sábado, 9 de março de 2013 | By: Vânia Santana

Hugo Chávez, já houve embalsamamento ou tanatopraxia?



Apesar do anúncio feito pelo presidente interino da Venezuela, Nicolas Maduro, sobre embalsamar o corpo de Hugo Chávez, dificilmente é possível que seu corpo já não tenha passado pelo  processo de embalsamamento ou tanatopraxia.

Depois de 24 horas, o sangue coagula, o que torna muito difícil injetar o líquido usado para este processo (formol), pois o mesmo precisa passar pelas artérias. Após 36 horas, o corpo entra em estado de decomposição. O embalsamamento deve ocorrer até no máximo 12 horas após a morte de uma pessoa, e leva de 6 a 12 horas o processo.
A morte de Chávez foi anunciada como ocorrida às 16:25h de Caracas (17:55h no fuso do Brasil), na terça feira, 05 de março. Chávez passou por um tratamento de câncer terminal, quimioterapia, por cirurgia, soro, infecção pulmonar, e seu “corpo” seguiu em cortejo em caixão, exposto sob o calor, em Caracas. Sob estas condições, e passado este tempo, se houver possibilidade de embalsamamento, o processo em Chávez levaria semanas para ser concluído.
Tenho pra mim, que o caixão exposto no cortejo não tinha o corpo de Chavez, que poderia estar sendo preparado para o velório (embalsamamento). Isto levando em consideração, que sua morte já não houvesse ocorrido em Cuba. Tive a informação de um venezuelano, que Chávez nunca esteve no Hospital de Base, e que sua família também não estava em Caracas. Enfim, talvez a verdade fique ainda oculta, mas sabemos que a mentira não dura para sempre.

Existem determinações legais que obrigam o embalsamamento ou tanatopraxia para traslados de corpos, além dos velórios prolongados.
Personagens como a princesa Diana, o presidente dos EUA, Abraham Lincoln, Evita Perón, Papas (Papa João Paulo II passou pelo processo de Tanatopraxia), foram embalsamados. Aqui no Brasil, Celso Daniel,  Ruth Cardoso, Paulo Autran, Nair Bello, José de Alencar, Antonio Carlos Magalhães e Oscar Niemeyer também passaram pelo embalsamamento, antes de serem enterrados ou cremados.
No caso de líderes comunistas embalsamados e expostos em urnas de vidro pela eternidade, a “embalagem à vácuo” das urnas impede a proliferação de fungos e bactérias, que deteriorariam os corpos.
Também é necessário o tratamento nas almofadas das urnas mortuárias.

Conheça a diferença entre embalsamamento e tanatopraxia:
Embalsamar é a arte de preservar um corpo por um longo período para velórios com mais de 24 horas de duração. Embalsamamento é o nome dado ao tratamento de um corpo morto para esterilizá-lo ou protegê-lo da decomposição. Sua técnica, originada dos egípcios, utiliza a retirada de órgãos e a inserção de fluídos embalsamadores. Atualmente, a retirada dos órgãos não é mais permitida, devido a processos judiciais sobre a morte. Neste caso, os órgãos são colocados em formol, e depois reinseridos ao local. O embalsamamento é obrigatório para viagens aéreas nacionais e internacionais. Para realizar o traslado, é necessário apresentar o termo de embalsamamento. Para o Consulado Holandês e Italiano, é também obrigatório a apresentação de atestado de doença não infecto-contagiosa.

A Tanatopraxia, nada mais é do que a denominação empregada para a técnica de preparação de corpos humanos, vitimados das mais variadas formas de óbito. Corresponde à aplicação de produtos químicos em corpos falecidos, visando a sua desinfecção e o retardamento do processo biológico de decomposição, permitindo a apresentação dos mesmos em melhores condições para o velório. Diferente do embalsamamento, essa técnica não utiliza formol ou realiza a retirada de qualquer órgão.
Seu princípio está na aplicação de um líquido conservante e desinfetante, que devolve a aparência natural do corpo, evitando extravasamento de líquidos, inchaço e garantindo um aspecto semelhante ao que apresentava em vida. Tem por objetivo, ainda, evitar a propagação de moléstias contagiosas e doenças para a comunidade, visto que com essa preparação o corpo recebe um tratamento especial com substâncias germicidas.

As diferenças fundamentais existentes entre Embalsamamento e Tanatopraxia são de: (1) ausência de evisceração (as vísceras são mantidas nas próprias cavidades), (2) metodologia (utilização de equipamentos modernos apropriados para injeção e aspiração) e (3) diferentes produtos químicos (testados cientificamente) empregados neste último processo.

Através da tanatopraxia, é possível realizar a restauração facial e do corpo em caso de acidente; permitir que a família possa permanecer mais tempo no velório; ou mesmo para que o corpo possa ser transportado a grandes distâncias para o enterro, bem como para cumprir com as determinações legais para o traslado.
O importante benefício social com a aplicação desta metodologia pode ser observado entre os tempos onde não se praticava a tanatopraxia e os dias de hoje. Na grande maioria das vezes, pode-se atender às necessidades dos familiares, como a preservação por um tempo mais prolongado de velório, em condições ambientais normais, sem a necessidade de um sistema de refrigeração.

O tempo mínimo para a preparação de um corpo com “causas mortis” natural varia de 60 a 90 minutos, dependendo de fatores intrínsecos e extrínsecos que acometeram o corpo, ou seja: aonde, como e quando aconteceu o óbito. Estas e outras variáveis existentes determinam o tempo de preparação, que pode se estender a aproximadamente 4 (quatro) horas para o completo processo de preservação corporal.

Níveis de Tanatopraxia:

Nível 1: recomendada para corpos que serão velados por até 12 horas;
Nível 2: recomendada para corpos que serão velados por até 24 horas e traslados intermunicipais;
Nível 3: recomendada para corpos necropsiados (IML) e para traslados interestaduais.

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