sexta-feira, 11 de janeiro de 2013 | By: Vânia Santana

Entre apagões, racionamentos ou enchentes



Apesar da cara de lobo mau que o Ministro das Minas e Energia, Edison Lobão,  faz ao negar a possibilidade de racionamento de energia, e da irritação que a governanta Dilma apresenta, quando alguém pronuncia a palavra “apagão” - ela, aliás, também já foi Ministra das Minas e Energia -  inclusive tachando como “ridícula” a hipótese de racionamento, esta já não é mais descartada, ao menos por especialistas, mais realistas do que os maquiadores profissionais do governo e simuladores do ‘está tudo bem’.

Obviamente que, assim como ‘privatização’ é diferente de ‘concessão’ para o governo petista, ‘racionamento’ também deverá receber um novo nome, digamos, ‘contenção’ ou algo do gênero.

A consultoria PSR, que assessora o governo, calcula 9% de chances de haver o racionamento de energia elétrica.
"Mesmo com todas as térmicas ligadas (incluindo as que ainda não estão no sistema), há cenários em que os reservatórios chegariam ao fim de abril bastante vazios", diz o presidente da empresa, Mario Veiga.  Nessa situação, acrescenta, a melhor alternativa seria um racionamento. A PSR produziu mais de 2 mil cenários hidrológicos, com as mesmas premissas adotadas pelo governo. "A única diferença é que nosso modelo é mais detalhado."
Nos cálculos da consultoria, para evitar que um racionamento se torne realidade, as represas das hidrelétricas terão de superar a marca de 38% de armazenamento. Abaixo disso, não há solução milagrosa. Hoje, na média de todos os sistemas, o nível dos reservatórios está em 30%, afirma Veiga. Ou seja, até o fim do período chuvoso, terá de subir 8 pontos porcentuais. (Informa o jornal O Estado de São Paulo de hoje).

Na ata da 122ª reunião de 13 de dezembro de 2012, no MME, tive informações mais detalhadas, transcrevo uma parte aqui pra vocês:

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO ELETROENERGÉTICAS DO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL - SIN 
O ONS apresentou a avaliação das condições eletroenergéticas de atendimento ao SIN para o mês de dezembro/2012, relatando que um sistema de alta pressão não permitiu a permanência das frentes frias por muito tempo no continente, impedindo a ocorrência de precipitação significativa na maioria das bacias do SIN. Entretanto, segundo os modelos de previsão meteorológica, são esperadas chuvas mais intensas
no decorrer do mês, mais concentradas na região Sudeste / Centro-Oeste.
Para o cenário de afluências previsto, a  estimativa  é atingir, no final  do mês de dezembro/2012, um armazenamento (%EARmáx) de  33,4% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, 34,5% no Nordeste, 40,2% no Sul e 47,2% no Norte.Ressaltou ainda que, segundo a Revisão 1 do Programa Mensal de Operação – PMO de dezembro/2012, são previstos 9.289 ̅MW de geração térmica por ordem de mérito e 4.497MW̅̅̅̅ por  garantia de segurança energética, que incluem as usinas do grupo GT1B (usinas a óleo combustível e óleo diesel).Quanto à carga, a média mensal prevista para  dezembro/2012 no SIN é de 61.717MW, o que representará uma elevação de  4,5% em relação ao mês de dezembro/2011.Relatou a necessidade de manter geração térmica nas usinas Candiota III, Presidente Médici, Jorge Lacerda e TermoNorte II, de modo a prover segurança elétrica às áreas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Acre-Rondônia. Ressaltou, entretanto, que o despacho necessário para as usinas Candiota III, Presidente Médici e Jorge Lacerda são cobertos por suas inflexibilidades.Com relação às políticas de operação, a região Sudeste/Centro-Oeste está sendo explorada para atendimento à região Sul e  o intercâmbio da região Nordeste  está sendo dimensionado para complementar as disponibilidades energéticas da região Sudeste/Centro-Oeste. Quanto à região Norte,  com o aumento das afluências, o reservatório da UHE Tucucuí  está sendo replecionado, tendo retornado à operação
quatro unidades geradoras da etapa II, e os excedentes energéticos utilizados, prioritariamente, para o atendimento à região Sudeste/Centro-Oeste. Na região Sul, está ocorrendo o replecionamento coordenado dos reservatórios das bacias dos rios Jacuí e Passo Fundo, para prover geração local ao Rio Grande do Sul, e preservados os estoques  nas  usinas da bacia do rio Uruguai para atendimento adequado às cargas no verão 2012/2013. Informou ainda que no dia 5 de dezembro de 2012 foi acionado o Esquema de Controle de Emergência  - ECE da SE Gravataí, de modo permitir maiores suprimentos à região Sul, e implementada, no dia 9 de dezembro de 2012, a interligação dos barramentos da SEs Garabi I e II, para que na contingência
da LT 500 kV Itá – Santo Ângelo não haja corte de carga no Rio Grande do Sul.O ONS apresentou também uma análise prospectiva do atendimento eletroenergético do SIN  para o período de janeiro/2013 a abril/2013, tendo concluído que será necessário despacho de geração térmica para atendimento aos requisitos de energia, bem como para demanda, ao longo do ano de 2013,  até que os níveis dos reservatórios atinjam valores que possam garantir o atendimento à demanda de  energia em 2013 e 2014, tendo-se como referência a ordem de grandeza dos níveis meta ao final de 2013.Os membros do Comitê ressaltaram que dado que o SIN é um sistema hidrotérmico, com cada vez menos capacidade de regularização dos reservatórios e maior participação de térmicas como recurso estrutural, passa a ser natural a utilização de geração térmica no SIN.
Foi relatado também que algumas usinas térmicas que estão sendo chamadas a gerar não estão despachando por problemas de  logística no fornecimento de combustível. O Senhor Ministro informou que estaria agendando para a próxima semana uma reunião com a Petrobras, para tratar do assunto. (grifo meu) 
Nesta ata vocês podem verificar, não só que já está em uso emergencial as termelétricas, o que com certeza garantirá aos amados consumidores e povo brasileiro o repasse nas contas e tarifas, como também há problemas de funcionamento de algumas por.... logística no fornecimento de combustível da Petrobrás!

Nos resta, mesmo no século XXI, pedir ensinamento aos índios para aprendermos a dança da chuva, e rezar, muito, para que elas caiam nos reservatórios e não nas cidades que já estão ou costumam ser castigadas pelas enchentes nos períodos de chuva.



quinta-feira, 10 de janeiro de 2013 | By: Vânia Santana

Bolsa Família - Legado Social ou ‘Bolsa Eleitoral’?



Debates sobre prover assistência à famílias pobres e miseráveis já vem desde os anos 80, quando já havia concessão de benefícios como cestas básicas em áreas carentes principalmente do norte e nordeste, algumas vezes seguidas de denúncias de corrupção devido à centralização das compras em Brasília, além do desvio de mercadorias pela falta de controle logístico. O idealizador do projeto de ajuda direta foi Herbert José de Sousa, o Betinho, sociólogo e importante ativista dos direitos humanos brasileiro.

Durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) finalmente os chamados programas de distribuição de renda foram efetivamente implantados no país, alguns em parceria com ONGs como o Comunidade Solidária, gerenciado pela primeira dama Ruth Cardoso. Todos esses programas estavam agrupados na chamada Rede de Proteção Social, de abrangência nacional.

O mais interessante desses programas está no seu caráter condicional. Para que haja a transferência de um benefício, o cidadão deve preencher certos requisitos, como, por exemplo, cuidar para que seus filhos não deixem de frequentar a escola. Assim é possível dar maior objetividade e direção a cada programa da rede.

Projeto Alvorada (Decreto 3.769/2001) Governo FHC – reforça e integra ações governamentais nas áreas de educação, saúde, saneamento, emprego e renda, com foco nos municípios com IDH abaixo de 0,500; instituídos o Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal e os Cartões Magnéticos (em 2002 todos os cartões foram unificados no Cartão Único) para pagamento dos Programas de Transferência de Renda. Veja: Projeto Alvorada

“Quando em 2000 verificou-se que a melhoria dos indicadores sociais, no âmbito nacional, escondia a grande discrepância regional, racial e de gênero, desenhou-se uma verdadeira engenharia social para enfrentar o mais resistente problema deste país - a desigualdade.
O projeto Alvorada, utilizando o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) identificou os municípios brasileiros mais pobres e alocou recursos substantivos em programas que integraram uma rede de proteção social a ações de educação, saúde e renda. Esse programa conjugou os princípios da focalização técnica, ultrapassando o famoso clientelismo da área social, da convergência programática, do investimento em capital humano, através do Centro Nacional de Formação Comunitária, da centralidade de atuação na família e do compromisso com os resultados. Utilizou também uma estratégia de implantação inovadora - o Portal do Alvorada - que se preocupou inclusive com a exclusão digital, ao colocar o acesso à Internet à disposição dos bolsões de pobreza.
Surgiu no Alvorada a chamada Rede de Proteção Social, formada por programas de distribuição direta de recursos (Bolsa-Alimentação, Bolsa-Escola, Peti, Agente Jovem, BPC) que coloca nas mãos das mães aproximadamente R$ 23 bilhões. Esses programas estendem-se para o restante do país e dão origem ao Cadastramento Único das 9,3 milhões de famílias pobres, talvez o mais importante instrumento para a concepção de um plano estratégico de superação de pobreza. Ele é um verdadeiro 'mapa da mina', capaz de retratar a composição, as condições de vida e os programas a que já têm acesso às famílias mais pobres. Por intermédio dele, é possível dimensionar o tamanho real de nossa dívida social e planejar seu pagamento” Wanda Engel (Coordenadora Nacional do Projeto Alvorada) Artigo completo aqui

O Programa Bolsa Família (PBF) consistiu na unificação e ampliação desses programas sociais ( o "Bolsa Escola", vinculado ao Ministério da Educação, "Auxílio Gás", vinculado ao Ministério de Minas e Energia e o "Cartão Alimentação", vinculado ao Ministério da Saúde, cada um desses geridos por administrações burocráticas diferentes) num único programa social, com cadastro e administração centralizados no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Para se cadastrar no Programa Bolsa Família, as famílias com renda mensal per capita de até R$140,00 devem procurar a prefeitura de seu município e informar seus dados no Cadastro Único dos Programas Sociais (CadÚnico), de forma a ficarem aptas para inclusão no Programa Bolsa Família. O benefício é liberado de forma impessoal, por um processo de seleção da CEF para minimizar as possíveis influências do 'governante do turno' no programa, tentando impedir, assim, a provável interferência de políticos. O PBF busca priorizar as famílias de menor renda. A mulher possui prioridade no cadastramento para o PBF. O benefício é pago com o uso do Cartão do Cidadão do Cartão do Bolsa Família ou através de uma conta aberta na CEF, que são enviados pelo correio. Estes cartões funcionam da mesma maneira um cartão de débito bancário normal e são emitidos pela Caixa Econômica Federal. Esse sistema tem como objetivos evitar a corrupção das normas de distribuição dos recursos e desvinculá-los figuras e partidos do cenário político. Os nomes e dados de cada um dos beneficiários do Bolsa Família estão disponíveis no Portal da Transparência.   Saiba mais: CEF

Há condições para o Programa Bolsa Família. Saiba mais no site do Ministério: http://www.mds.gov.br/

Um dos problemas mais citados tanto por críticos como por apoiadores do PBF, é que há, por parte dos políticos governantes, uma imensa capacidade de transmutar os benefícios da política social providas pelo Estado - e pagas por toda a população brasileira economicamente ativa - em uma ajuda dada pelo governante de turno, o que retira a política social do âmbito das relações sociais na esfera pública, e abre suas portas para o uso clientelístico e partidário.

Embora o Bolsa Família (PBF) tem sido recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para adoção em outros países em desenvolvimento, muitos analistas e opositores ao Programa também vêem nele apenas uma espécie de "bolsa eleitoral", que serviria para subornar as camadas mais vulneráveis da população com transferências de dinheiro para obter eleitores cativos, sem que se constitua numa real proposta de erradicação da pobreza pelo trabalho e pela atividade econômica produtiva. Alguns críticos só se referem ao Programa Bolsa Família pelo seu apelido pejorativo de "Bolsa Miséria". O programa Bolsa Família está longe de ser unanimemente aceito pela sociedade brasileira. Entre as diversas críticas que recebe no Brasil está a de que geraria dependência, e desestimularia a busca por emprego, além da falta de exigências e fiscalização.
Há também vários indícios de mau uso dos recursos do programa, e o TCU (Tribunal de Contas da União) já levantou diversas fraudes, entre elas, pagamento do recurso a mortos e políticos, e beneficiários acima da renda. Veja aqui: #G1

De acordo com o Ministério de Desenvolvimento Social, o programa pagou R$ 2 Bilhões em dezembro de 2012, e beneficiou 13,9 milhões de famílias, sendo que deste valor,  R$ 1 bilhão foi destinado ao Nordeste, com 7 milhões de famílias beneficiadas na região.




quarta-feira, 9 de janeiro de 2013 | By: Vânia Santana

Um voto pelo futuro


Neste texto, caro leitor, quero fazer uma política experimental. Chamo assim porque não sou expert no assunto, mas tenho muitos ideais, e, quem sabe, alguém possa aproveitar a idéia e torná-la uma realidade possível, antes que passem 100 anos.

Tenho visto medidas do governo para incentivar o consumo, para tentar driblar a crise que o país está vivendo. Nos últimos dois anos, especialmente, ficou marcado a iniciativa do governo, em baixar o IPI dos carros e da linha branca (geladeiras, fogões, etc). Vou deixar de lado a linha branca (afinal, geladeiras e fogões são algo imprescindível hoje em dia) e falar um pouco sobre o IPI dos carros.
Já deixo claro, vejo isso como protecionismo. Nada pessoal contra as automobilísticas nacionais e nada contra a aquisição de veículos. Mas não creio que o caminho seja este. Primeiro, porque a taxa de juros do Brasil é absurda. Isto, economicamente, pode favorecer num primeiro momento, bancos, montadoras, concessionárias. Mas tem levado a população a um endividamento ainda maior. Tanto que o país vive inadimplência recorde por os consumidores não conseguirem pagar os carros. Além do valor dos automóveis no Brasil ser um dos mais caros do mundo, sem falar da qualidade. Segundo: o país não fornece infra-estrutura suficiente para acomodar tantos veículos no mercado. Muito menos nas grandes cidades. É mais ou menos parecido como você comprar mil sacos de arroz para tentar armazená-los no armário de casa (de padrões normais).  E nem vou entrar no mérito da questão ambiental, emissão de CO² e tal. E também não vou dissertar sobre o combustível, que todos sabem, o Brasil não tem auto-suficiência e está importando.
Penso que, ao se propor determinada ação, ela nunca deixa de ter uma reação em cadeia. E não são ações imediatistas que vão fazer o país avançar. Isso é remendo, vai rasgar.

Isto posto, entro na pauta do texto. Talvez a solução acabe afinal, sendo uma reforma fiscal. E isto o governo não aceita. É como aqueles comerciantes que preferem vender menos, cobrando mais, do que vender mais barato, o que aumentaria suas vendas e lucro.

A idéia em mente, é de o governo oferecer incentivo fiscal para investimentos (sei que já faz algo na linha para Cultura). Por exemplo, o país está atravessando problema (também) de crise energética. Poderia ter um programa de benefícios fiscais, para desenvolver projetos eólicos no país. Além de beneficiar a população, suprindo aquilo que não está conseguindo oferecer, no caso, a energia elétrica, isto traria empregos, energia e também favoreceria o meio ambiente. Também pode ser com energia solar, ou qualquer outra atitude que incentive energia renovável e limpa. Isto também pode ser aplicado em construções. Veja que, ao contrário do governo, esta é uma idéia que amplia os horizontes, mesmo que em mais longo prazo,  ao invés de aumentar os problemas, como no caso do IPI dos carros citado acima.
A idéia é esta, mas isso foi um exemplo. Creio que este incentivo abriria o mercado para novos investidores, inclusive  internacionais, aumentaria a produção, geraria empregos, (mais ainda se fizesse uma reforma trabalhista também) e faria o país avançar.

Além disso, acabaria com as cotas e retiraria os subsídios financeiros que só continuam a sustentar a pobreza e a dependência, e forneceria recursos para estas pessoas terem condições de se manterem, como o velho ditado: ‘ensine a pescar’. Mesmo que forneça de início as sementes, ensine-os a plantar, para que vivam disso. Mesmo que seja o governo, por prazo determinado, o comprador, para usar os produtos do trabalho digno em tantas de suas instituições.

Um governo que troque o voto, pelo futuro. Da Nação.
terça-feira, 8 de janeiro de 2013 | By: Vânia Santana

O Brasil em boas mãos (como nunca dantes)


Diz o dito: o país que não conhece sua história, tende a repeti-la. Então, relembre (e guarde) alguns fatos, que já pode ter esquecido, embora a história seja recente:

Pequena compilação e breve currículum de companheiros:

Erenice Guerra = Então Ministra da Casa Civil, setembro de 2010, em meio as eleições presidenciais, denunciada por ser conivente com tráfico de influência que seu filho Israel Guerra exercia, favorecendo sua própria empresa de aviação. Israel exercia lobby intermediando contato entre empresários e órgãos públicos cobrando ‘taxa de sucesso’ de 6%. Erenice era braço direito de Dilma quando Ministra. O escândalo culminou com a queda de Erenice.
No dia 20/07/2012, já no governo Dilma, o processo foi arquivado ‘por não encontrar nada que desse embasamento a uma denúncia criminal’ pelo juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª vara federal do DF.
De acordo com denúncia feita pelo jornal O Estado de São Paulo, Erenice está de volta atuando nos bastidores do TCU (Tribunal de Contas da União).

Antonio Palocci = Petista de primeira linha, tem inúmeras acusações e blindagem de qualidade, já que nenhuma até hoje resultou em condenação.
Em 2005 foi envolvido no Mensalão, acusado de receber propina em sua gestão quando prefeito de Ribeirão Preto. Foi também acusado de fraudar licitações para compra de cestas básicas (caso arquivado pelo STF). Em 2006, como Ministro da Fazenda (Lula) foi demitido quando da CPI dos Bingos. Foi denunciado por Francenildo Santos Costa, seu caseiro, de ter uma ‘casa de lobby’, uma mansão alugada que servia de sede para reuniões de lobistas e encontros com prostitutas, a “República de Ribeirão Preto”. A PGR denunciou Palocci por quebra de sigilo de Francenildo, e em 2009 foi inocentado.
No governo Dilma, como Ministro da Casa Civil, Palocci é acusado novamente por enriquecimento ilícito (patrimônio aumentado 20 vezes) e após 6 meses no cargo, pediu demissão.

Fernando Pimentel = Ministro do Desenvolvimento, Ind. E Com. Exterior no governo Dilma. Mais um candidato a canonização da seita dos ‘iluminados’. Acusado de consultorias não comprovadas em 2009/10 no valor de R$ 2 milhões, e fretamento de jatinho para viagem na Europa. A comissão de ética da Presidência arquivou o processo contra ele em tempo recorde.

Aloizio Mercadante = Ministro de Ciências e Tecnologia (2011) e atual Ministro da Educação, em substituição a Fernando Haddad. Em junho de 2011, foi revelado pelo petista Expedito Veloso que Mercadante e Quércia foram os mentores e arrecadadores do dinheiro que financiou o dossiê dos Aloprados.

Agnelo Queiroz = atual governador do DF. Filiado ao PT desde 2008, também foi diretor da ANVISA e Ministro de Esportes. Praticamente governa de Paris e seu governo tem péssima avaliação. Está nesta lista apesar de não ser Ministro, por ser seu governo um dos mais envolvidos em escândalos e por receber sempre a mais alta blindagem. Já foi acusado de receber propina de ONG – também acusada de desvios -  em sua gestão como Ministro de Esportes. Usou a estrutura do Ministério para organizar sua festa de aniversário de 45 anos. Também foi envolvido por prevaricação no mensalão do DEM. Foi acusado de ceder benefícios a um casal quando diretor da ANVISA, em troca da compra de uma casa abaixo do valor de mercado. Foi acusado de invasão de área pública e de recebimento de propina na Operação Shaolin (denunciado pelo policial João Dias) e ligações e relações com Carlinhos Cachoeira.
Em Dezembro/2012 o PSB rompe com Agnelo. E Dilma, em mais uma operação de blindagem, manda ao GDF dois assessores de sua confiança.

Guido Mantega = guru, vidente tão bom quanto economista, e Ministro da Fazenda do governo petista. Responsável pela previsão do fim do mundo em 2012 ... (desculpem, não resisti) voltando... responsável pela Casa da Moeda, foi alertado por Luis Felipe Denucci sobre pagamento de propina de U$ 25 milhões (isso mesmo, dólares) à fornecedores e Mantega prevaricou. Ainda na Casa da moeda, desapareceu misteriosamente R$ 5 mil. Tiveram também que fazer o recall de 40 mil passaportes enviados a representações diplomáticas do Brasil no exterior. Recentemente, divulgada manufatura de moedas de 50 centavos com verso de 5 centavos, que devem ser trocadas pelo Banco Central.
Acaba de sair do forno sua manobra fiscal para injetar R$ 19,4 Bilhões de recursos nos cofres do governo para maquiar o cumprimento de meta de superávit primário.

Nunca dantes neste país, a queda em dominó de seis ministros por corrupção. O menor PIB da América Latina. O menor crescimento econômico entre os Brics. O país encerrou o ano com mais de 3.000 MP’s sem votação. O país entrou o ano sem ter seu orçamento para 2013 votado. E mais uma inconstitucionalidade aplicada: lançou MP do crédito extraordinário no valor de R$ 42,5 Bilhões.

No meio de falhas administrativas, escândalos, inoperância, apagões, falta de planejamento, inconstitucionalidades, os petistas ainda culpam o PIG (aqui entenda imprensa golpista) por tentativa de golpe e esbravejam contra o Judiciário, enquanto Dilma reina absoluta na Terra Brasilis de cegos com 77% de aprovação.


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013 | By: Vânia Santana

"Em terra de cego, quem tem um olho é rei"


Brasil - 13 milhões de analfabetos, 13,5 milhões de bolsa-família, 1,4 milhões de crianças fora da escola, 50 mil homicídios/ano, 50 mil mortes no trânsito. Nordeste passando sede e fome. Consumo e tráfico de drogas nas ruas, a céu aberto.
Hospitais sem médicos, sem medicamentos. Desvios na saúde já comprovados pela AGU e em centenas de denúncias nos veículos de comunicação.

Somente em 2012, até 31 de Outubro, a Procuradoria abriu 5.113 inquéritos policiais para investigar pessoas no setor público envolvidas em corrupção, peculato, tráfico de influência e nepotismo. E mais 5.537 inquéritos foram abertos para apurar casos de improbidade administrativa.

Bilhões e bilhões de dinheiro público sendo desviados pela corrupção.

A Usina Abreu e Lima, em Pernambuco,  com investimento inicial previsto de U$ 2,3 Bilhões já foi paralisada algumas vezes pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por suspeitas de irregularidade, e já está com o custo de U$ 17,1 Bilhões, um surreal aumento de 643%. A Petrobrás ainda estima que os valores podem superar os U$ 20 Bilhões.
Nenhuma refinaria de petróleo na história do mundo custou tanto.

Os gastos para a Copa de 2014, subiram de R$ 25 Bilhões para R$ 27,4 bilhões (valores de junho/12) segundo o TCU. E segundo Romário, hoje Deputado Federal, deve a copa no Brasil chegar a um custo de R$ 100 bilhões.
Qualquer que seja, todo este dinheiro tem sido muito mais aplicado em estádios do que em infra-estrutura, o que ao menos garantiria um legado de benefícios para o povo durante e após a Copa.

O país ficou em penúltimo lugar na educação mundial, teve o PIB mais ínfimo da América Latina e perdeu o posto da 6ª Economia para a Inglaterra.

Enquanto isso, deputados federais tomaram posse e continuam seus mandatos na Câmara, apesar de condenados pelo STF: José Genoíno (PT-SP), João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT), Valdemar Costa Neto (PR_SP) e Natan Donadon (PMDB-RO).

Enquanto Haddad é eleito em São Paulo, e toma posse, apesar de ter as contas rejeitadas pelo TSE.

Enquanto Lula, novamente envolvido em escândalos por denúncias na operação Porto Seguro e por Marcos Valério,  some de cenário.

Enquanto Cachoeira, condenado a 40 anos de prisão, se protege por recursos e habeas corpus ad infinitum, e passeia livremente em lua de mel na Bahia.

Tudo é legal. Mas nem sempre é moral.

Enquanto isso o Brasil caminha a passos largos para o retrocesso, e não se transforma sua população numa sociedade organizada (aquilo que faz um país deixar de ser território apenas, para surgir o patriotismo que faz avançar uma Nação). 
Continua alheia e pagando o preço, caro, e muito, da ignorância dos que não concebem a realidade, e da inércia dos que sabem e podem, mas nada fazem.

Lula, disse, em entrevista dia 07/10/12: “ O povo não está preocupado com o mensalão, o povo está preocupado se o Palmeiras vai cair”

Os que estão no poder, estão porque conhecem seu eleitorado. Eles sabem que ‘em terra de cego, quem tem um olho é rei’.