno-partidária, das quais vemos somente idolatria fanática e insultos sem o menor vestígio de racionalidade crítica.
São as línguas de aluguel incapazes de perceber que agem como um rebanho na fila de um matadouro da saúde democrática. Algozes de hoje, e vítimas de si mesmos amanhã.
Na era das falácias
Hoje o vento as leva...
Uma maneira de se utilizar a palavra é pela falácia. A falácia é um argumento que a lógica não sustenta, sem fundamento, não tem capacidade de comprovação eficaz naquilo que alega. Argumentos persuasivos podem parecer convincentes para a grande maioria, mas não deixam de ser falsos por causa disso.
Sinto um imenso temor pelo que estou observando no meu país, não só no convívio pessoal, como também, quando assisto ou leio jornais e, muito, nas redes sociais.
Vejo uma espécie de batalha, às vezes declarada, às vezes dissimulada, onde há uma tentativa de imporem-se opiniões, e pior que isso, comportamentos.
É democrático que você respeite manifestações e protestos. Mas não é democrático que você tenha que aceitar e concordar com eles. Não há argumentos que me façam aplaudir, para me fazer de liberal e moderna, e muito menos politicamente correta, marchas pró-maconha, se sou eu, não usuária e combatente de uso e tráfico de drogas. A legalidade da maconha para fins não medicinais, só interessa aos seus usuários, e não tenho que apoiar essa gente que acha bacana e moderno ficar dopada vez ou outra ou 24 horas por dia. Nem quem me faça ver o aborto permitido até 12 semanas, como algo normal e aceitável, quando uma bactéria na Terra ou em Marte é considerada vida. Quando luto e vejo a ciência lutar para que as pessoas tenham uma saúde melhor, para que se salve vidas. O uso e tráfico de drogas, seja qual for, é uma ESCOLHA, assim como a gravidez, exceto esta, em caso de estupro. Tenho que tolerar mulheres semi-nuas fazendo protestos públicos, achando que mostrar os seios dará credibilidade aos seus argumentos; tenho que tolerar passeatas gays onde há manifestações despudoradas de casais homos que pedem respeito e não dão nenhum, e também incluo héteros, nas ruas ou nas TVs, e nas novelas onde a censura é 12 anos, mas ao menor que a tudo isto também assiste, não é responsável se engravida ou faz engravidar, se mata ou rouba, até os 18 anos, nem que sua lista ultrapasse uma dúzia destes ‘delitos’. Tenho que tolerar políticos assaltando abertamente cofres públicos, porque desde sempre foi assim, e fazendo leis atrás de leis e emendas que cada vez mais os protegem e os favorecem. Porque uma minoria aceita tudo, ou a grande maioria, a tudo tolera e ainda segue e aplaude, tenho eu que pensar e agir igual?
Tolerância é muito diferente de aceitação. Muitas fraquezas se escondem sob a égide da tolerância. Há momentos em que a tolerância deixa de ser uma ‘virtude’. Muitos a transformam em comodismo, conformismo. E muitos se conformam, porque preferem perder a liberdade para alguém que pense e faça por eles. De preferência, o governo.
“Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade, é negá-la”. Thomas d’Aquino.
Agora, que dei minha opinião, irei eu mesma mostrar as falácias possíveis que virão decorrentes disto, apenas para exemplificar como funciona e onde ela está, para que saibam reconhecê-las por aí afora, pois pode parecer sutil:
- Vânia, seus conceitos estão ultrapassados. É melhor você rever seus conceitos. (apelo à novidade – o novo é melhor que o velho, o antigo)
- Não acredito que uma pessoa inteligente como você, pense dessa maneira. (apelo à vaidade – para me sentir envergonhada de defender esta opinião "absurda".)
- Você é cristã (evangélica, kardecista, o que seja) Uma pessoa religiosa não é capaz de argumentar racionalmente. (apelo ao preconceito)
- Se foi a Vânia que disse isso, certamente é um engodo, delírio, sem importância, etc. (Mas se vir de fulano bem sucedido, é porque faz sentido – desprezo ou ataque ao argumentador e apelo à riqueza ou fama)
- Quanto absurdo, que bobagem! (desqualificar uma argumentação, mas sem provar o contrário)
E por aí vai... A censura à liberdade de expressão está sendo imposta silenciosamente. A verdade e opinião de cada um, estão sendo omitidas, negadas, camufladas. Em breve todos estarão pensando igual. A própria mídia, com raras exceções, está consentindo isso. Na era das falácias, o melhor mesmo, é não ter opinião.
Politicamente incorretos, mas não hipócritas.
‘Você nunca será escravo daquilo que não fala’.
Enquanto nas últimas semanas, podemos observar a guerra que se trava no cenário político dos politicamente corretos versus os politicamente incorretos, vamos assistindo uma verdadeira epopéia de discursos de ódio, disseminados pelos que se dizem defensores das minorias. Alguns dizem defender a liberdade de expressão, mas querem reprimir o direito alheio de fazer o mesmo. Tem aqueles que impõem sua opinião e se não encontram apoio, mas rejeição, passam imediatamente a querer usar da força, do grito ou se fazem de vítima. Não convencendo assim, passam a usar da desqualificação. Não da mensagem, mas do mensageiro. Este comportamento está em todo lugar. Inclusive nas redes sociais.
Ao contrário da ditadura, você pode, na Democracia, falar mal até de presidentes.
Mas se emitir qualquer opinião pessoal sobre raças, credos, classes sociais ou gêneros... os democráticos defensores dos direitos humanos (aqueles que deviam abranger todos os cidadãos sem distinção, já que a lei é igual para todos - embora não trate a todos com igualdade), se voltam à defesa dessa parte agora distinta dos humanos, as chamadas minorias. Preferencialmente, a categoria daqueles que possam por eles servir como soldados subservientes de seu exército particular. Desde que sirvam a seus objetivos. Pode ser partidário também. E não se enganem, frequentemente, é. Quer um exemplo dessa escolha? Ladrões, pedófilos, traficantes, e até políticos, também são minorias, ou não?
Você pode não concordar, é seu direito, e pode optar por parar de ler o texto aqui. Talvez você ainda ache que tanto a manifestação para tirar Renan da Presidência do Senado, quanto aquelas vassouras em Brasília, foram mesmo realizadas e pagas com dinheirinho obtido de manifestantes ‘apartidários’.
Fossem todas as pessoas seres pensantes com opinião própria, não haveria sequer os tais ‘formadores de opinião’. Fossem também as pessoas capazes de atitudes cidadãs, sequer haveria necessidade de líderes. Cada um cumpriria o seu papel na sociedade, e os governantes, suas obrigações. E jamais seriam ‘endeusados’ por isso. Muito menos por seres que pagam impostos, e altos, e recebem migalhas em serviços públicos. Traduzindo: pagam todos, cúmplices e/ou indignados, os salários e mordomias a estes que se investem de direitos e poderes em busca de projetos pessoais, graças a esta cumplicidade generosa, ou dos coniventes ou da grande massa que apóia indiferente, os desmandos praticados por vossas excelências.
Voltando aos defensores... Para haver a defesa de algo ou alguém, deve haver ‘ofensa’. A ofensa pode ser física ou pode ser verbal. Pode ser inclusive gestual. A coisa está tão endêmica, que não precisa ser explícita. Pode não ser direcionada, mas se torna pessoal. As vezes depende de interpretação. Eu acho mesmo é que tem muita gente sofrendo de ‘síndrome do bullying’. Tempos modernos de uma sociedade doente.
Informações distorcidas, inverdades. Mentiras manipuladas, notícias manipuladas, e com isso, pessoas manipuladas. Os inocentes (ou não) úteis usados para se alcançar um objetivo, e creio eu, se estes são os princípios e os meios utilizados, o fim não deve ser nada apreciável e nobre. Por outras vezes, isto acontece para desvio de foco.
As pessoas engolem elefantes, mas se engasgam com uma mosca.
Basta prestar atenção, ao que está acontecendo no Congresso, com relação à CDH. O que ali ocorre, em minha opinião, são discursos de ódio, e não defesa de direitos de minorias. Há uma manipulação explícita entre grupos radicais para atingir seus interesses. Se a mim, Feliciano (embora legitimamente eleito) não me representa, menos ainda o deputado Jean Wyllys, (que só está onde está por votos de legenda, pra quem não sabe) . O deputado BBB só tem demonstrado censura a liberdade de expressão, além de incitar a violência.
Não há desvio do foco? Encerraram-se os protestos da sociedade contra a permanência de Renan, à presidência do Senado. Sem falar da Petrobrás, da inflação galopante, de Rosemary Noronha, dos 39 Ministérios, do aumento de salários e cargos, e da volta dos que não foram nos Ministérios. Da Transposição que não houve, da seca do NE e enchentes e mortes no Rio. E apesar da sociedade ter cobrado o julgamento do mensalão, e a punição de seus participantes, todos continuam livres. Dois deles, José Genoíno e João Paulo Cunha, desfrutam do cargo de deputados, e foram silenciosamente colocados sem nenhum protesto popular, nem de grupos de minorias, nem de artistas, na presidência da CCJ (Comissão de Constituição de Justiça). A Comissão mais importante do Congresso. Seria hilário, se não fosse trágico.
Enquanto os politicamente incorretos lutam pelo direito de expressão, os politicamente corretos, aqueles que não 'discriminam' , se propõem a usar uma linguagem neutra, para não ‘ofender’ ninguém. Para tentar calar os que não acatam suas regras, desejam impor isso pela regulamentação da mídia.
Podemos ver este exemplo ‘indiscriminatório’ e não ofensivo, no Blog da Dilma, quando da visita da blogueira cubana Yoani Sanches, "Quem está financiando a mega viagem da blogueira rola bosta Yoani Sánchez" e no texto de Cynara Menezes (a musa jornalista dos petistas da esquerda democrática, junto com Nassif e Paulo Henrique Amorim - este último já processado e condenado por racismo), de hoje, cujo título é “o perfeito imbecil politicamente incorreto’. Os títulos já demostram que, realmente, são os politicamente corretos e esquerdistas coerentes e belos exemplos de dignidade humana.
Indignação Seletiva - por Ruy Fabiano
Linchamento moral, via redes sociais da internet, tornou-se já há algum tempo instrumento de ação política. Nas eleições, então, faz-se “o diabo”, como mencionou há dias, com a maior naturalidade, a presidente Dilma Roussef. Mas não apenas.
O vale-tudo não se prende a calendários: tornou-se rotina. E o grande protagonista, sem dúvida, é o PT, que dispõe da consultoria de especialistas para manter a militância mobilizada.
Coube ao partido criar um clima de comoção com a visita da blogueira cubana Yoani Sánchez, crítica dos irmãos Castro, que há mais de meio século governam Cuba.
Antes, a militância deflagrara campanha nacional pelo impeachment do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e agora faz o mesmo em relação ao deputado-pastor Marco Feliciano (PSC-SP). Não vem ao caso examinar o mérito (ou a ausência de) de cada qual. O que importa, para efeito desta análise, é examinar a ambiguidade do partido, uma espécie de esquizofrenia política deliberada. Renan Calheiros não seria presidente do Senado sem o apoio ativo e entusiástico do PT.
Da mesma forma, Marco Feliciano não estaria na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara sem o consentimento (e o apoio) do mesmo PT. No primeiro caso, bem mais relevante, dada a importância do Senado para a governabilidade, Renan é parceiro dos petistas desde o governo Lula.
A presidente Dilma saudou sua eleição, que lhe garante algum conforto numa Casa legislativa que lhe tem imposto alguns revezes. Lula e José Dirceu pediram votos para Renan.
Não obstante, a militância, na internet, fiéis a ambos, entrou em cena, pedindo o impeachment, que, por razões óbvias, sensibilizou pessoas de boa fé, sem vínculo partidário, que nem de longe desconfiam que o propósito da campanha não é moral, mas político. Se Renan deixar o cargo, será sucedido pelo vice, o petista Jorge Viana. É disso que se trata.
O caso do pastor Feliciano, não é muito diferente: trata-se também de reciprocidade, pagamento de dívida eleitoral. Embora a militância do PT seja hostil às religiões – sobretudo às evangélicas, que se opõem à sua agenda comportamental -, elas são de grande valia em tempo de campanha eleitoral.
Marco Feliciano foi um dos muitos pastores assediados pelos articuladores da candidatura de Dilma Roussef em 2010, para que orientasse seus fiéis a votar no PT.
E ele cumpriu o combinado (quem quiser pode consultar suas palavras no Youtube, pedindo votos para Dilma). Já naquela época, ele se opunha ao casamento gay, ao aborto, extraía dízimos à revelia do Código Penal e sustentava sua bizarra teologia em relação à raça negra (da qual, inclusive, descende).
A dívida eleitoral está paga com sua eleição. A campanha por sua destituição é outra história e o PT se exime formalmente de qualquer responsabilidade, mas sabe que será beneficiário de seu afastamento, recuperando condições de ter de volta uma comissão que considera sua, de fato e de direito.
A vice de Feliciano, Antonia Lucia (PSC-AC), é também evangélica e seguidora do mesmo ideário. Se Feliciano cair, é improvável que consiga sucedê-lo.
Não há dúvida de que colocar alguém com o perfil de Feliciano numa Comissão de Direitos Humanos fere a lógica e o bom senso. Mas não é mais chocante que ver o deputado João Cunha (PT-SP), condenado pelo Supremo Tribunal Federal, presidindo a Comissão de Constituição e Justiça, onde lhe faz companhia outro condenado do Mensalão, o deputado José Genoíno (PT-SP).
E o que dizer do deputado Tiririca na Comissão de Educação da Câmara? Nenhum deles, porém, corre o risco de se tornar alvo da militância petista nas redes sociais. A indignação é seletiva e a moralidade só entra em cena quando convém.
Ruy Fabiano é jornalista (via Blog do Noblat)
E o Oscar de efeitos especiais vai para....o PT - por Guilherme Fiuza
Abraham Lincoln e Luiz Inácio da Silva não são a mesma pessoa, mas quase. Na festa de 30 anos da CUT, o filho do Brasil e pai da maior máquina de perpetuação no poder já vista neste país voltou a se queixar em grande estilo, como é próprio das vítimas profissionais. Declarou que ele e o companheiro Lincoln são uns injustiçados: “Fiquei impressionado como a imprensa batia no Lincoln em 1860. Igualzinho bate em mim”.
As semelhanças não param por aí: Lincoln não ganhou o Oscar, Lula também não. Mais uma armadilha do sistema capitalista contra os heróis do povo. Como um sujeito que sai limpinho do mensalão, convencendo mais de 100 milhões de pessoas de que não sabia de nada, pode não ser premiado com o Oscar? É muita injustiça social mesmo. Só pode ser preconceito das elites contra o ex-operário.
Lincoln e Lula, os irmãos siameses da resistência contra a imprensa burguesa, passarão juntos à história da CUT apesar do boicote de Hollywood. Mas que os americanos não se animem muito com essa dobradinha.
Mesmo com as incríveis semelhanças entre os dois estadistas, Lula é melhor.
Lincoln jamais seria capaz de eleger uma Dilma e, depois de um governo inoperante, preguiçoso, fisiológico, perdulário, destruidor das instituições com tarifas mentirosas e contabilidade idem, se encaminhasse para reelegê-la. Com todo o respeito à mitologia ianque e ao talento de Steven Spielberg, uma façanha dessas não cabe na biografia de Lincoln. Como transformar uma militante inexpressiva em símbolo feminino nacional, sem que ela manifeste um único pensamento original em anos de vida pública? Lincoln teria de nascer de novo duas vezes para aprender essa com Lula.
Enquanto o líder máximo de todos os tempos das Américas demonizava a imprensa, ensinando a classe operária a suspeitar da informação livre, odiar o contraditório e só confiar no que seu guru diz, notava-se ao lado os sorrisos divertidos de Gilberto Carvalho, o chefe de gabinete vitalício do Brasil. Carvalho é uma espécie de entroncamento entre Lula e Dilma, um avalista da continuação do final feliz petista no berço esplêndido do Estado brasileiro. Como se sabe, para que esse final feliz dure bastante, é necessário que o conto de fadas do oprimido prevaleça sobre a vida real - daí a implicância sistemática com a imprensa.
Ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho está sempre nos fóruns partidários prometendo à militância que o governo criará uma imprensa nova, confiável. Parece piada chavista, mas é verdade. Por acaso, foi um subalterno de Carvalho que voltou de Cuba com um dossiê contra a blogueira Yoani Sánchez, caprichosamente gravado num CD. É o velho estilo petista de conspirar com o rabo de fora.
Na chegada da blogueira cubana ao Brasil, surgiram subitamente patrulhas organizadas de apoio ao regime de Fidel Castro, um movimento que ninguém imaginava que existia, que nunca mostrara sua cara em lugar nenhum. De repente, num Brasil supostamente democrático e tolerante às diferenças ideológicas, esses grupos surgidos do nada simplesmente impediram os debates públicos com Yoani - no grito, na marra. Quem será que instrumentalizou essa turminha braba?
A inacreditável operação abafa contra uma blogueira, nesse espetáculo deprimente de censura que o Brasil engoliu, veio mostrar que o chavismo só não prosperou no Brasil porque o oxigênio da liberdade por aqui ainda é maior do que na Venezuela. Mas o estado-maior petista não desistiu de sua doutrina da democracia dirigida e baba de inveja dos índices fabricados pela companheira Cristina Kirchner, em sua cruzada bolivariana pela informação de laboratório. Assim como Lincoln e Lula, Cristina também é uma vítima da imprensa reacionária, que tem essa mania mórbida de querer divulgar indicadores públicos verdadeiros.
O lucro do BNDES acaba de ser maquiado, graças a mais uma manobra genial dos companheiros que produzem superavit de proveta e passam blush na inflação. Quando se trata de picaretagem para se agarrar ao poder, é impressionante como a mediocridade do governo popular se transmuta em brilhantismo. Como disse Lula na CUT: “Nós sabemos o time que temos”.
É mesmo um timaço. Merece no mínimo o Oscar de efeitos especiais.
Controle da mídia para petista ver - por Mary Zaidan
Na sexta-feira, o Diretório Nacional do PT, reunido em Fortaleza, aprovou mais uma resolução em que decreta: “a democratização da mídia é urgente e inadiável”.
Nada de novo.
Há anos o partido reincide no tema. A diferença desta vez é o tom: cobram de seu próprio governo que reconsidere a atitude de engavetar o novo marco regulatório das comunicações, em especial a mudança nas regras de concessões de rádio e TV.
Pelo jeito ranheta da redação, até parece, de verdade, um ultimato à presidente Dilma Rousseff. Pura encenação. Coisa para manter a aura esquerdóide, o usado e ultrapassado jargão “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”.
Um bom teste é averiguar se o senador José Sarney (PMDB-AP), dono das sesmarias do Maranhão e, claro, rei da mídia local, perdeu um segundo de sono com o tema.
É didático ainda repetir o exercício com o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL). Seu filho tem, declaradamente, uma emissora de rádio, e ele, como se apurou em 2007, outras. Algumas delas em nome de laranjas.
Uma soma por baixo dá conta de que pelo menos 80 parlamentares são donos de rádios e TVs. Algo que deveria ser apurado mais a fundo, até porque é inconstitucional. Para puni-los não seria preciso nova regulamentação, apenas cumprir a que existe.
Ou seja: nem de longe o PT quer mexer nesse vespeiro. Brigar com Sarney? Renan? Com metade da base aliada? Nem pensar.
Jogam para a plateia. E fazem isso com incomparável competência.
Time azeitado, na semana que terminou com a tal resolução, o presidente do PT Rui Falcão voltou a vociferar contra a mídia, e o líder maior Lula se superou nos cotovelos falantes ao se comparar com Abraham Lincoln, que, segundo o ex, “também” teria sido perseguido pela imprensa.
É vero que o PT, Lula & companhia adorariam controlar a mídia. Tentam isso há anos. Governantes, em geral, alguns particularmente, prefeririam não ter os incômodos que o jornalismo não oficial lhes causa.
Modelos de domínio absoluto como os da China e de Cuba então, são invejados por vários. Mas por aqui já se contentariam com as invenciones de Hugo Chávez e Cristina Kirchner.
O desejo é real. Mas, impossibilitados pela realidade, a ação é de mentirinha. Serve de alimento para uma rede fiel que lhes diz amém.
No mais, beira o cômico ver o PT repetir a balela com apoio de mídias dominadas pelos irmãos Gomes, do PSB do Ceará. Na mesma terra do irmão do mensaleiro José Genoíno (PT-SP), deputado José Magalhães, aquele do assessor flagrado com dólares na cueca, hoje líder do PT na Câmara.
Parafraseando o também mensaleiro Delúbio Soares, é mesmo piada de salão.
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Sobre a Autora
- Vânia Santana
- São Bernardo do Campo, São Paulo, Brazil
- Cidadã em busca de um país e um mundo melhor. Oposicionista, Anti comunismo e anti corrupção. A favor da Paz, Democracia, Ordem e Progresso. Voto Distrital Misto e Facultativo, Parlamentarismo e Sustentabilidade. Tudo o que nunca teremos no Brasil com o PT. "Se numa situação de injustiça, você fica neutro, então você escolheu o lado do opressor."
É bem por aí;hoje em dia,quando se expressa o próprio modo de pensar,algumas pessoas nos respondem como se fôssemos inimigos!
Pois é... e a tal Democracia? é só para os governantes e os "amigos da Côrte"?
Mas o que mais me deprime,é ver a grande parte da Imprensa conivente com tudo isso! Finge que não vê os mandos e desmandos da turma que se locupletou no país! Será que os próprios jornalistas não enxergam que serão as próximas vítimas,assim que tudo estiver dominado?
Enfim,não podemos desanimar;temos que crer que,com a ajuda de Deus,ainda alguém vai virar a mesa e reverter a ditadura petista que assola o país!
Gde abç
@Lelezinha_09 (Zinha Bergamin)
Haverão outras críticas, sugestões, imposiçoes de OUTROS quanto à Sua vida, sua forma de pensar e de se posicionar... mas te digo minha querida.. LIBERDADE é TUDO de BOM, e DANE-SE quem nao faz uso dela.
PARABÉNS PELO TEXTO. TO ORGULHOSA DE VC!!
Bjs
Pri
Que precisão, Vania.É isto o que mais assusta - a doutrina de Gramsci dando frutos.Textos como o seu ajudam as pessoas a acordar! Parabéns!
abs..
Excelentes textos! Parabéns! Bjs