quinta-feira, 17 de janeiro de 2013 | By: Vânia Santana

O preço da insegurança nacional



Segurança Pública é um processo que depende, ou deveria, de decisões rápidas, medidas saneadoras e resultados imediatos.
A segurança pública não pode ser tratada apenas como medidas de vigilância e repressiva, mas como um sistema integrado e otimizado envolvendo instrumento de prevenção, coação, justiça, defesa dos direitos, saúde e social. O processo de segurança pública se inicia pela prevenção e finda na reparação do dano, no tratamento das causas e na reinclusão na sociedade do autor do ilícito.

No final de 2007, ainda no Governo Lula, o Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania ) foi criado com a promessa de diminuir os indicadores de criminalidade nas regiões metropolitanas mais violentas do Brasil. Desenvolvido pelo Ministério da Justiça, o Pronasci tem como objetivo enfrentar a criminalidade articulando políticas de segurança com ações sociais, tentando atingir as causas da violência. Entre seus pontos principais estão a valorização dos profissionais de segurança pública, reestruturação do sistema penitenciário e combate à corrupção policial. Até 2012, Dilma em sua campanha prometeu destinar mais de R$ 6 bilhões para o programa.

Apesar da suposta promessa da petista, o Pronasci sofreu no Governo Dilma, um dos maiores cortes de verbas desde sua criação, já em seu primeiro ano. Em 2011, dos R$ 2,094 bilhões autorizados, somente a metade foi paga aos projetos do Ministério da Justiça. Veja dados do Siafi e outras informações sobre o corte de verbas clicando aqui Jornal O Globo

A questão da segurança pública passou a ser considerada problema fundamental e principal desafio ao estado de direito no Brasil. A segurança ganhou enorme destaque, tanto na mídia, quanto nas redes sociais e em conversas pessoais.
Assuntos que vão desde o aumento das taxas de criminalidade, o aumento da sensação de insegurança, especialmente nos grandes centros urbanos, a degradação da “coisa” pública, à falta de reforma das instituições da administração da justiça criminal, a violência policial, a ineficiência da prevenção, a superpopulação nos presídios, rebeliões, fugas, a pena de jovens infratores, corrupção, aumento dos custos operacionais do sistema, à eficiência da investigação criminal e das perícias policiais e morosidade judicial, entre tantos outros, que indicam os desafios a serem enfrentados para o sucesso do processo de consolidação política da democracia no Brasil.

Mapa da Violência 2012 no Brasil:



Para aqueles brasileiros que muitas vezes são excluídos dos direitos humanos no país, resta recorrer ao mercado paralelo de segurança e proteção pessoal, a fim de se obter, pelo menos, o mínimo daquilo que o Estado não oferece. O mercado cresceu 40% no Brasil, e oferece várias opções, com preços acessíveis ou nem tão acessíveis. A blindagem de um carro, por exemplo, custa de R$ 25 mil a R$ 70 mil reais. (O Brasil é o terceiro maior mercado em blindagem do mundo, 70% em SP). Cercas elétricas, em média R$ 2 mil por 300m lineares. Portões eletrônicos, a partir de R$ 400 reais (o equipamento). Câmeras com gravador, em média R$ 2.500. Ainda tem alarmes, seguros residenciais, serviços de vigilância e monitoramento, censores de luz, rastreadores de automóveis. Artifícios que, se não combatem, ao menos inibem o crime.

Pra encerrar o texto de hoje,  fico também com a pergunta “Quanto Vale a Vida?” dos Engenheiros do Hawai:








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