sexta-feira, 29 de março de 2013 | By: Vânia Santana

Politicamente incorretos, mas não hipócritas.




‘Você nunca será escravo daquilo que não fala’.

Enquanto nas últimas semanas, podemos observar a guerra que se trava no cenário político dos politicamente corretos versus os politicamente incorretos, vamos assistindo uma verdadeira epopéia de discursos de ódio, disseminados pelos que se dizem defensores das minorias. Alguns dizem defender a liberdade de expressão, mas querem reprimir o direito alheio de fazer o mesmo. Tem aqueles que impõem sua opinião e se não encontram apoio, mas rejeição, passam imediatamente a querer usar da força, do grito ou se fazem de vítima. Não convencendo assim, passam a usar da desqualificação. Não da mensagem, mas do mensageiro. Este comportamento está em todo lugar. Inclusive nas redes sociais.

Ao contrário da ditadura, você pode, na Democracia, falar mal até de presidentes.

Mas se emitir qualquer opinião pessoal sobre raças, credos, classes sociais ou gêneros... os democráticos defensores dos direitos humanos (aqueles que deviam abranger todos os cidadãos sem distinção, já que a lei é igual para todos - embora não  trate a todos com igualdade), se voltam à defesa dessa parte agora distinta dos humanos, as chamadas minorias. Preferencialmente, a categoria daqueles que possam por eles servir como soldados subservientes de seu exército particular.  Desde que sirvam a seus objetivos. Pode ser partidário também. E não se enganem, frequentemente, é. Quer um exemplo dessa escolha? Ladrões, pedófilos, traficantes, e até políticos, também são minorias, ou não?

Você pode não concordar, é seu direito, e pode optar por parar de ler o texto aqui. Talvez você  ainda ache que tanto a manifestação para tirar Renan da Presidência do Senado, quanto aquelas vassouras em Brasília, foram mesmo realizadas e pagas com dinheirinho obtido de manifestantes ‘apartidários’.

Fossem todas as pessoas seres pensantes com opinião própria, não haveria sequer os tais ‘formadores de opinião’. Fossem também as pessoas capazes de atitudes cidadãs, sequer haveria necessidade de líderes. Cada um cumpriria o seu papel na sociedade, e os governantes, suas obrigações. E jamais seriam ‘endeusados’ por isso. Muito menos por seres que pagam impostos, e altos, e recebem migalhas em serviços públicos. Traduzindo: pagam todos, cúmplices e/ou indignados, os salários e mordomias a estes que se investem de direitos e poderes em busca de projetos pessoais, graças a esta cumplicidade generosa, ou dos coniventes ou da grande massa que apóia indiferente, os desmandos praticados por vossas excelências.

Voltando aos defensores... Para haver a defesa de algo ou alguém, deve haver ‘ofensa’. A ofensa pode ser física ou pode ser verbal.  Pode ser inclusive gestual. A coisa está tão endêmica, que não precisa ser explícita. Pode não ser direcionada, mas se torna pessoal. As vezes depende de interpretação. Eu acho mesmo é que tem muita gente sofrendo de ‘síndrome do bullying’. Tempos modernos de uma sociedade doente.

Informações distorcidas, inverdades. Mentiras manipuladas, notícias manipuladas, e com isso, pessoas manipuladas. Os inocentes (ou não) úteis usados para se alcançar um objetivo, e creio eu, se estes são os princípios e os meios utilizados, o fim não deve ser nada apreciável e nobre. Por outras vezes, isto acontece para desvio de foco.

As pessoas engolem elefantes, mas se engasgam com uma mosca.

Basta prestar atenção, ao que está acontecendo no Congresso, com relação à CDH. O que ali ocorre, em minha opinião, são discursos de ódio, e não defesa de direitos de minorias. Há uma manipulação explícita entre grupos radicais para atingir seus interesses. Se a mim, Feliciano (embora legitimamente eleito) não me representa, menos ainda o deputado Jean Wyllys, (que só está onde está por votos de legenda, pra quem não sabe) . O deputado BBB só tem demonstrado censura a liberdade de expressão, além de incitar a violência.

Não há desvio do foco? Encerraram-se os protestos da sociedade contra a permanência de Renan, à presidência do Senado. Sem falar da Petrobrás, da inflação galopante, de Rosemary Noronha, dos 39 Ministérios, do aumento de salários e cargos, e da volta dos que não foram nos Ministérios. Da Transposição que não houve, da seca do NE e enchentes e mortes no Rio. E apesar da sociedade ter cobrado o julgamento do mensalão, e a punição de seus participantes, todos continuam livres. Dois deles, José Genoíno e João Paulo Cunha, desfrutam do cargo de deputados, e foram silenciosamente colocados sem nenhum protesto popular, nem de grupos de minorias, nem de artistas, na presidência da CCJ (Comissão de Constituição de Justiça). A Comissão mais importante do Congresso. Seria hilário, se não fosse trágico.

Enquanto os politicamente incorretos lutam pelo direito de expressão, os politicamente corretos, aqueles que não 'discriminam' , se propõem a usar uma linguagem neutra, para não ‘ofender’ ninguém. Para tentar calar os que não acatam suas regras,  desejam impor isso pela regulamentação da mídia.

Podemos ver este exemplo ‘indiscriminatório’ e não ofensivo, no Blog da Dilma, quando da visita da blogueira cubana Yoani Sanches, "Quem está financiando a mega viagem da blogueira rola bosta Yoani Sánchez" e no texto de Cynara Menezes (a musa jornalista dos petistas da esquerda democrática, junto com Nassif e Paulo Henrique Amorim - este último já processado e condenado por racismo), de hoje, cujo título é “o perfeito imbecil politicamente incorreto’. Os títulos já demostram que, realmente, são os politicamente corretos e esquerdistas coerentes e belos exemplos de dignidade humana.




2 Deixe seu comentário:

Olavo Breitbart disse...

Concordo com o texto. O mundo não precisa mais falar o mesmo Idioma, seja ele Esperanto, Inglês ou Mandarim. Nossos guias descobriram que todos podem falar a sua própria Língua, desde que falem a mesmíssima coisa. É o politicamente correto pautando mentes...globalmente.

Regina Brasilia disse...

Eu queria ter lido há mais tempo - deixei favoritado. A dengue me deixou preguiçosa, confesso. Excelentes ponderações. Há uma ditadura imposta como marketing de comportamento. Quem não se enquadra, automaticamente passa a ser vilão social. A palavra não é livre. Não somos livres.

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